tag:blogger.com,1999:blog-2575470304554834602024-02-18T19:06:32.406-08:00Filha da OxumFilha da Oxumhttp://www.blogger.com/profile/10623314830636816016noreply@blogger.comBlogger70125tag:blogger.com,1999:blog-257547030455483460.post-90687899140446754922011-08-10T14:17:00.000-07:002011-08-10T14:17:02.567-07:00PARTE V: UMBANDA 2<strong><span style="color: maroon;">Caboclo</span> </strong><br />
<strong>No culto de Umbanda, Oxossy é o chefe da linha de caboclos. O caboclo é a imagem do indígena nativo de nossa terra e quando incorporado, presta caridade, dá passes, canta, dança e anda de um lado para outro em lembranças aos tempos de aldeia.</strong><br />
<b>Conhecedores de muitas ervas, os caboclos têm um papel muito importante: os remédios de ervas e amacis, em que amacis são mistura de ervas que maceradas servem para o fortalecimento do filho-de-santo.</b><br />
<b>Já os remédios de ervas são plantas ou ervas que combinadas ou sozinhas servem para aliviar ou até mesmo curar doenças.</b><br />
<b>Nisso tudo os caboclos têm participação muito especial e são encarados e interpretados pelo povo como uma entidade que veio ajudar e aliviar as pessoas dos seus problemas.</b><br />
<b>Cito aqui alguns nomes de caboclos:</b><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt;"><b><br />
*<span class="GramE">Caboclo 7</span> Estrelas <br />
*Caboclo 7 Flexas <br />
*Caboclo Guará <br />
*Cabocla Jurema <br />
*Cabocla Jandirá <br />
*Caboclo Pena Branca <br />
<br />
</b></div><div class="MsoNormal"><b><span style="font-family: Symbol;">·</span> <span style="color: maroon;">Boiadeiro</span> </b></div><b>Dentre muitos caboclos que baixam em vários terreiros, o Caboclo Boiadeiro tem sempre uma participação especial nas seções de caboclo.</b><br />
<b>Boiadeiro é muito respeitado e aplaudido por trazer de volta ao nosso convívio toda a sua experiência adquirida em tempos de boiada, do sertão bravio, do homem responsável pela conduta da boiada do seu patrão.</b><br />
<b>De um modo geral, Boiadeiro usa um chapéu de couro com abas largas (para proteger-lhe do sol forte), calças arregaçadas e movimenta-se muito rápido. Um pequeno cântaro para carregar água, tão importante para a viagem. O chicote que usa para açoitar <span class="GramE">as rez feroz</span>. A corda, usada para laçar o boi brabo, ou para pegar aquele que se afasta da boiada, ou ainda usada para derrubar o boi para abate. Boiadeiro, na verdade, traz toda uma soma de sabedoria acumulada dessas viagens e vivências do campo. Na verdade, estamos descrevendo uma maravilhosa entidade de muita luz e muita força.</b><br />
<div style="margin-bottom: 12pt;"><b>Abaixo, encontra-se a Oração ao Caboclo: <br />
<br />
Salve meu Pai Oxossy <br />
Salve toda sua Macaia <br />
Salve todo o Juremá <br />
Saravá meu Caboclo Norikuá <br />
Caboclo Valente <br />
Que tem me amparado <br />
Nesta jornada terrena <br />
Obrigado, Caboclo! <br />
Por me guiares pelo caminho do Bem. <br />
Caboclo que pela graça de Oxalá <br />
Brilha na seara de Umbanda <br />
Okê-Caboclo! Podedete Acotera Didian <br />
Saravá Seu Norikuá! </b></div><b>Oração à Cabocla Jurema <br />
Juremá, Linda Cabocla de Pena <br />
Rainha da Macaiá <br />
Ouve o meu Clamor. <br />
Jurema me livra dos perigos e das maldades <br />
Ô Cabocla, tu que és Rainha da folha <br />
Nunca me deixe em falta <br />
Que o teu bodoque seja sempre certeiro <br />
Contra os que tentarem me destruir. <br />
Jurema caminha comigo, ô Cabocla <br />
E me ajuda nesta jornada da Terra. <br />
Jurema que a sua força, junto com vosso Pai Caboclo Tupinambá <br />
Me acompanhe hoje e sempre <br />
Em nome de Zambi, <br />
Salve a Cabocla Jurema! </b><br />
<b>Parabéns para todos que cultuam essa maravilhosa entidade! </b><br />
<b>Jetuá! Marrombaxeto!</b><br />
<div class="MsoNormal"><b><span style="font-family: Symbol;">·</span> <span style="color: maroon;">Culto à Jurema & Sua Importância</span> </b></div><b>O nome "Jurema" vem do tupi-guarani, onde <i>Ju</i> significa "espinho" e <i>Remá</i>, "cheiro ruim".</b><br />
<b>A jurema é uma planta da família <span class="GramE">da leguminosas</span>. Os frutos das plantas leguminosas são vagens. Existem várias espécies de jurema, como por exemplo: Jureminha, Jurema Branca, Jurema Preta, Jurema da Pedra e Jurema Mirim.</b><br />
<b>Esta planta tem muita importância no culto espiritual dos caboclos e nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, tanto que dá nome a um culto chamado de "Culto à Jurema". Esse culto deve-se ao fato de que os nossos índios enterravam seus mortos junto <span class="GramE">a</span> raiz da jurema. Daí passavam a cultuar esses mortos para que eles evoluíssem espiritualmente e habitassem o tronco da jurema ajudando a todos da tribo em suas necessidades.</b><br />
<b>No Nordeste, este culto recebeu outros nomes como: Toré, Curicurí Praiá e Juremado.</b><br />
<b>Mas, o culto de caboclo não ficou restrito apenas ao índio brasileiro. Os negros de origem banto incorporaram os caboclos aos seus cultos e passaram a chamar este culto de "Candomblé de Caboclo" ou "Samba de Caboclo".</b><br />
<b>Nos Juremados, o mestre utiliza-se de um maracá, espécie de chocalho e de um cachimbo feito às vezes de pinhão-roxo para soprar fumaça para <span class="GramE">à</span> esquerda ou para a direita.</b><br />
<b>A jurema é utilizada para tomar banho de descarga com suas folhas. Serve como defumador para cura de dor de dente, doenças sexualmente transmissíveis, insônia, nervos, dores de cabeça. Faz ainda: figas, patuás, rosários. Utiliza-se para fazer rezas com suas folhas contra mau-olhado e olho-grande. Serve ainda para fazer um dos maiores fundamentos do <span class="GramE">Culto à Jurema, que é uma bebida à base de infusão das folhas da jurema, com casca do tronco e da raiz misturado com mel de abelha, garapa</span> de cana-de-açúcar e cachaça. Essa é a bebida preferida dos Encantados que baixam no Toré e no Culto à Jurema.</b><br />
</font><h1><b><span style="font-size: 14pt;">PARTE VI: ASSUNTOS DIVERSOS</span></b></h1></font><h2>O CULTO VODU</h2><b>A palavra <i>vodu</i> está associada com a cultura oriunda do Haiti e de outras ilhas. Entretanto, este culto possui uma enorme quantidade de iniciados nos Estados Unidos, desde os tempos da escravidão negra em Nova Orleans.</b><br />
<b>O vodu chegou à América do Norte, vindo do antigo Dahomé para as Antilhas, há mais ou menos duzentos anos. Sua difusão ocorreu de forma rápida, espalhando seus bonecos e alfinetes, seus medos e assombrações. Foi por este motivo que as autoridades norte-americanas proibiram a importação de escravos das Antilhas, alegando que poriam em perigo a vida das pessoas nas cidades norte-americanas.</b><br />
<b>Apesar disso, a seita vodu alastrou-se pelos Estados Unidos mesmo com a proibição feita aos escravos de se reunirem para praticar a sua religião. Ocultos nas matas, os negros do antigo Dahomé faziam seus toques festivos <span class="GramE">aos loas</span> e as suas representações. Porém, com o passar do tempo, as proibições foram ficando cada vez mais brandas e eles foram organizando o culto. A cidade escolhida foi Nova Orleans onde há a <i>Casa do Vodu Maior</i>, fundada por volta de 1803.</b><br />
<b>Toda a cerimônia vodu possui um rei e uma rainha, uma mãe e um pai, sendo que à rainha cabe o poder maior; mostrando, desta forma, que o vodu é um culto matriarcal. Para fazer o vodu, acendem-se fogueiras e um toque de tambor anima a cerimônia. No momento do êxtase dos participantes, a mãe tira uma cobra de um cesto e faz com que o animal lamba sua face. Esta cobra é Dambalá, a serpente sagrada do Dahomé; ou grande vodu, que dá aos seus filhos o poder de ver além da realidade, de se transformar em um bicho ou uma planta, além de todos os poderes mágicos que um voduno, que é sacerdote do culto possui.</b><br />
<b>Segundo um dos mitos vodu, os primeiros homens nasceram cegos e foi <span class="GramE">a</span> serpente Dambalá quem deu a visão à raça humana.</b><br />
<b>Para este Deus e outros do mundo mágico dos vodus oferecem-se caldeirões com água fervendo onde são colocadas várias coisas e sempre uma enorme cobra. Com olhos arregalados, observando tudo, os vodunos gritam: <i>“Ele está chegando, o grande Zumbi vem aí. Ele vem fazer os gris-gris</i> (que são os despachos vodu)”.</b><br />
<b>Os iniciados, vestidos apenas com tangas vermelhas, saltam no meio do terreiro, carregando na mão um objeto que colocam aos pés da sacerdotisa e dançam mais alucinados. Rodam em volta da fogueira até caírem exaustos. Nisso os outros fiéis começam a dançar, bebem do caldeirão e tomam canecas cheias de tafiá, que é uma porção com infusão de várias ervas e também aguardente. A partir desse momento, todos entram em transe.</b><br />
<b>Conforme as crenças vodu, o homem ao abandonar a Terra, vai para uma região povoada de loas. <span class="GramE">Os loas podem ser classificados de diversas formas</span>: pelo nome dos espíritos, pelo elemento da natureza que lhes serve de domínio, pelo culto que lhes é dedicado ou por sua origem africana ou haitiana.</b><br />
<b>De acordo com os seus domínios, há loas do ar, da água, do fogo e da terra. Sendo que enquanto os do ar e da água são mais benéficos, os do fogo estão ligados à bruxaria e os da terra, à morte. Por outro lado, quanto aos cultos, há três cultos principais: rada, congo e petro.</b><br />
<b>Como já foi <span class="GramE">explicado anteriormente, no culto vodu a pessoa</span> pode ser transformada num animal ou planta. As pessoas devem ser desprendidas dos bens materiais. Estes são dois mandamentos do credo vodu. O vodu é uma religião existencial completa, segundo os etnólogos. Já é tempo de caírem os tabus e superstições em torno deste culto. O vodu é constituído de heranças africanas do Dahomé (hoje, atual República do Benin) e misturadas <span class="GramE">as</span> influências católicas, tendo sofrido transformações em contato com os nativos do Haiti. No vodu, o Deus se encontra no sétimo céu. Olha de lá a sua criação, que é o nosso mundo e <span class="GramE">os loas</span> é que dão assistência aos seres humanos mediante as trocas e oferendas.</b><br />
<b><i>Este site encontra-se em constante atualização. </i></b><br />
<i><b>Próximo Capítulo: Feitiços, Ebós, Mandingas, Magias, Oferendas, Patuás, Despachos e Trabalhos: O que são??? Para que servem?</b></i>Filha da Oxumhttp://www.blogger.com/profile/10623314830636816016noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-257547030455483460.post-14824135192621189392011-08-10T14:16:00.000-07:002011-08-10T14:16:15.807-07:00PARTE V: UMBANDA 1<h1><b>PARTE V: UMBANDA</b></h1></font><h2>UMBANDA</h2><b>A Umbanda é uma das mais lindas expressões religiosas existentes. Religião que tem por base a prática da caridade e tem em uma de suas funções a elevação espiritual do médiun e das entidades que governam o próprio médiun.</b><br />
<b>A Umbanda é uma grande expressão religiosa nacional com maiores laços com o Rio de Janeiro. Irradiou-se para os Estados de Minas Gerais, São Paulo e demais estados do Brasil e até nos E.U.A existem casas de Umbanda.</b><br />
<b>É um culto popular aceito em todas as camadas sociais e de fácil acesso.</b><br />
<b>A Umbanda, embora tenha origens em diversas raças e nações, torna-se simples à medida que o médiun adentra em seus conhecimentos. </b><br />
<b>Dentre muitas entidades que baixam nos inúmeros terreiros de Umbanda existentes, cito como exemplo: Caboclos e Pretos-Velhos, que são considerados como tendo muita luz espiritual, força e sabedoria. Em verdade, o ritual de Umbanda é uma variação de outros cultos, baseada no espiritismo e como disse, tendo por base a caridade.</b><br />
<div class="MsoNormal"><b><span style="font-family: Symbol;">·</span> <span style="color: maroon;">Povo de Rua</span> </b></div><b>Povo de rua, compadres e comadres são denominações usadas <span class="GramE">na Umbanda</span> para classificar entidades que trabalham num plano astral evolutivo. Estas entidades em alguns casos equivaleriam aos Exus das casas de Candomblé, frizo, em alguns casos, pois na verdade estas entidades trabalham e se portam de forma especial em seções particulares para elas.</b><br />
<b>Estas entidades são firmadas em um lugar chamado de tronqueira. É na tronqueira que eles, os compadres e as comadres, tem o seu lugar de destaque.</b><br />
<b>Saravá, Povo de Rua! Saravá, os Compadres e as Comadres de toda linha de Umbanda!</b><br />
<div class="MsoNormal"><b><span style="font-family: Symbol;">·</span> <span style="color: maroon;">Conceitos de Umbanda</span> </b></div><b>A Umbanda é uma religião natural que segue minuciosos ensinamentos de várias vertentes da humanidade. Ela traz lições de amor e fraternidade sendo cósmica em seus conceitos e transcendental em seus fundamentos.</b><br />
<b>A essência, os conceitos básicos da Lei de Umbanda fundamentam-se no seguinte: </b><br />
<ol style="margin-bottom: 0cm;" type="1"><li class="MsoNormal"><b>Existência de um Deus único </b></li>
<li class="MsoNormal"><b>Crença de entidades espirituais em evolução </b></li>
<li class="MsoNormal"><b>Crença em orixás e santos chefiando falanges que formam a hierarquia espiritual </b></li>
<li class="MsoNormal"><b>Crença em guias mensageiros </b></li>
<li class="MsoNormal"><b>Na existência da alma </b></li>
<li class="MsoNormal"><b>Na prática da mediunidade sob forma de desenvolvimento espiritual do médiun </b></li>
</ol><b>Essas são as principais características fundamentais das <i>Leis de Umbanda</i>, uma religião que prega a <u>Paz</u>, a <u>União</u> e a <u>Caridade</u>.</b><br />
<div class="MsoNormal"><b><span style="font-family: Symbol;">·</span> <span style="color: maroon;">07(sete) Linhas de Umbanda</span> </b></div><div style="margin-bottom: 12pt;"><b>A Umbanda se divide em 07(sete) linhas que são assim classificadas: <br />
<i>1a Linha de Oxalá ou Linha de Santo</i> <br />
- Nesta linha as falanges são de Santo Antônio, São Cosme e Damião, Santa Rita, Santa Catarina, Santo Expedito e São Francisco de Assis. Esta linha é responsável por desmanchar os trabalhos de magia. <br />
<br />
<i>2a Linha de Yemanjá</i> <br />
- Tem falanges das sereias que tem por chefe Oxum. Ainda nessa linha temos a falange das ondinas chefiada por Nanã; falange das caboclas do mar; Indaiá da falange dos Rios; Yara dos marinheiros e Tarimã das Calugas-Caluguinha da Estrela-guia. <br />
<br />
<i>3a Linha do Oriente</i> <br />
- Subdividida pelas falanges <span class="GramE">do Hindus</span>, dos médicos, dos árabes, chineses, oriente, romanos e outra raças européias. <br />
<br />
<i>4a Linha de Oxossy</i> <br />
- Dividida nas falanges de Urubatão, Arariboia, Caboclo das 7 Encruzilhadas, Águia <span class="GramE">Branca e muitos</span> outros índios chefes falangeiros que protegem contra magia, dão passes e ensinam o uso das plantas medicinais. <br />
<br />
<i>5a Linha de Xangô</i> <br />
- Dividida nas seguintes falanges: falange de Yansã, do Caboclo do Sol, Caboclo da Lua, Caboclo da Pedra Branca, Caboclo do Vento e Caboclo Treme-Terra. <br />
<br />
<i>6a Linha de Ogun</i> <br />
- Dividida nas falanges de Ogun Beira-Mar, Ogun Iara, Ogun Megê, Ogun Naruê, Ogun Rompe-Mato, esta linha protege os filhos contra as brigas, lutas e demandas. <br />
<br />
<i>7a Linha Africana</i> <br />
- Dividida nas falanges do Povo da Costa, Pai Francisco, Povo do Congo, Povo de Angola, Povo de Luanda, Povo de Cabinda e Povo de Guiné, eles prestam caridades e orientam os fiéis para a prática do bem. <br />
<br />
</b></div><div class="MsoNormal"><b><span style="font-family: Symbol;">·</span> <span style="color: maroon;">A Dedicação do Médiun de Umbanda</span> </b></div><b>A Umbanda apresenta como mensagem religiosa <span class="GramE">a</span> prática da caridade pura, o amor fraternal, a paz e a humildade. Ela também se propõe a produzir, pela magia, modificações existenciais que permitam a melhoria de vida do ser humano.</b><br />
<b>Através do ato da caridade e dedicação espiritual é que o médiun de Umbanda vai adquirindo elevação e consciência do valor de seu Dom mediúnico, que na verdade foi lhe dado por Zambi para que se aprimorasse aqui na terra.</b><br />
<b>As incorporações, os passes e descarregos feitos pelo médiun de Umbanda são todo o conjunto de afazeres espirituais que dia a dia fazem parte da vida do médiun. Portanto, o médiun é patrimônio maior desta maravilhosa religião de Umbanda.</b><br />
<div class="MsoNormal"><b><span style="font-family: Symbol;">·</span> <span style="color: maroon;">Ponto Riscado na Umbanda</span> </b></div><b>O ponto riscado possui grande significado e valor mágico no culto de Umbanda. É através do ponto riscado que os guias contam toda sua história, sua origem e passagem do mundo material e astral.</b><br />
<b>O ponto riscado é um emblema-símbolo. Os símbolos são sinais expressos de forma que dão a entender uma intenção ou trajetória humana. No caso do ponto riscado, os guias usam a pemba para poder riscar os seus pontos ou símbolos espirituais.</b><br />
<b>Uma das grandes provas de incorporação <span class="GramE">na Umbanda</span> é o ponto riscado, pois acredita-se que se uma entidade não estiver realmente bem incorporada ela não saberá riscar o ponto que a <i>identificará</i> das demais.</b><br />
<div class="MsoNormal"><b><span style="font-family: Symbol;">·</span> <span style="color: maroon;">Guias</span> </b></div><div class="MsoNormal"><b>Abaixo <span class="GramE">encontram-se</span> relacionadas as cores das Guias (no Candomblé é chamado de Fio de Contas) de acordo com os Orixás: </b></div></font><br />
<table border="1" bordercolordark="#666666" bordercolorlight="#cccccc" cellpadding="0" class="MsoNormalTable" style="background: red;"><tbody>
<tr><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><span style="color: white; font-weight: 700;">Exu</span></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><span style="color: white; font-weight: 700;">preto e vermelho</span></font></div></td></tr>
<tr><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><span style="color: white; font-weight: 700;">Ogun</span></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><span style="color: white; font-weight: 700;">vermelho</span></font></div></td></tr>
<tr><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><span style="color: white; font-weight: 700;">Oxossy</span></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><span style="color: white; font-weight: 700;">verde</span></font></div></td></tr>
<tr><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><span style="color: white; font-weight: 700;">Xangô</span></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><span style="color: white; font-weight: 700;">marrom</span></font></div></td></tr>
<tr><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><span style="color: white; font-weight: 700;">Oxum</span></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><span style="color: white; font-weight: 700;">azul claro</span></font></div></td></tr>
<tr><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><span style="color: white; font-weight: 700;">Yansã ou Oyá</span></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><span style="color: white; font-weight: 700;">amarelo ouro</span></font></div></td></tr>
<tr><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><span style="color: white; font-weight: 700;">Omolu e Obaluayê</span></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><span style="color: white; font-weight: 700;">preto e branco</span></font></div></td></tr>
<tr><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><span style="color: white; font-weight: 700;">Yemanjá</span></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><span style="color: white; font-weight: 700;">cristal/azul e branco</span></font></div></td></tr>
<tr><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><span style="color: white; font-weight: 700;">Nanã</span></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><span style="color: white; font-weight: 700;">roxo</span></font></div></td></tr>
<tr><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><span style="color: white; font-weight: 700;">Oxalá</span></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><span style="color: white; font-weight: 700;">branco</span></font></div></td></tr>
</tbody></table><br />
<div class="MsoNormal"><b><span style="font-family: Symbol;">·</span> <span style="color: maroon;">A diferença entre “Tenda” e “Terreiro”</span> </b></div><b>A partir de 1904, começaram a surgir no Rio de Janeiro várias casas de Umbanda denominadas de "tendas”. O termo tenda era utilizado para designar e distinguir a forma de culto adotado. Tenda era a casa de Umbanda que era estabelecida em um sobrado, ou seja, no alto, pois era comum naquela época realizar sessões nestes lugares. Como exemplo, Tenda do Caboclo-Mirim, Tenda do Caboclo da Lua, Tenda de Ogun Megê e assim sucessivamente.</b><br />
<b>Já o termo terreiro foi adotado para designar aquelas casas que eram estabelecidas no chão. Daí serem classificadas de “Terreiro de Umbanda”. O terreiro foi muito mais difundido do que as tendas devido ao próprio espaço oferecido para culto e foi com esse tipo de associação religiosa que <span class="GramE">a Umbanda</span> conquistou boa posição no país.</b><br />
<b><span style="font-family: Symbol;">·</span> <span style="color: maroon;">Gongá</span> </b><br />
<b>A palavra <i>gongá</i> é de origem banto e é utilizada no ritual de Umbanda para denominar o "altar sagrado" existente dentro do terreiro. Este altar ou gongá, como é chamado, é composto de imagens de santos católicos, caboclos, pretos-velhos e outras. Ainda no gongá tem em destaque a imagem da entidade espiritual que comanda o terreiro que de modo geral, em se tratando de Umbanda, poderá ser: um caboclo, um preto-velho ou ainda a imagem do orixá que governa a cabeça do médiun, chefe do terreiro.</b><br />
<b>O gongá, como expliquei, é o altar sagrado. Daí ele ter sempre uma cortina que poderá ser fechada sempre que o terreiro tiver funções que lidem com entidades como Exus e também em giras de correntes e descarregos. Essa atitude de se fechar <span class="GramE">a</span> cortina do gongá é para se separar e isolar as diferentes faixas <u>vibratórias espirituais</u> que se vai trabalhar e ainda em respeito às entidades que se encontram estabelecidas no gongá.</b><br />
<b>Como se pode observar, o gongá representa para os médiuns umbandistas o lugar de mais alto respeito dentro de um terreiro de Umbanda.</b><br />
<div class="MsoNormal"><b><span style="font-family: Symbol;">·</span> <span style="color: maroon;">Curiosidade: Periespírito</span> </b></div><div class="MsoNormal"><b>Em um dos seus pilares teóricos espíritas, Allan Kardec diz que um espírito não é mais que <span class="GramE">um ser humano, despojado de um corpo físico</span>. Diz ainda que o homem é constituído de três partes: alma, que seria imortal; periespírito, também chamado corpo astral; e um corpo físico.</b></div><b>Segundo ele, no momento da morte, a alma retira-se do corpo rodeada do periespírito que a individualiza e a mantém na sua forma humana. A forma do periespírito é a forma humana e quando aparece a nossa frente é geralmente aquela mesma sombra a qual conhecemos o espírito em vida. Portanto, o periespírito ou “fluido universal” seria definido então como <span class="GramE">semi-material</span> e intermediário entre a matéria e o espírito.</b><br />
<div class="MsoNormal"><b><span style="font-family: Symbol;">·</span> <span style="color: maroon;">Pretos-Velhos</span> </b></div><b>Existe <span class="GramE">na Umbanda</span> uma linda falange denominada de “Falange dos Pretos-Velhos” ou “Linha das Almas”. <span class="GramE">Originários dos escravos no cativeiro, os pretos-velhos tem</span> como característica principal a prática da caridade.</b><br />
<b>Como disse, os pretos-velhos viviam no cativeiro amontoados em senzalas, alimentavam-se de mingau de farinha, inhame, toucinho, banana, enfim comiam tudo que tivesse calorias baratas. Eram submetidos às condições desumanas e implacáveis de trabalho. Só os mais fortes sobreviviam.</b><br />
<b>Um preto-velho quando incorpora no médiun vem de forma envergada, sob o peso dos anos de existência em vida na terra, senta-se com a dificuldade das juntas enrijecidas e os músculos fatigados num pequeno banco de madeira, que lembra o antigo tosco que existia nas senzalas.</b><br />
<b>Os pretos-velhos ainda fumam cachimbo de barro ou de madeira rudimentar, falando com os visitantes e filhos-de-santo, usando um linguajar comum aos escravos que não falavam bem o português.</b><br />
<b>Destaco abaixo alguns nomes de pretos-velhos que baixam prestando inúmeras caridades: <br />
*Pai Joaquim da Angola <br />
*Pai Joaquim do Congo <br />
*Tia Maria <br />
*Vovó Benedita <br />
*Vovó Maria Conga <br />
*Vovó Maria Redonda <br />
*Vovó Cambinda <br />
*Vovó Luíza <br />
*Vovô Rei do Congo <br />
*Vovó Catarina D’Angola </b><br />
<div style="margin-bottom: 12pt;"><b><i>Adorei as Almas!</i> </b></div>Filha da Oxumhttp://www.blogger.com/profile/10623314830636816016noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-257547030455483460.post-2364384958588086482011-08-10T14:14:00.002-07:002011-08-10T14:14:44.368-07:00PARTE IV: NAÇÃO ANGOLA<h1><b>PARTE IV: NAÇÃO ANGOLA</b></h1></font><h2>TEMPO</h2><b>Tempo ou kitembo é um inkice da nação de Angola que <span class="GramE">assemelha-se</span> ao Iroko da nação Ketu e ao vodun Loko da nação Jeje.</b><br />
<b>Tempo é o inkice senhor das estações do ano, regente das mutações climáticas. Ainda, é considerado o Pai da Mionga, que é o banho usado pelos seguidores e iniciados da Nação de Angola, tendo sua maior vibração justamente ao ar livre, ou seja, no tempo. É exatamente ali, no tempo, que este banho feito de ervas, água do mar, de cachoeira, de rio, chuva e outros elementais vai consagrar através de tempo este iniciado.</b><br />
<b>Tempo está associado à escala do crescimento, por isso sua ferramenta é uma escada com uma lança voltada para cima, em referência ao próprio tempo.</b><br />
<b>Como expliquei, este inkice rege as estações do ano e está <span class="GramE">ligado ao frio, ao calor, a seca, as tempestades,</span> ao ambiente pesado e ao ambiente agradável.</b><br />
<b>Conta uma lenda da Nação de Angola, que Tempo era um homem muito agitado que fazia e resolvia muitas coisas ao mesmo tempo. Entretanto, este homem vivia reclamando e cobrando de Zambi que o dia era muito pequeno para fazer e resolver tudo que quisesse. Um dia, Zambi lhe disse: “Eu errei em sua criação, pois você é muito apressado.” Ele então respondeu a Zambi: “Não tenho culpa se o dia é pequeno e as horas miúdas, não dando tempo para realizar tudo que planejo”. A partir desse momento, Zambi então determinou que esse homem passa-se a controlar o tempo. Tendo domínio sobre os elementais e movimentos da natureza. Assim nasceu o inkice Tempo</b><br />
</font><h2>OS CARGOS NA NAÇÃO DE ANGOLA</h2><b>A partir da Mameto de inkice Maria Nenen e de outros Tatetos como Bernardinho e Ciri Aco, o culto banto ou Candomblé da Nação de Angola, como é chamado o culto no Brasil, teve maior destaque na comunidade afro-brasileira.</b><br />
<b>Estes negros ou bantos, como eram chamados devido <span class="GramE">a</span> língua que falavam, seguiam a tradição religiosa de lugares como: Casanje, Munjolo, Cabinda, Luanda entre outros.</b><br />
<b>Mas, o culto banto tem sua liturgia particular e muito diferenciada das culturas yorubá e fon.</b><br />
<b>Abaixo, encontram-se desmembrados os cargos e funções em um Candomblé Banto: </b><br />
</font><br />
<table border="1" bordercolordark="#666666" bordercolorlight="#cccccc" cellpadding="0" class="MsoNormalTable"><tbody>
<tr><td style="background: #ffff99; padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Tata Ria Inkice</b></font></div></td><td style="background: lime; padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Zelador / Pai</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="background: #ffff99; padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Mameto Ria Inkice</b></font></div></td><td style="background: lime; padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Zeladora / Mãe</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="background: #ffff99; padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Tata Ndenge</b></font></div></td><td style="background: lime; padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Pai pequeno</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="background: #ffff99; padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Kixika Ingoma</b></font></div></td><td style="background: lime; padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Tocador</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="background: #ffff99; padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Tata Kambono</b></font></div></td><td style="background: lime; padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Ogan</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="background: #ffff99; padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Tatta Kivonda</b></font></div></td><td style="background: lime; padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Aquele que sacrifica os animais</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="background: #ffff99; padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Kinsaba</b></font></div></td><td style="background: lime; padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>O que colhe folhas</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="background: #ffff99; padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Kikala Mukaxe</b></font></div></td><td style="background: lime; padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Filho de santo</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="background: #ffff99; padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Tata Utala</b></font></div></td><td style="background: lime; padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Herdeiro da casa</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="background: #ffff99; padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Dikota</b></font></div></td><td style="background: lime; padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Ekedi</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="background: #ffff99; padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Kijingu</b></font></div></td><td style="background: lime; padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Cargo</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="background: #ffff99; padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Tata Unganga</b></font></div></td><td style="background: lime; padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>O que joga búzios</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="background: #ffff99; padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Zakae Npanzo</b></font></div></td><td style="background: lime; padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Troncos de árvores colocados nas portas dos santos</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="background: #ffff99; padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Munzenza</b></font></div></td><td style="background: lime; padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Iniciado</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="background: #ffff99; padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Ndunbe</b></font></div></td><td style="background: lime; padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Abian</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="background: #ffff99; padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Vumbi</b></font></div></td><td style="background: lime; padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Egun</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="background: #ffff99; padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Dizungu Kilumbe</b></font></div></td><td style="background: lime; padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Saída de santo</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="background: #ffff99; padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Dimba Inkice</b></font></div></td><td style="background: lime; padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Obrigações oferecidas aos Santos</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="background: #ffff99; padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Kumbi Ngoma</b></font></div></td><td style="background: lime; padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Dias de toque</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="background: #ffff99; padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Kufumala</b></font></div></td><td style="background: lime; padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Defumação</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="background: #ffff99; padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Dizungu Nlungu</b></font></div></td><td style="background: lime; padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Ordem do barco***</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="background: #ffff99; padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Sukuranise</b></font></div></td><td style="background: lime; padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Troca das águas nas quartinhas</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="background: #ffff99; padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Kota</b></font></div></td><td style="background: lime; padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Filhos com mais de 07 anos de feitura</b></font></div></td></tr>
</tbody></table><br />
<b>***Ordem do barco: <br />
1o Kamoxi Rianga <br />
2o Kaiai Kairi <br />
3o Katatu Kairi <br />
4o Kakuãna Kauanã </b><br />
</font><h2>CAPOEIRA</h2><b>A capoeira era prática dos negros bantos, mais precisamente, os negros vindos de Angola. Na Angola esta luta tinha uma forma, às vezes, mortal.</b><br />
<b>Para os escravos que fugiam das senzalas, a capoeira foi durante muito tempo condição de sobrevivência, arma de defesa e ataque.</b><br />
<b>O termo <i>capoeira</i> surgiu na época, porque era comum dizer-se que “o negro foi para capoeira” ou “caiu na capoeira” ou ainda, “meteu-se na capoeira”. A capoeira que se fala aqui era na verdade o mato bravio, sem nenhuma condição de sobrevivência. Mas, era exatamente na capoeira ou no mato que os negros capoeiras, como eram chamados, faziam das suas.</b><br />
<b>Na época imperial, no Rio de Janeiro, os capoeiras deram muitos problemas para os vice-reis e <span class="GramE">eram uma ameaça</span> para os cidadãos, acabando com festas, pondo a polícia para correr e enfrentando valentões.</b><br />
<b>Na Bahia, em meados do século passado, o governo da Província para se ver livre dos capoeiristas obrigou-lhes à força a ir para a Guerra do Paraguai. Estes negros capoeiras destacaram-se nos campos de batalhas pelos inúmeros atos de bravura, sendo uma das forças principais desta guerra.</b><br />
<b>Os mais famosos mestres foram: Querido de Deus, Marê, Bimba, Pastinha, Joel e sem esquecer, é claro, do insuperável Besouro de Santo Amaro, mais conhecido como: Mestre Mangangá.</b><br />
<b>Hoje, a capoeira transformou-se numa luta esportiva regulamentada com uma Federação que comporta inúmeras academias de capoeira.</b><br />
<b>Os golpes mais comuns desta luta são: o aú, a bananeira, a chapa-de-pé, a chibata, a meia-lua, o rabo-de-arraia, a rasteira, a tesoura e muitos outros</b><br />
</font><h2>CANDOMBLÉ DE CABOCLO</h2><b>No século passado, quando surgiram os primeiros Candomblés de Caboclos, as reuniões eram realizadas aos domingos durante o dia.</b><br />
<b>Caboclo não tinha feitura, como não tem. Não pinta, não raspa, o que se costuma fazer é preparar, cortar um pouco do cabelo do alto da cabeça. Não há dijina.</b><br />
<b>Usa-se uma pintura chamada <i>acatun</i> apenas para definir sua origem.</b><br />
<b>Nos antigos Candomblés de Caboclo, não se <span class="GramE">usava atabaques</span>; mas, sim cabaças grandes chamadas <i>takis</i> e outras chamadas <i>yá</i>. Com o decorrer do tempo, passou-se a se utilizar o atabaque (que em Angola denomina-se <i>ungoma</i>). </b><br />
<b>Não se usava o agôgo; usava-se o caxixi. Também não se usava o adjá para puxar o caboclo. O caboclo vinha sempre em sua toada ou cantiga.</b><br />
<b>Eis algumas expressões usadas nas reuniões de caboclo:<br />
* água doce = <i>acambicú</i> <br />
* água salgada = <i>kimbusú</i> <br />
* mel de abelha = <i>kiamunibá</i> <br />
* sal = <i>adukó</i> <br />
* farinha = <i>camunfió</i> <br />
* pedir a benção = <i>adisuá</i> <br />
* Deus lhe abençoe = <i>adisó</i> </b><br />
<b>Nos Candomblés de Caboclo, eles não usam aqueles ojás, que são de uso exclusivo dos orixás. Mas, usam uma tira de pano chamada de <i>atakan</i> ou <i>uji atakan fu ker</i>, que faz segurar o caboclo e é <span class="GramE">amarrado a altura do busto</span>.</b><br />
</font>Filha da Oxumhttp://www.blogger.com/profile/10623314830636816016noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-257547030455483460.post-34888170712535763692011-08-10T14:14:00.000-07:002011-08-10T14:14:00.727-07:00PARTE III: NAÇÃO KETU 6<h2>O RELACIONAMENTO DE YANSÃ COM O NÚMERO 09</h2><b>O òrun é composto por nove espaços, sendo que o quinto ou espaço do meio é denominado de <i>àiyé</i>, que é a terra onde vivemos.</b><br />
<b>Na verdade, o òrun é uma massa infinita sem local determinado, sem começo e sem fim que segundo a tradição yorubá é sustentado pelo ala-kokô, uma árvore sagrada, cujo tronco é o próprio eixo que sustenta o òrun atravessando assim os nove espaços. Daí Yansã ser chamada de <i>Iyá Mèsàn Òrun</i> que significa “Mãe dos Nove Espaços do Òrun”. Yansã também é chamada de <i>Ya Unlá Kokô</i> ou “A grande Senhora Ala-Kokô”, porque <span class="GramE">cada espaço</span> do òrun pertence na verdade a um filho de Yansã; sendo que o último, ou o nono, pertence à Egun. É por isso a grande associação de Yansã com o número 9 (nove) e com os mortos.</b><br />
<b>Ainda vendo esta associação de Yansã com o número 9 (nove), vemos que na Nigéria, em Banigbe, o nome recebido pelo orixá como Abesan, deu origem à expressão Aborimesan, que significa “com nove cabeças” fazendo aí alusão aos nove braços do delta do Rio Niger, origem verdadeira de Yansã ou Oyá, como é chamada na terra yorubá.</b><br />
<b>Agora, por que o Orixá é chamado de <u>Oyá</u>?</b><br />
<b>Conta um itan que uma cidade chamada Ipô estava ameaçada de destruição pelos Tapás. Para que isso não acontecesse foi feita uma oferenda das roupas do rei dos Ipôs. Estas roupas ofertadas eram tão bonitas que as galinhas do lugar <span class="GramE">puseram</span>-se a cacarejar de surpresa. Daí acreditar-se que as galinhas cacarejam até hoje, sempre que surpresas. Este traje do Rei dos Ipôs foi rasgado (Ya) em dois, para apoiar as cabeças das oferendas. Daí surgiu uma água que se espalhou (Ya) e inundou em volta da cidade, afogando os Tapás que queriam destruir Ipô. Foi a partir daí que os habitantes de Ipô batizaram o Rio de Odò-Oyá e é em alusão a este itan que o orixá passou a chamar-se Oyá.</b><br />
</font><h2>ABIYAN</h2></font><h2>Dentro dos cultos afros-brasileiros existe uma categoria de pessoas que são classificadas de Abiyans.</h2><b>A palavra <i>Abiyan</i> quer dizer: <i>Abi</i>= "aquele que" e <i>An</i>= seria uma contração de "Onã", que quer dizer “caminho”. As duas palavras aglutinadas formaram o termo Abiyan, que quer dizer “aquele que começa”, “um novo caminho”. E é isto, o Abiyan é uma pessoa que está começando um novo caminho, uma nova vida espiritual.</b><br />
<b>O Abiyan também pode ter fios de contas lavados, obrigação de bori e, até em alguns casos, ter orixá assentado.</b><br />
<b>O Abiyan é um pré-iniciado e não um simples frequentador, como muitas das vezes é classificado.</b><br />
<b>Um Abiyan pode desempenhar várias atividades dentro de um terreiro, como por exemplo, varrer, ajudar na limpeza, ajudar nos cafés da manhã e almoços comunitários realizados em dias de festas de orixá, lavar louças, ajudar na decoração do barracão, enfim, o Abiyan pode desempenhar várias tarefas sem maior envolvimento religioso.</b><br />
<b>O período de Abiyan é de muita importância pois, é nesse período que o recém-chegado no Candomblé passa a observar o comportamento e a conviver com os já iniciados.</b><br />
<b>Existem pessoas que passaram por um longo período sendo Abiyan, antes de se iniciarem no Candomblé. Portanto, vale ressaltar a importância deste período, ou seja, Abiyan e dizer que o frequentador em yorubá, chama-se Lemó-mú.</b><br />
</font><h2>ABIKU & ABIAXÉ</h2><b>A palavra <i>Abiku</i> quer dizer “aquele que vive e morre e vive novamente” ou ainda “nascido para morrer”.</b><br />
<b>Os Abikús são crianças que trazem a marca da “morte” ainda no ventre materno. Os yorubás acreditam que os Abikús já trazem consigo o dia e a hora em que vão retornar para o “outro lado da vida”.</b><br />
<b>De um modo geral, esse tempo é determinado entre o nascimento e os 7(sete) anos de vida. Na Nigéria assim que nasce um Abikú são tomadas providências imediatas para que essas crianças permaneçam vivas aqui no aiyé, ou seja, na terra.</b><br />
<b>Segue algumas das providências que são tomadas: assim que nasce a criança Abikú é levada e banhada num rio para que sejam afastados os espíritos que possam acompanhar essa criança. Depois são feitas várias pinturas em determinadas partes do corpo da criança Abikú e são postos em suas pernas, braços e pulsos diversos amuletos que também servem para neutralizar os antepassados Abikús dessa criança.</b><br />
<b>Na verdade, só se nasce Abikú se tiver antepassado Abikú.</b><br />
<b>Agora, o que seria um Àbíasé?</b><br />
<b>O Àbíasé é a pessoa que recebeu todo o axé de feitura ainda na barriga da mãe, ou seja, quando a mãe estava recolhida, ela estava grávida. Daí esta criança ao nascer ser denominada de Àbíasé, não precisando portanto ser iniciada pois, como dizem dentro do culto, “já nasceu feita”.</b><br />
</font><h2>SENTIDO DAS PALAVRAS</h2><b>As palavras yorubás, ewes e as do dialeto kimbundo são as mais usadas nas casas de Candomblé. Muitas dessas palavras sofreram modificações nos seus sentidos reais, ou seja, muitas delas são empregadas de forma diferente do seu real sentido. É isso que vamos entender agora:</b><br />
<div class="MsoNormal"><b><span style="font-family: Symbol;">·</span> A palavra “perdão” em yorubá é <i>afó-riji</i>. </b></div><div class="MsoNormal"><b><span style="font-family: Symbol;">·</span> <i>Monà</i> em yorubá significa “certamente; sim”. Não confundir com a palavra <i>mona</i> da língua kimbundo. “Mulher” em yorubá é <i>obin-rin</i> e em ewe, <i>ionú</i>. </b></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt;"><b><span style="font-family: Symbol;">·</span> A palavra “licença”em yorubá é <i>aiyè-lujará</i>. No Brasil, a palavra “licença” foi identificada com a palavra <i>àgò</i>, que na verdade em yorubá é <i>yàgò</i>, ou seja, <i>àgò</i> é uma contração da palavra yorubá <i>yàgò</i> que na verdade significa “abram caminho”. <br />
<br />
</b></div></font><h2>ÁGUAS DE OSALA<span class="GramE">(OXALÁ</span></h2><b><span class="GramE">O ciclo anual das cerimônias, que envolvem</span> os rituais de origem africanista, encontra nas Águas de Osala fator máximo de importância por dois motivos: inicia as atividades religiosas e prepara essas atividades através da purificação.</b><br />
<b>É preciso observar inicialmente que o ano religioso africano não se identifica com o nosso ano legal. Não vai de 1o de janeiro a 31 de dezembro. Ele é baseado tomando como ponto de referência <span class="GramE">as</span> estações climáticas: primavera, verão, outono e inverno, que determinam as datas das cerimônias. Por obra do sincretismo religioso, as datas festivas dos santos católicos passaram a servir como referência. Isto em alguns Candomblés, porque nos mais tradicionais, por exemplo, no Engenho Velho, é realizada na última sexta-feira de agosto e no Asé Opó Afonjá, na última sexta-feira de setembro. Entendemos assim que as Águas de Oxalá é feita em época próxima <span class="GramE">a</span> entrada da primavera (22 de setembro).</b><br />
<b>A finalidade principal deste rito é preparar a casa para as demais atividades do ano religioso e também purificar todo o egbé.</b><br />
<b>Este ritual divide-se em 03 (três) partes distintas: Águas de Oxalá, Procissão de Osalufan e o Pilão de Osaguian, todas explicadas no seguinte mito:</b><br />
<b>Osalufan devia <span class="GramE">ir na</span> terra de Kùsó visitar seu filho Xangô. Antes, porém, consultou primeiramente Ifá para saber se tudo correria bem durante a viagem. Odù saiu Ejionilé. Mesmo assim, Osalufan insistiu em ir. Devido a isto foi aconselhado a não negar nada a ninguém o que fosse pedido e mais ainda que levasse consigo sabão da costa, obí e três roupas brancas.</b><br />
<b>Seguindo caminho, encontrou por 03 (três) vezes Exu: <span class="GramE">Exu Elepo, Exu Idu e Exu Adi</span> que lhe pediu sucessivamente para ajudá-lo a carregar na cabeça uma barriga de azeite de dendê, uma carga de carvão e outra de óleo de amêndoas ou xoxo. As três vezes Exu derramou o conteúdo sobre Osalufan. Mas este sem se queixar, lavou-se e trocou <span class="GramE">as três</span> mudas de roupas e continuou a viagem. Osalufan havia dado de presente a Xangô um cavalo branco, o qual havia desaparecido do reinado fazia bastante tempo. Os escravos de Xangô andavam por toda parte para encontrá-lo e eis que Osalufan passando por um mineral, apanhou algumas espigas de milho e ao mesmo tempo deparou-se com o cavalo perdido de Xangô. O cavalo também reconheceu Osalufan e lhe acompanhou. Nesse instante, chegaram os escravos de Xangô, gritando: <i>Olé Esim Oba</i>, que quer dizer "ladrão do cavalo do rei". Não reconhecendo Osalufan, deram-lhe vários golpes e em seguida jogaram-no na prisão. Osalufan permaneceu <span class="GramE">07 (sete) anos preso</span>. Enquanto isso no Reino de Xangô tudo corria mal. Xangô preocupado consultou um Babalawo. Este revelou o motivo daquilo tudo. Disse o Babalawo a Xangô: “Algum inocente paga injustamente em tuas prisões". Xangô, então, ordenou que os prisioneiros comparecessem diante dele e reconheceu seu pai. Enviou então os escravos vestidos de branco até uma fonte vizinha para lavar Osalufan, sem falar uma palavra, em sinal de tristeza. Depois, Xangô, em sinal de humildade, carregou Osalufan nas costas de volta até o Palácio de Osaguian. Osaguian, muito alegre com o regresso de Osalufan, ofereceu um grande banquete.</b><br />
<div style="margin-bottom: 12pt;"><b>Esse mito mostra todo o caminho seguido no </b><span class="GramE"><b>ritual Águas</b></span><b> de Oxalá. </b></div></font>Filha da Oxumhttp://www.blogger.com/profile/10623314830636816016noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-257547030455483460.post-3361274830030875292011-08-10T14:13:00.000-07:002011-08-10T14:13:23.289-07:00PARTE III: NAÇÃO KETU 5<h2>OMOLU & OBÀLÚWÀIYÉ - O RITUAL DE ÓLÙGBAJÉ</h2><b>O lugar de origem de Omolu ou Obàlúwàiyé é incerto. Há grandes possibilidades que tenha sido em território Tapá ou Nupê e se esta não for sua origem, seria pelo menos um ponto de divisão dessa crença. Além disso, o seu culto foi mais difundido no antigo Dahomé, região dos negros mahins.</b><br />
<b>Conta-se em Ibadan, que Obàlúwàiyé teria sido antigamente o Rei dos Tapás. Uma lenda de Ifá confirma esta última suposição. Obàlúwàiyé era originário de Empê e <span class="GramE">havia levado seus guerreiros em expedição</span> aos quatro cantos da terra. Uma ferida feita por suas flechas tornava as pessoas cegas, surdas ou mancas. Obàlúwàiyé chegou assim ao território Mahin, ao norte do Dahomé, batendo e dizimando seus inimigos. Pôs-se a massacrar e a destruir tudo que encontrava à sua frente. Os mahins, porém, tendo consultado um Babalawo aprenderam como acalmar Obàlúwàiyé, com oferendas especiais. Assim tranquilizado pelas atenções recebidas, Obàlúwàiyé mandou-os construir um palácio onde ele passaria a morar, não mais voltando ao país de Empê. Mahin prosperou e tudo se acalmou!</b><br />
<b>A palavra Obàlúwàiyé quer dizer: <i>oba</i>= "rei" e <i>luàiyé</i>= "dono da terra". Já Omolu significa <i>Omo</i>= "filho" e <i>Lu</i>= "senhor"; "Filho do Senhor". Na verdade, trata-se da mesma entidade sendo que Omolu refere-se <span class="GramE">a</span> forma velha do orixá e Obàlúwàiyé, refere-se a forma jovem.</b><br />
<b>Obàlúwàiyé é o símbolo da terra, médico e senhor das epidemias, Deus da bexiga. Corresponde <span class="GramE">a</span> pele e assim castiga com as doenças de pele: dermatose, varíola, lepra, etc. Como estas doenças começam com vômitos, tem sob guarda as plantas estomacais e depurativas. As pústulas <span class="GramE">da doenças</span> são consideradas “vulcões”. Assim, como a panela de barro emborcada nos assentamentos do santo simboliza a marca deixada pela doença.</b><br />
<b>Obàlúwàiyé representa a terra e o sol, aliás, ele é o próprio sol, por isso usa uma coroa de palha ou azê, que tampa seu rosto, porque sem ela as pessoas não poderiam olhar para ele. Ninguém pode olhar o sol diretamente. Sua matéria de origem é a terra e como tal ele é o resultado de um processo anterior. Relaciona-se também com os espíritos contidos na terra.</b><br />
<b>O colar que o simboliza é o làdgbá, cujas contas são feitas da semente existente dentro da fruta do igí-opé ou palmeiras pretas.</b><br />
<b>Lidera o poder dos espíritos dos ancestrais os quais o seguem. Oculta sob o saiote o mistério da morte e do renascimento. Ele é a própria terra que recebe nossos corpos para que vire pó.</b><br />
<b>Obàlúwàiyé mede a riqueza com cântaros, mas o povo esqueceu-se de sua riqueza e só se lembra dele como o orixá da moléstia, atribuindo-lhe a responsabilidade das doenças endêmicas existentes na terra.</b><br />
<b>No mês de agosto, Obàlúwàiyé é muito festejado no rito do Ólùgbajé, onde <i>Olu</i>=<span class="GramE">"</span>senhor" e <i>Baje</i>= "comer junto". Portanto, Ólùgbajé quer dizer “comer junto”.</b><br />
<b>Esta festa consiste em se oferecer várias comidas não só a este orixá, mas a vários orixás que se farão presentes. Ainda no Ólùgbajé, a participação de todos que estão na festa é muito importante pois, a todos serão servidos pequenas porções das comidas de orixá, porque como o próprio rito diz não se pode recusar a comida oferecida em um Ólùgbajé.</b><br />
<b>O guguru – buburu, ainda doburu, ou seja, a pipoca é um dos alimentos principais deste dia.</b><br />
<b>Parabéns para todos vocês que no mês de agosto reverenciam <span class="GramE">à</span> Obàlúwàiyé e festejam o Ólùgbajé!</b><br />
<b>Atoto!</b><br />
</font><h2>ÒSÁNYÌN (OSSAIM)</h2><b>Òsányìn é o detentor do segredo de todas as ervas existentes.</b><br />
<b>Cada divindade tem as suas ervas e folhas particulares, mas só Òsányìn conhece profundamente o poder ou axé das folhas.</b><br />
<b>O poder de Òsányìn está num pássaro que é o seu mensageiro. Este pássaro voa por toda parte do mundo e pousa em cima da cabeça de Òsányìn para lhe contar todos os acontecimentos. Este pássaro é um simbolismo bastante conhecido das feiticeiras freqüentemente chamadas de <i>elewú-eiyé</i>, ou seja, "proprietárias do pássaro-poder".</b><br />
<b>Òsányìn vive na floresta em companhia de àroni, um anãozinho de uma perna só que fuma um cachimbo feito de casca de caracol enfiado num talo oco cheio de suas folhas favoritas.</b><br />
<b><span class="GramE">Os Oloòsányìn ou Babalòsányìn são também chamados de <i>ònìsegun</i></span>, "curandeiros" em virtude de suas atividades no domínio das plantas medicinais.</b><br />
<b>Um Babalòsányìn quando vai colher as plantas está num total estado de pureza: abstem-se de relações sexuais, na noite anterior, e vai para floresta durante a madrugada sem dirigir a palavra a ninguém. Além disso, <span class="GramE">arreia</span> uma oferenda a Òsányìn na entrada da floresta no intuito de pedir licença, para colher as ervas para seus trabalhos. Ainda ao entrar na mata mastiga durante algum tempo elementos mágicos como obì ou pimenta da costa.</b><br />
<b>As folhas e as plantas constituem a emanação direta do poder da terra fertilizada pela chuva. São como as escamas e as penas que representam o procriado.</b><br />
<b>O sumo das folhas é também chamado de <i>èjé ewé</i> ou "sangue das folhas" e é um dos axés mais poderosos que traz em si o poder do que nasce e do que advém. No ato de se macerar as folhas, entoa-se cânticos chamados de <i>sàsányin</i>.</b><br />
</font><h2>AS ÁGUAS E OS ORIXÁS FEMININOS</h2><b>A água é muito utilizada <span class="GramE">nas casa</span> de Candomblé. Em muitos ritos ela aparece tendo um significado muito importante, desde o rito do ìpàdé, quando ela é utilizada para acalmar as ajé, até o ritual das águas de Oxalá, quando ela representa a limpeza lustral do egbe.</b><br />
<b>Colocar água sobre a terra significa não só fecundá-la, mas também <span class="GramE">restituir-lhe</span> seu sangue branco com o qual ela alimenta e propicia tudo que nasce e cresce em decorrência, os pedidos e rituais a serem desenvolvidos. Deitar água é iniciar e propiciar um ciclo. Diría ainda que <span class="GramE">as águas de Oxalá pelas quais começa o ano litúrgico yorubá tem</span> precisamente este significado.</b><br />
<b>É comum ao se chegar a uma entrada de uma casa de Candomblé vir uma filha da casa com uma quartinha com água e despejar esta água nos lados direito e esquerdo da entrada da casa. Este ato é para acalmar Exu e também para despachar qualquer mal que por ventura possa estar acompanhando esta pessoa. Neste caso, a água entra como um escudo contra o mal.</b><br />
<b>Entre os eboras ou orixás femininos, destacamos aqui Nàna que está associada <span class="GramE">à</span> terra, à lama e também às águas. Nàna ou Nàna Burúkú ou Nàna Bukú, como é chamada no antigo Dahomé, foi considerada como o ancestre feminino dos povos fons.</b><br />
<b>Outro orixá feminino associado à água é o orixá Òsun. Oxum tem toda a sua história ligada às águas pois, na Nigéria, Òsun é a divindade do rio que recebe o mesmo nome do orixá.</b><br />
<b>Oyá ou Yánsàn, divindade dos ventos e tempestades, também está ligada às águas, pois na Nigéria Oyá é dona do rio Niger, também chamado pelos yorubás de Odò Oyá ou "Rio de Oya".</b><br />
<b>Não diferente dos demais orixás femininos, Yemanjá também está muito ligada às águas. É o orixá que em terra yorubá é patrona de dois rios: o rio Yemonja e o rio Ogun – não confundir com o orixá Ogun, Deus do ferro. Daí Yemonja estar associada à expressão Odò Iyá, ou seja, "Mãe dos Rios".</b><br />
<b>Resumindo, a água é um elemento natural aos orixás femininos. Não só dentro do culto de Candomblé, mas como em toda a vida, ela é de suma importância pois, como é dito, a água é o princípio da vida.</b><br />
</font><h2>ÒSUN (OXUM) - ORIGEM DO NOME DE OSOGBO</h2><b>Òsun é o orixá considerado mãe da água doce e senhora do ouro.</b><br />
<b>O arquétipo das filhas de Òsun é o das mulheres graciosas e elegantes gostando do conforto, bom gosto e tendo um toque aristocrático em tudo que fazem.</b><br />
<b>Òsun também chamada de Iyalóòide em Osogbò, na Nigéria, onde <i>iyá</i>= "mãe" e <i>lóòde</i>=<span class="GramE">"</span>rainha de todos os rios".</b><br />
<b>Òsun tem fundamentalmente seus axés nas pedras do Rio Osun, nas jóias de cobre e num pente de tartaruga. O amor de Òsun pelo cobre, o metal mais precioso do país yorubá nos tempos antigos é <span class="GramE">mencionado nas saudações que assim lhe são dirigidas</span>:</b><br />
<b>“Mulher elegante que tem jóias de cobre maciço. <br />
É uma cliente dos mercadores de cobre. <br />
Òsun limpa suas jóias de cobre antes de limpar seus filhos.”</b><br />
<b>No Brasil, Òsun foi ligada ao ouro, isso devido a esse metal ser de grande importância para a confecção de jóias, uma das paixões de Òsun.</b><br />
<b>A cidade de Osogbò recebeu este nome depois que Laro, após muitas atribuições, veio instalar-se às margens do rio Òsun. Laro achou aquele local ideal para estabelecer uma cidade e ali fixar seu povo. Dias depois, uma das suas filhas foi banhar-se no rio e desapareceu sob as águas. No dia seguinte, ela retornou <span class="GramE">muito bem vestida</span> e enfeitada com muitas jóias, dizendo ter sido muito bem tratada pela divindade do rio. Agradecendo então o regresso de sua filha, Laro dedicou <span class="GramE">à</span> Òsun muitas oferendas e numerosos peixes. Mensageiros da divindade vieram comer em sinal de aceitação às oferendas que Laro havia depositado nas águas. Um grande peixe cuspiu-lhe <span class="GramE">água e ele a recolheu</span> numa cabaça e bebeu: estava selada a aliança entre Òsun & Laro. Este peixe saltou sobre as mãos de Laro e a partir desse momento recebeu o título de Ataoejá ou Atáoja, que quer dizer “aquele que recebe o peixe (ejá)<span class="GramE">”e</span> declarou Òsun Gbó ou “Òsun está em estado de maturidade”.</b><br />
<b>Essa foi <span class="GramE">a</span> origem do nome da cidade de Òsogbo, onde até os dias de hoje encontram-se os descendentes de Laro que honram o pacto feito no passado.</b><br />
</font><h2>YÁNSÀN (YANSÃ)</h2><b>Oyá ou Yansã está muito ligada ao culto de egúngún, pois é ela que encaminha os espíritos dos mortos para o òrun, através do ritual do àsèsè.</b><br />
<b>Segundo a tradição yorubá, Yansã é o único orixá que pode virar no àsèsè.</b><br />
<b><i>Oya-Ibále</i> ou <i>Balé</i> é o título que Yansã recebe dentro da sociedade de egúngún. A palavra <i>Ygbalé</i> que em yorubá quer dizer “governanta” atribui-se ao fato de que Yansã governou uma província na cidade de Abeokuta. Nesta província morava um molusí que é um sacerdote de um culto a Omolu e foi com este sacerdote que Yansã aprendeu todos os mistérios de Omolu. A partir daí, Yansã ou <i>Oyá-Ibále</i> passou a usar o branco em respeito aos mistérios e conhecimentos adquiridos no culto a Omolu, ou o "Filho do Senhor".</b><br />
<b>Outra divindade que está muito ligada ao culto de Oyá ou Yansã é a divindade Ebora Yoruba denominada de Onirá. Onirá, como o próprio nome sugere, foi uma sacerdotisa do culto <span class="GramE">à</span> Oxum nas regiões Ilexá e Ijebu, na Nigéria.</b><br />
<b>Onirá fazia parte das mulheres guerreiras que guardavam os domínios de Oxum. Conta-se que foi Onirá que ajudou Laro a fazer o grande pacto na região de Oxobo. Onirá, em verdade, seria uma das filhas de Laro e é ela que no dia da festa anual <span class="GramE">à</span> Oxum, em Oxobo, que carrega a cabaça contendo os objetos sagrados de Oxum, ou seja, Onirá é a <i>Arugba Oxum</i> ou "aquela que leva a cabaça de Oxum". Isto porque, como desvenda o mito, Onirá teria desaparecido dentro do rio e mediante a graça de Oxum, reapareceu divinamente vestida. Este é o motivo da associação de Onirá com Oxum.</b><br />
</font>Filha da Oxumhttp://www.blogger.com/profile/10623314830636816016noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-257547030455483460.post-8946965938328787642011-08-10T14:12:00.001-07:002011-08-10T14:12:41.765-07:00PARTE III: NAÇÃO KETU 4<h2>A IMPORTÂNCIA DAS PINTURAS</h2><b>Três elementos são utilizados nas casas de Candomblé, para diversas finalidades e são essenciais pela ação de proteção que exercem: Osun, Efun e Waji.</b><br />
<b>Osun e Waji são elementos vegetais e Efun é mineral. Todos são transformados em pó para preparar pintura, principalmente, a pintura do ori de iyawos, ou seja, das pessoas que se iniciam no Candomblé.</b><br />
<b>Osun, Efun e Waji servem aí para proteção da cabeça do iyawo, contra os efeitos negativos das ajé da sociedade das iyami. Isso porque, os pássaros enviados pelas ajé costumam pousar com as asas abertas sobre as cabeças das pessoas. Quando isso acontece, todo o mal fica nessas pessoas. Daí o procedimento de se pintar o iyawo.</b><br />
<b>Outra forma de se proteger das yamin é passar a mão constantemente pela cabeça, no intuito de impedir o pouso dos pássaros maus e que são denominados de <i>eleye</i>.</b><br />
<b>Portanto, vale ressaltar a importância da pintura de iyawo com esses elementos Osun, Efun e Waji, pois os mesmos neutralizam a cólera das yamins.</b><br />
</font><h2>O SIGNIFICADO DE PANÁ E KITANDA</h2><b>Durante os ritos de iniciação, a pessoa é devidamente isolada mantendo contato somente com pessoas preparadas para cuidá-la.</b><br />
<b>Toda atenção lhe é dedicada, sendo-lhe destinada uma mãe criadeira também denominada de <i>ojúbòna</i>, para lhe assistir em tempo integral.</b><br />
<b>Um iyawo equivale a uma criança nova, recém-nascida e merecedora de todos os cuidados. Daí o iyawo também ser chamado de <i>omotun</i>, que quer dizer “criança nova”. Embora adulta e talvez bem vivida, a pessoa ao entrar para se iniciar se transforma numa criança, pois é um ser novo que nasce para a religião. Por esse motivo, após o ritual do oruko, ou seja, do nome de iyawo, torna-se necessário um novo ritual: o reaprendizado das coisas, que no Candomblé de Ketu chama-se Paná e nos de Angola, Kitanda.</b><br />
<b>A palavra <i>paná</i> em yorubá significa “fim do castigo”, em referência <span class="GramE">a</span> quebra da rigidez exigida durante o começo da iniciação (banhos, pintura, raspagem) e <i>kitanda</i>, em kimbundo, significa “feira, mercado”.</b><br />
<b>Essa maior liberdade é proporcionada pela presença de entidades chamadas no Ketu de <i>ere</i>. Estas entidades têm características infantis proporcionando ao iyawo um certo relaxamento e repouso.</b><br />
<b>Estes rituais paná (no Ketu) e kitanda (no Angola) representam em verdade a quebra das kizilas em que o iyawo estava submetido durante o tempo de recolhimento. É o reaprendizado dos gestos e ações do dia a dia. Por isso, são colocados objetos como: tesoura, lápis, linha, agulha, vassoura, copos, pratos e ainda colocam-se frutas para serem vendidas. Enquanto os homens imitam trabalhos no campo, as mulheres representam tarefas caseiras. Mas tudo isso é feito num clima de total alegria.</b><br />
<b>Mas, o iyawo ainda sofrerá alguns èèwò durante algum tempo, tais como: não vai à praia, não toma bebida alcoólica, só se veste de branco e comporta-se de forma submissa diante dos mais velhos, além de não receber a benção com a cabeça coberta. Enfatizo que iyawo não toma benção com a cabeça coberta.</b><br />
<b><i>Adosu</i> e <i>Iyawo</i> são denominações nas casas de Ketu; <i>Muzenza</i>, nas casas de Angola e <i>Vodunsi</i>, nas de Jeje.</b><br />
<b><span style="font-family: Symbol;">·</span> Kizila ou Èèwò </b><br />
<b>Tudo aquilo que provoca uma reação contrária ao axé, dá-se o nome de kizila ou èèwò, ou seja, <span class="GramE">são as energias contrárias a energia positiva do orixá</span>. Estas energias negativas podem estar em alimentos, cores, situações, animais e até mesmo na própria natureza.</b><br />
<div style="margin-bottom: 12pt;"><b>Como algumas kizilas ou èèwò dos orixás, tem-se: <br />
*Exu - água e mel em excesso <br />
*Ogun - quiabo <br />
*Oxossy - mel de abelha <br />
*Yansã - abóbora <br />
*Oxalá - dendê </b></div></font><h2>SANGO (XANGÔ)</h2><b>Xangô teria sido o 4o (quarto) alafin de Òyó, sendo filho de Òrànmíyàn e Íyamasé Torossi que era filha de Élempé, Rei dos Tapás.</b><br />
<b>Xangô cresceu no país de sua mãe e mais tarde foi para Kosó, onde dominou os habitantes pela força. Depois disto, foi para Oyó onde instalou uma aldeia com o nome de Kosó.</b><br />
<b>Xangô é viril e atrevido, violento e justiceiro. Castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores. Por esse motivo, a morte pelo raio é considerada infamante. Da mesma forma, uma casa atingida por um raio é uma casa marcada pela cólera de Xangô. Como relatei, Xangô possui temperamento imperioso e viril, tendo desposado 03 (três) divindades: Obá, Oyá e Oxum.</b><br />
<b>Os símbolos de Xangô são o Osé, um machado sagrado de duas lâminas que seus elegun trazem nas mãos quando possuídos por ele.</b><br />
<b>Xangô tem ainda o seré como símbolo que tem a forma de uma cabaça alongada que contém no seu interior pequenos grãos e quando agitados produzem ruídos similar aos da chuva.</b><br />
<b>Xangô usa ainda uma grande bolsa <span class="GramE">a tira-colo</span> chamada de Labá. Dentro do Labá, Xangô guarda seus Edun Ará que são as pedras de raio que ele lança sobre a terra durante as tempestades e também contra seus inimigos nas batalhas.</b><br />
<b>Este orixá usa também uma coroa de cobre enfeitada com búzios chamada de adé de bayni e que deu origem no país de yorubá a uma das festividades de Xangô.</b><br />
<b>Em um itan diz o porquê de Xangô não usar o obí. Foi quando Olodumare castigou Xangô tomando-lhe o pilão (também, um dos seus símbolos). Xangô, arrependido e desesperado, enforcou-se num pé de obí. Porém, Olodumare o perdoou e consentiu que ele <span class="GramE">retorna</span>-se ao aiyê como orixá, para fazer justiça aos homens que não se portavam bem. Contudo, Xangô ficou proibido de usar o obí que <span class="GramE">transformou-se</span> em seu èèwò ou kizila, pois lembra-lhe a passagem pela vida e a morte na terra.</b><br />
</font><h2>IRÓKÒ</h2><b>Irókò é um orixá originário de Íwerè, região que fica ao leste de Oyó na Nigéria.</b><br />
<b>Irókò tem um temperamento estável, de caráter firme e em alguns casos violento. Daí muitas das vezes ser comparado com Xangô.</b><br />
<b>Na Nigéria, Irókò é cultuado numa árvore que tem o mesmo nome. Porém, no Brasil esta árvore foi substituída pela gameleira-branca que apresenta as mesmas características da árvore usada na África. É nesta árvore, a gameleira-branca, que fica acentuado o caráter reto e firme do orixá pois suas raízes fortes, firmes e profundas, dão uma estrutura sólida aos filhos deste orixá.</b><br />
<b>Irókò ainda é tido com árvore guardiã da casa de Candomblé pois, ter esta árvore plantada no terreno da casa de Candomblé representa força e poder.</b><br />
<b>Irókò foi associado ao vodun daomeano Loko dos negros de dinastia Jeje e ainda ao inkice Tempo, dos negros bantos.</b><br />
<b>Irókò, na verdade, é o orixá dos bosques nigerianos, onde lá na Nigéria é muito temido, porque como conta um itan, ninguém se atrevia a entrar num bosque sem antes reverenciá-lo.</b><br />
<b>No Brasil, é nos pés da gameleira-branca que fica seu assentamento e também é ali que são oferecidas suas oferendas.</b><br />
<b>Sua cor é o branco e ainda usa palha da costa em sua vestimenta. Sua comida tem por base o ajabó, o caruru, feijão fradinho, o duburu, o acassá, o ebo e outras.</b><br />
</font><h2>O QUE SIGNIFICA ADÚRÀ?</h2><b>A palavra <i>adúrà</i> é do yorubá e significa “reza, prece ou oração”.</b><br />
<b>Estas adúrà ou orações tem por finalidade invocar os orixás, e também, solicitar ajuda para os problemas do dia a dia.</b><br />
<b>Porém, o que seria <i>oríki</i>?</b><br />
<b>Oríki, na verdade, seria um aglutinado de palavras usadas pelos yorubás na hora de fazerem sacrifícios ou pedidos aos orixás. O oríki, diferente da adúrà, seria a “súplica”.</b><br />
<b>É isto! A adúrà é a reza ou oração própria do orixá que não pode ser mexida. Enquanto <span class="GramE">o oríki são</span> palavras expressas de forma intimista com o orixá, podendo ser modificado dependendo da ocasião em que for dito.</b><br />
<b>Abaixo, uma Adúrà <span class="GramE">à</span> Odé:</b><br />
<b><i>Ode amoji elere <br />
Otiti ami ilú uo biojo <br />
Ari sokoto penpe guibon eni onã ikiré <br />
Boba guibo ma da miran sí <br />
Ode alaja pa amu ouem obó <br />
Baba mí fiki fiki ekun ako oru <br />
Ma jeki owo son mí <br />
Ode wa fun mí, ni alafiá</i></b><br />
<b>“Caçador, pessoa forte que sacode a cidade <br />
Pessoa que veste bermuda nas estradas molhadas da cidade de Ikiré <br />
Se forem rasgadas ele tem outras <br />
Caçador que tem cachorros, que matam qualquer animal <br />
Meu Pai, o forte leopardo que não tem medo da madrugada <br />
Não me deixa faltar dinheiro <br />
Caçador, dê-me <span class="GramE">a</span> paz”</b><br />
</font><h2>PARA SE TER SORTE</h2><b>Quem não quer ter sorte, fartura, prosperidade dentro de sua casa? Eu acredito que todos. Por isso, divulgo para vocês uma oferenda para trazer sorte, fartura e prosperidade.</b><br />
<b>Em <span class="GramE">um Sábado de lua cheia, vocês</span> devem adquirir:<br />
*01 alguidar pequeno <br />
*01 estrela do mar daquelas pequeninas <br />
*01 ímã em forma de ferradura <br />
*05 moedas correntes do mesmo valor <br />
*05 punhados de girassol <br />
*05 punhados de açúcar cristal <br />
*01 pedaço de pano branco virgem </b><br />
<b>Depois de lavar bem o alguidar e colocá-lo em cima do pano branco, vocês devem colocar a estrela do mar no fundo do alguidar. No meio da estrela, colocar o ímã e em cada ponta uma moeda e um punhado de açúcar cristal e de girassol.</b><br />
<b>Como expliquei, isto deve ser feito num Sábado de lua cheia, portanto vocês devem fazer olhando para a lua e pedindo que vocês tenham sorte, fartura e prosperidade. Em seguida, vocês devem embrulhar no pano branco e esquecer este embrulho num canto alto da casa e só repetir de 05 em 05 (cinco) meses, despachando o velho num galho alto de uma árvore bem frondosa e repetir o ritual.</b>Filha da Oxumhttp://www.blogger.com/profile/10623314830636816016noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-257547030455483460.post-38126127175146401582011-08-10T14:11:00.002-07:002011-08-10T14:11:53.030-07:00PARTE III: NAÇÃO KETU 3<h2><i><span style="color: purple; font-family: Arial;">ODÙ</span></i></h2><b>A palavra <i>odù</i> vem da língua yorubá e significa “destino”. Portanto, <i>odù</i> é o destino de cada pessoa.</b><br />
<b>O destino é, na verdade, a regra determinada a cada pessoa por Olodumaré para se cumprir no àiyé, o que muitos chamam de missão. Esta “missão” nada mais é do que o odù que já vem impresso no <i>ìpònrí</i> de cada um, constituído numa sucessão de fatos, enquanto durar a vida do emi-okán ou espírito encarnado na terra.</b><br />
<b>Enquanto a criança ainda não nascer, ou seja, enquanto ela permanecer na barriga de sua mãe, o odù ou destino desta criança ficará momentaneamente alojado na placenta e só se revelará no dia do nascimento da criança.</b><br />
<b>Cada odù ou destino está ligado a um ou mais orixá. Este orixá que rege o odù de uma pessoa influenciará muito durante toda a vida dela. Mas, nem por isso ele será obrigatoriamente o orixá-ori, ou "o pai de cabeça" daquela pessoa, ou seja, o orixá-ori independe do odù da pessoa. Vejamos um exemplo: um omon-orixá de Yansã que tenha no seu destino a regência do odù ofun (que é ligado <span class="GramE">à</span> Oxalá), essa pessoa terá todas as características dos filhos de Yansã: independentes, autoritários, audaciosos. Mas, sofrerá as influências diretas do odù ofun, trazendo portanto para este filho de Yansã, lentidão em certos momentos da vida. Situação esta desagradável para os filhos de Yansã, que tem a rapidez como marca registrada.</b><br />
<b>Os odùs ou destinos são um segmento de tudo que é predestinação que existe no universo, conseqüentemente, de todas as pessoas.</b><br />
<b>Os odùs, além de serem a individualidade de cada um, também são energias de inteligências superiores que geraram o “Grande Boom”, a explosão acontecida a milhares de anos no espaço que criou tudo.</b><br />
<b>Dentro de um contexto específico<span class="GramE">(pessoal</span> ou social) em nosso planeta esses odùs podem seguir um caminho evolutivo ou involutivo, por exemplo: existe um odù denominado de <i>odi</i>. Foi <i>Odi</i> que em disfunção gerou as doenças venéreas e outras doenças resultantes de excessos e deturpações sexuais. Traz em sua trajetória involutiva a perversão sexual e é ainda através desse lado involutivo de <i>odi</i> que acontece a perda da virgindade e a imoralidade.</b><br />
<b>Porém, como expliquei, existe o lado evolutivo e o próprio odù <i>odi</i> citado aqui em nosso exemplo possui características boas e marcantes como: caráter forte e firme e tendência <span class="GramE">a</span> liderança.</b><br />
<b>Na verdade, <span class="GramE">são os odùs que governariam tudo que está ligado a vida em todos os sentidos</span>.</b><br />
<b>Abaixo, relaciono os 16 (dezesseis) principais odùs e seus orixás correspondentes:</b><br />
<div class="MsoNormal"><br />
</div></font><br />
<table border="1" bordercolordark="#666666" bordercolorlight="#cccccc" cellpadding="0" class="MsoNormalTable" style="width: 0cm;" width="0"><tbody>
<tr><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b>ODÙ</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b>ORIXÁ</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>1.Òkànràn</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Exu</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>2.Éji Òkò</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Ogun e Ibeji</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>3.Étà Ògúndá</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Obaluaiye e ainda Ogun</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>4.Ìròsùn</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Yemanjá</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>5.Òsé</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Oxum</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>6.Òbàrà</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Oxossy, Xangô, Yansã e Logun-Edé</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>7.Òdì</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Exu, Omolu</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>8.Éjì Onílè</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Oxaguian</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>9.Òsá</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Yemanjá e Yansã</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>10.Òfún</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Oxalá</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>11.Òwórín</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Yansã e Exu</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>12.Èjìlá Seborà</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Xangô</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>13.Éjì Ológbon</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Nanã</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>14.Ìka</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Oxumarê</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>15.Ogbègúndá</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Obá e Ewa</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>16.Àlàáfia</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Orunmilá</b></font></div></td></tr>
</tbody></table><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt;"><b><br />
ÈSÙ</b></div><b>A palavra <i>Èsù</i> em yorubá significa “esfera” e, na verdade, Exu é o orixá do movimento.</b><br />
<b>De caráter irascível, ele se satisfaz em provocar disputas e calamidades àquelas pessoas que estão em falta com ele.</b><br />
<b>No entanto, como tudo no universo, possui de um modo geral dois lados, ou seja: positivo e negativo. Exu também funciona de forma positiva quando é bem tratado. Daí ser Exu considerado o mais humano dos orixás, pois o seu caráter lembra o do ser humano que é de um modo geral muito mutante em suas ações e atitudes.</b><br />
<b>Conta-se na Nigéria que Exu teria sido um dos companheiros de Oduduà quando da sua chegada a Ifé e chamava-se <i>Èsù Obasin</i>. Mais tarde, tornou-se um dos assistentes de Orunmilá e ainda Rei de Ketu, sob o nome de <i>Èsù Alákétú</i>.</b><br />
<b>Mas, o que significa a palavra <u>elegbara</u>?</b><br />
<b>A palavra <i>elegbara</i> significa “aquele que é possuidor do poder (<i>agbará</i>)” e está ligado à figura de Exu.</b><br />
<b>Um dos cargos de Exu na Nigéria, mais precisamente em Oyó, é o cargo denominado de <i>Èsù Àkeró</i> ou <i>Àkesán</i>, que significa "chefe de uma missão", pois este cargo tem como objetivo supervisionar as atividades do mercado do rei.</b><br />
<b>Exu praticamente não possui ewós ou quizilas. Aceita quase tudo que lhe oferecem.</b><br />
<b>É o dono de muitas ervas e entre elas aquela denominada de "vassourinha de Exu", que tanto serve para efetuar atos de limpeza, como também é utilizada como sabão, para lavar roupas de santo, como se faziam antigamente. A sua frutinha é pequenina e amarelada podendo também ser comida.</b><br />
<b>Os yorubás cultuam Exu em um pedaço de pedra porosa chamada <i>Yangi</i>, ou fazem um montículo grotescamente modelado na forma humana com olhos, nariz e boca feita de búzios. Ou ainda representam Exu em uma estatueta enfeitada com fileiras de búzios tendo em suas mãos pequeninas cabaças onde ele, Exu, carrega diversos pós de elementais da terra utilizados de forma bem precisa, em seus trabalhos.</b><br />
<b>Exu tem a capacidade de ser o mais sutil e astuto de todos os orixás. E quando as pessoas estão em falta com ele, simplesmente provoca mal entendidos e discussões entre elas e <span class="GramE">prepara-lhes inúmeras armadilhas</span>. Diz um orìkì que: “Exu é capaz de carregar o óleo que comprou no mercado numa simples peneira sem que este óleo se derrame”.</b><br />
<div style="margin-bottom: 12pt;"><b>E assim é Exu, o orixá que faz:</b></div><div style="margin-bottom: 12pt;"><b><i>O ERRO VIRAR ACERTO E O ACERTO VIRAR ERRO.</i> </b></div><div class="MsoNormal"><b><span style="font-family: Symbol;">·</span> Exu e sua Multiplicidade </b></div><b>Exu possui múltiplos e contraditórios aspectos. Devido a esta multiplicidade, ele desempenha diversas funções, produzindo vários nomes, como por exemplo, <i>Èsù Alákétú</i>.</b><br />
<b>Alákétú é uma denominação real dos soberanos da região africana de Ketu e quer dizer, “Senhor de Ketu”.</b><br />
<b>Como o nome de outros soberanos de outras regiões africanas, temos:</b><br />
<div class="MsoNormal"><b><br />
*Aláàfin de Òyò <br />
*Aláàye de Èfòn <br />
*Óòni de Ifè e assim por diante. </b></div><b><i>Èsù Alákétú</i> possui essa denominação quando Exu, através de uma artimanha, conseguiu ser o Rei da região, tornando-se um dos Reis de Ketu. Sendo que as comunidades dessa nação no Brasil, o reverenciam também com este nome.</b><br />
<b>Todos os assentamentos de Exu possuem elementos ligados às suas atividades. Atividades múltiplas que o fazem estar em todos os lugares: a terra, pó, a poeira vinda dos lugares onde ele atuará. Ali estão depositados como elemento de força diante dos pedidos.</b><br />
<b>Mas, não é só isso que leva os assentamentos de Exu. Alguns assentamentos possuem o vulto de uma figura humana com olhos para ver e para agir. Os assentamentos recebem nomes diversos como este <i>Èsù Alákétú</i> ou <i>Èsù Ebarabo</i> e outros mais.</b><br />
</font><h2>O RITUAL DE ÌPÀDÉ NO CANDOMBLÉ</h2><b>A palavra <i>Ìpàdé</i> significa “encontro, reunião”. Da contração desta palavra surgiu o termo “padé” que ficou para determinar o "ritual do padé".</b><br />
<b>Nessa ocasião, todos os membros da casa devem estar no barracão. No momento do ìpàdé ou padé os Exus, Ancestrais, Orixás e pessoas filhos do egbé formam um conjunto muito importante.</b><br />
<b>O ìpàdé não é uma festa pública, não podendo aí nesse momento haver nenhuma conversa por parte dos participantes. Todos permanecem abaixados, ajoelhados em esteiras sem olhar o que se passa a sua volta. Este ato é por causa de iyamin. Se uma pessoa levantar a cabeça em hora indevida, as iyamins podem cegar esta pessoa naquele momento.</b><br />
<b>No ato do ìpàdé, só a Ìyamoró pode entrar e sair do barracão, pois a ela foi conferido um objeto (cuia) que a proteje como escudo dos perigos das ajé<span class="GramE">(iyamin</span>).</b><br />
<b>Na verdade, o ìpàdé é uma obrigação feminina. Não quero dizer com isso que homens não participem; apenas ressalto que quem controla o ìpàdé são as <i>Iyá Mí Ajé</i> ou “As Grandes Mães Feiticeiras”.</b><br />
</font><h2>ERE</h2></font><h2>Todo orixá está ligado a um ou vários Exus assim como a um Ere.</h2><b>A palavra <i>Eré</i> vem do yorubá <i>iré</i> que significa "brincadeira, divertimento". Daí a expressão <i>siré</i> que significa “fazer brincadeiras”.</b><br />
<b>O Ere<span class="GramE">(não</span> confundir com criança que em yorubá é <i>omodé</i>) aparece instantaneamente logo após o transe do orixá, ou seja, o Ere é o intermediário entre o iniciado e o orixá.</b><br />
<b>Durante o ritual de iniciação, o Ere é de suma importância pois, é o Ere que muitas das vezes trará as várias mensagens do orixá do recém-iniciado. O Ere na verdade é a inconsciência do novo omon-orixá, pois o Ere é o responsável por muita coisa e ritos passados durante o período de reclusão.</b><br />
<b>O Ere conhece todas as preocupações do iyawo, também, aí chamado de <i>omon-tú</i> ou “criança-nova”. O comportamento do iniciado em estado de “Ere” é mais influenciado por certos aspectos de sua personalidade, que pelo caráter rígido e convencional atribuído a seu orixá.</b><br />
<b>Após o ritual do <i>orúko</i>, ou seja, “nome de iyawo” segue-se um novo ritual, ou o reaprendizado das coisas.</b><br />
<div class="MsoNormal"><b><span style="font-family: Symbol;">·</span> Os vários nomes de Ere </b></div><b>Cada Ere traz um nome inspirado no arquétipo ou natureza do orixá ao qual está submetido, por exemplo:<br />
* “Foguete” ou “Trovãozinho” para Xangô <br />
* “Ferreirinho” para Ogun <br />
* “Pingo de Ouro” para Oxum e assim por diante. </b><br />
<b>Agora, esses nomes não serão os mesmos em cada iyawo. Cada Ere trará um nome que, como expliquei, será inspirado no arquétipo ou natureza do orixá a que está submetido.</b><br />
</font>Filha da Oxumhttp://www.blogger.com/profile/10623314830636816016noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-257547030455483460.post-81398980363360981792011-08-10T14:11:00.000-07:002011-08-10T14:11:07.297-07:00PARTE III: NAÇÃO KETU 2<h2><i><span style="color: purple; font-family: Arial;">SAUDAÇÕES</span></i></h2><b>As saudações são muito importantes, pois é através delas que nós invocamos os orixás.</b><br />
<b>Assim, vamos traduzir para vocês “As saudações dos Orixás e seus significados”:</b><br />
</font><br />
<table border="1" bordercolordark="#666666" bordercolorlight="#cccccc" cellpadding="0" class="MsoNormalTable"><tbody>
<tr><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Exu</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Kóbà Láryè</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>aquele que é muito falante</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Ogun</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Pàtakorí</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>exterminador ou cortador de ori ou cabeça</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Oxossy</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Ará Unse Kòke Ode</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>guardador do corpo e caçador</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Xangô</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Kawó-Kábièsilé</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>venham ver o Rei descer sobre a terra</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Oxum</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Orà Yè Yé Ofyderímàn</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>salve mãezinha doce, muito doce</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Yansã ou Oyá</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Èpàrèi</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>venha, meu servo</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Omolu e Obaluayê</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Atótóo</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Silêncio</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Yemanjá</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Èru Ìyá</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>senhora do cavalo marinho</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Oxumaré</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Arrum Bobo<span class="GramE">(termo</span> Jeje) </b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>senhor de águas supremas</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Nanã</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Sálùbá</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>pantaneira (em alusão aos pântanos de Nanã) </b></font></div></td></tr>
<tr><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Oxalá</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Esè Epa Bàbá</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>você faz, obrigado Pai</b></font></div></td></tr>
</tbody></table><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt;"><b><br />
AXÉ</b></div><b>A palavra <i>Axé</i> é de origem yorubá e é muito usada nas casas de Candomblé. <i>Axé</i> significa "força, poder" mas também é empregada para sacramentar certas frases ditas entre o povo de santo, como por exemplo: Eu digo: - “Eu estou muito bem.” Outro responde: -<span class="GramE">“</span>Axé!” Esse “axé“ aí dito equivaleria ao "Amém" do Catolicismo ("que Deus permita").</b><br />
<b>Mas, o <i>Axé</i> ainda pode significar a própria casa de Candomblé em toda a sua plenitude. Daí, uma Yalorixá também ser chamada de Yalaxé<span class="GramE">(Iyálàse</span>), ou seja, “Mãe do Axé” ou a pessoa responsável pelo zelo do Axé ou força da casa de Orixá.</b><br />
<b><i>Axé</i> também pode significar “Vida”. E tudo que tem vida tem origem. Chamar a vida é chamar o Axé e as origens. Os Orixás são Axé, os Orixás são Vida.</b><br />
<b>Agora, o que seria <u>Contra-Axé</u>?</b><br />
<b>O contra-axé são todas as estruturas de opressão e morte que destroem a vida das comunidades. O contra-axé ainda pode ser todas a quizilás e ewós dentro de uma casa de orixá e também certos tabus que cercam o omo-orixá.</b><br />
<b>Na tradição dos orixás, <i>axé</i> também pode significar a "força das águas, do fogo, da terra, das árvores, das pedras" enfim de tudo que tem vida. Pois, o Candomblé é um culto de celebração à vida e a toda a força que dela advém, ou seja, o próprio culto, é o próprio Axé.</b><br />
</font><h2><i><span style="color: purple; font-family: Arial;">O QUE SERIAM ORIXÁS-ANCESTRAIS?</span></i></h2><b>Para os povos africanos, em particular, para os yorubás, fons e bantos, a religião é a base para sua existência diária.</b><br />
<b>Ainda pela manhã, os yorubás, por exemplo, fazem uma série de adúràs e orikìs, ou seja, rezas e invocações para que o dia corra bem. Durante <span class="GramE">o dia ainda, vários</span> atos serão feitos lembrando sempre a tradição religiosa. Nas horas das refeições, enquanto a família estiver <span class="GramE">reunida também várias</span> saudações serão feitas, agradecendo a Olódùmarè e aos Orixás-Ancestrais a graça da alimentação.</b><br />
<b>Agora, por que estes povos se portam assim?</b><br />
<b>Usamos o termo Olódùmarè por representar para o povo yorubá, “o criador de todas as coisas” ou “a divindade suprema acima dos Orixás-Ancestrais”.</b><br />
<b>Os povos de Ketu, Oyó, Ijesá, Ibadan e Ifé não só prestam culto <span class="GramE">à</span> divindades naturais, mas também cultuam à ancestralidade, pois para os yorubás a reencarnação existe (atun wá), ou seja, a pessoa morre e renasce no mesmo seio familiar ao qual pertencia. Aí entra o orixá-ancestral de cada família que por tradição será o orixá-dominante de toda uma região. Por exemplo, Xangô em Oyó, Ogun em Irê, Oxum em Ijexá, Oxossy em Ketu e assim por diante.</b><br />
<b>Como podemos observar, esses orixás são patronos e dominantes de cada região, acreditando os yorubás serem eles ancestrais nestes lugares, isto é, viveram ou construiram estas regiões, como Xangô ainda em exemplo teria sido o maior Alafin ou rei de Oyó.</b><br />
<b>Como podemos entender é que lá na Nigéria os yorubás cultuam esses orixás como sendo seus antepassados, isto é, o culto <span class="GramE">à</span> orixá está ligado ao culto da ancestralidade.</b><br />
</font><h2><i><span style="color: purple; font-family: Arial;">O JOGO DE BÚZIOS</span></i></h2><b>Como será meu dia de amanhã?</b><br />
<b>Se eu fizer o que pretendo, qual será o resultado?</b><br />
<b>Desde que o mundo é mundo que o homem tem necessidade de saber algo sobre o seu futuro. Dentro do Candomblé, a modalidade do jogo de búzios é a mais conhecida (O búzio é uma concha do mar encontrado em praias litorâneas).</b><br />
<b>O jogo de búzios é um aprendizado de conhecimentos preciosos em que a memória exerce um papel muito importante, ou seja, é lá na memória ou cabeça, que se vai guardar uma enorme série de histórias, lendas e caídas que decifram, segundo a tradição yorubá, a vida de uma pessoa.</b><br />
<b>Na Nigéria, o jogo de búzios recebe o nome de <i>Merindilogún</i>, ou seja, o "JOGO DOS DEZESSEIS". O processo do jogo de búzios consiste no seguinte: Os búzios são lançados sobre uma toalha ou peneira conforme a nação daquele Babalorixá ou Yalorixá que está jogando. A posição em que os búzios caem é que dará as indicações necessárias solicitadas pelos consulentes. Portanto, cabe ao Babalorixá ou Yalorixá interpretar as caídas e passar para os consulentes as mensagens do jogo.</b><br />
<b>O intermediário do <i>Merindilogún</i>, ou seja, desta forma de jogo, não é Ifá; e sim, Exu. Ifá tem a sua modalidade particular de jogo. Diz uma lenda que apenas Exu tinha o dom da adivinhação. Mas, a pedido de Orunmilá, Exu transmitiu seus conhecimentos a Ifá e em troca Exu recebeu o privilégio de receber sempre em primeiro lugar as oferendas e sacrifícios antes de qualquer outro orixá.</b><br />
<b>Diz ainda que Oxum era a companheira de Ifá e os homens lhe pediam constantemente que respondesse às suas perguntas. Oxum contou o caso a Orunmilá que concordou que ela fizesse a adivinhação com a ajuda de 16 (dezesseis) búzios. Porém, as respostas seriam indicadas por Exu. Exu, então, voltou à antiga função, ou seja, a de responder às perguntas de Oxum. Depois disso, por espírito de vingança, Exu passou a atormentar com mais raiva os filhos de Oxum.</b><br />
<b>Na verdade, o jogo de búzios é o instrumento de maior consulta constante do Babalorixá ou Yalorixá, pois é através dele que ele<span class="GramE">(a</span>) irá dirigir diversas situações dentro da casa de orixá.</b><br />
<b>No começo do aprendizado do jogo de búzios, segundo a tradição, começa-se a jogar com 04 (quatro), 08 (oito) e depois os 16 (dezesseis) búzios. Mas, vamos nos deter aqui no jogo de 04 (quatro) búzios, também chamado de "Jogo de Confirmação". </b><br />
<b>O Jogo de Confirmação, como relatei, é formado por 04 (quatro) búzios. Esta modalidade é usada como o próprio nome sugere, para confirmar caídas feitas anteriormente com os outros búzios, ou ainda, esta forma de jogo é usada para se obter respostas rápidas dos orixás, por exemplo:</b><br />
<div class="MsoNormal"><b><span style="font-family: Symbol;">·</span> 04 (quatro) búzios abertos significa <i>"tudo ótimo"</i> </b></div><div class="MsoNormal"><b><span style="font-family: Symbol;">·</span> 03 (três) búzios abertos e 01 (um) fechado significa <i>"talvez"</i>, ou seja, poderá dar certo ou não o que se perguntou </b></div><div class="MsoNormal"><b><span style="font-family: Symbol;">·</span> 02 (dois) búzios abertos e 02 (dois) fechados: a resposta é afirmativa; <i>"tudo bem"</i> </b></div><div class="MsoNormal"><b><span style="font-family: Symbol;">·</span> 03 (três) búzios fechados e 01 (um) aberto: a resposta é <i>"não"</i>, ou seja, “negócio não realizável" </b></div><b>Agora, se todos os 04 (quatro) búzios caírem com as 04 (quatro) partes fechadas para baixo significa que não se deve insistir em perguntar o que se quer saber, pois além de ser nula esta caída, ela vem acompanhada de <i>“maus presságios”</i>.</b><br />
<b>Além disso, este Jogo de Confirmação ou Jogo dos 04 (quatro) Búzios também é chamado de "Jogo de Exu", porque segundo alguns antigos Babalorixás, quem responde nesse jogo é Exu, pela precisão e rapidez nas respostas.</b><br />
</font>Filha da Oxumhttp://www.blogger.com/profile/10623314830636816016noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-257547030455483460.post-30840930891054186472011-08-10T14:09:00.001-07:002011-08-10T14:09:36.919-07:00PARTE III: NAÇÃO KETU 1<h1><b><span style="font-size: 14pt;">PARTE III: NAÇÃO KETU</span></b></h1><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt;"><br />
</div></font><h2>A IMPORTÂNCIA DOS MITOS NO CANDOMBLÉ</h2><b>O culto dos orixás remonta de muitos séculos, talvez sendo um dos mais antigos cultos religiosos de toda história da humanidade.</b><br />
<b>O objetivo principal deste culto é o equilíbrio entre o ser humano e a divindade aí chamada de orixá.</b><br />
<b>A religião de orixá tem por base ensinamentos que são passados de geração a geração de forma oral.</b><br />
<b>Basicamente este culto está assim organizado:<br />
1o Olorun - Senhor Supremo ou Deus Todo Poderoso <br />
2o Olodumare – Senhor do Destino <br />
3o Orunmilá – Divindade da Sabedoria (Senhor do Oráculo de Ifá) <br />
4o Orixá – Divindade de Comunicação entre Olodumare e os homens, também chamado de <i>elegun</i>, onde a palavra <i>elegun</i> quer dizer "aquele que pode ser possuído pelo Orixá" <br />
5o Egungun – Espíritos dos Ancestrais </b><br />
<b>Os mitos são muito importantes no culto dos orixás, pois é através deles que encontramos explicações plausíveis para determinados ritos.</b><br />
<b>Sem estas estórias, lendas ou ìtan seria difícil ter respostas a sérios enigmas, como o envolvimento entre a vida do ser humano e do próprio orixá.</b><br />
</font><h2>O MITO DA CRIAÇÃO (Segundo a Tradição Yorubá<span style="color: purple;">)</span></h2><b>Olodumaré enviou Oxalá para que criasse o mundo. A ele foi <span class="GramE">confiado um saco de areia, uma galinha com 5 (cinco) dedos</span> e um camaleão. A areia deveria ser jogada no oceano e a galinha posta em cima para que ciscasse e fizesse aparecer a terra. Por último, colocaria o camaleão para saber se a terra estava firme.</b><br />
<b>Oxalá foi avisado para fazer uma oferenda <span class="GramE">à</span> Exu antes de sair para cumprir sua missão. Por ser um orixá funfun, Oxalá se achava acima de todos e, sendo assim, negligenciou a oferenda <span class="GramE">à</span> Exu. Descontente, Exu resolveu vingar-se de Oxalá, fazendo-o sentir muita sede. Não tendo <span class="GramE">outra alternativa</span>, Oxalá furou com seu <i>opasoro</i> o tronco de uma palmeira. Dela escorreu um líquido refrescante que era o vinho de Palma. Com o vinho, ele saciou sua sede, embriagou-se e acabou dormindo.</b><br />
<b>Olodumaré, vendo que Oxalá não havia cumprido a sua tarefa, enviou Oduduwa para verificar o ocorrido. Ao retornar e avisar que Oxalá estava embriagado, Oduduwa cumpriu sua tarefa e os outros orixás vieram se reunir a ele, descendo dos céus, graças a uma corrente que ainda se podia ver no Bosque de Olose.</b><br />
<b>Apesar do erro cometido, uma nova chance foi dada <span class="GramE">à</span> Oxalá: a honra de criar os homens. Entretanto, incorrigível, embriagou-se novamente e começou a fabricar anões, corcundas, albinos e toda espécie de monstros.</b><br />
<b>Oduduwa interveio novamente. Acabou com os monstros gerados por Oxalá e criou homens sadios e vigorosos, que foram insuflados com a vida por Olodumaré.</b><br />
<b>Esta situação provocou uma guerra entre Oduduwa e Oxalá. O último, Oxalá, foi então derrotado e Oduduwa tornou-se <span class="GramE">o primeiro <i>Oba</i></span><i> Oni Ifé</i> ou "O primeiro Rei de Ifé".</b><br />
<b>O VERDADEIRO NOME DE ODUDUWA</b><br />
<b>Como expliquei em outra ocasião, Oduduwa foi um personagem histórico do povo yorubá.</b><br />
<b>Oduduwa foi um temível guerreiro invasor, vencedor dos ìgbós e fundador da cidade de Ifé. Segundo historiadores, Oduduwa teria vivido entre 2000 <span class="GramE">à</span> 1800 anos antes de Cristo.</b><br />
<b>Oduduwa foi pai dos reis de diversas nações yorubás, tornando-se assim cultuado após sua morte, devido ao costume yorubá de cultuar-se os ancestrais.</b><br />
<b>Segundo o historiador Eduardo Fonseca Júnior, Oduduwa chamava-se Nimrod, que desceu do Egito até Yarba onde fixou residência. Ao longo do caminho até Yarba, Nimrod ou Oduduwa fundou diversos reinos. Diz ainda que Oduduwa teria ido para a África a mando de Olodumare para redimir os descendentes de Caim que à semelhança de seu ancestral, carregavam um sinal na testa.</b><br />
<b>Segundo o historiador, Nimrod trocou de nome e passou-se a se chamar Oduduwa, "aquele que tem existência própria"; onde Ile-Ifé é aquele que cresce e se expande.</b><br />
<b>Segundo o Professor José Beniste, Oduduwa é assim chamado devido ao fato dele cultuar uma divindade chamada Oduá, que na verdade chama-se Odulobojé, que é a representação feminina, com o poder da gestação. Era o ancestral cultuado pelo herói aqui em questão, gerador de toda cultura yorubá.</b><br />
<b>Como podemos observar, Oduduwa (o fundador de Ilé-Ifé), segundo grandes pesquisadores como Pierre Verger, José Beniste, Eduardo Fonseca Júnior é um personagem histórico.</b><br />
</font><h2>OS ORIXÁS E SUAS ORIGENS</h2><b>Quando falamos de orixá, falamos de uma força pura, geradora de uma série de fatores predominantes na vida de uma pessoa e também na natureza.</b><br />
<b>Mas, como surgiram os orixás? Quais as suas origens?</b><br />
<b>Quando Olorum, Senhor do Infinito, criou o Universo com o seu ófu-rufú, mimó, ou hálito sagrado, criou <span class="GramE">junto seres</span> imateriais que povoaram o Universo. Esses seres seriam os orixás que foram dotados de grandes poderes sobre os elementos da natureza. Em verdade, os orixás são emanações vindas de Olorum, com domínio sobre os 4 (quatro) elementos: fogo, água, terra e ar e ainda dominando <span class="GramE">os reinos vegetal</span> e animal, com representações dos aspectos masculino e feminino, ou seja, para todos os fenômenos e acidentes naturais, existe um orixá regente. Através do processo de constituição física e diante das leis de afinidades, cada ser humano possui 01 (um) ou mais orixá, como protetores de sua vida, a eles sendo <span class="GramE">destinados formas diversas de culto</span>.</b><br />
<b>Um outro aspecto a ser analisado sobre a tradição de orixá e sua origem seria a de que alguns orixás seriam, em princípio, ancestrais divinizados que em vida estabeleceram vínculos que lhes garantiam um controle sobre certas forças da natureza, como o trovão, o vento, as águas doces, ou salgadas, ou então, assegurando-lhes a possibilidade de exercer certas atividades como a caça, o trabalho com metais, ou ainda, adquirindo o conhecimento das propriedades das plantas e de sua utilização.</b><br />
<b>O poder axé do ancestral-orixá teria, após a sua morte, a faculdade de encarnar-se momentaneamente em um de seus descendentes durante um fenômeno de possessão por ele provocada.</b><br />
<b>A passagem da vida terrestre à condição de orixá aconteceu em momento de paixão como nos mostram as lendas dos orixás.</b><br />
<b>Xangô, por exemplo, tornou-se orixá em um momento de contrariedade por se sentir abandonado, quando deixou Oyó para retornar à região de Tapá. Somente Oyá, sua primeira mulher, o acompanha na fuga e, por sua vez, ela entrou debaixo da terra depois do desaparecimento de Xangô. Suas duas outras mulheres Oxum e Obá tornaram-se rios que tem seus nomes, quando fugiram <span class="GramE">aterrorizadas pela fulmegante cólera</span> do marido.</b><br />
<b>Como relatei, esses antepassados não morreram de forma natural; e sim, sofreram uma transformação nos momentos de crise emocional provocada pela cólera ou outros sentimentos.</b><br />
<b>A origem é a própria terra. E segundo a tradição yorubá, alguns orixás foram seres humanos possuidores de um axé muito forte e de poderes excepcionais.</b><br />
</font>Filha da Oxumhttp://www.blogger.com/profile/10623314830636816016noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-257547030455483460.post-30163341358135679012011-08-10T14:08:00.000-07:002011-08-10T14:08:28.396-07:00PARTE II : NAÇÃO JEJE NAÇÃO JEJE 3<h2><i><span style="color: black; font-family: Arial; font-size: 14pt;">A INFLUÊNCIA DAS PALAVRAS JEJE NA CULTURA AFRO-BRASILEIRA</span></i></h2><b>A cultura Jeje vinda do Antigo Dahomé, que antes abrangia o Togo e fazia fronteira com o país de Gana é, sem dúvida, uma das maiores contribuições culturais deixada pelos negros fons no Brasil.</b><br />
<b>Estes povos <i>Adjejes</i>, como eram chamados pelos yorubás, estabeleceram fundamentos nos seguintes lugares: Cachoeira de São Félix, na Bahia; Recife, em Pernambuco e São Luís, no Maranhão. Houve durante um período uma influência da cultura yorubá, daí essa mistura passar a ser chamada de: <u>Cultura Jeje-Nagô</u>. Essa mistura, como expliquei, adveio principalmente dos yorubás com várias tribos Jejes. Dentre elas destacaram-se: tribo Gan, Fanti, Axanti, Mina e Mahin. Estes últimos, ou mahins, tiveram maior destaque sobre as demais culturas Jeje, no Brasil.</b><br />
<b>Estes negros falavam o dialeto <i>ewe</i> que, por ser marcante, influenciou por demais a cultura yorubá e também a cultura bantu. Como exemplo, cito os nomes que compõem um barco de <i>yawo</i>: Dofono, Dofonitin, Fomo, Fomutin, Gamu, Gamutin e Vimu, Vimutin.</b><br />
<b>Outras palavras Jeje foram incorporadas não só na cultura afro-brasileira como também no nosso dia-a-dia, como por exemplo: <i>Acassá</i>, “faca” que no original <i>ewe</i> é escrita com “K” ao invés de “C”. Outra palavra Jeje que ficou no nosso cotidiano foi <span class="GramE">a</span> palavra “tijolo” que em <i>ewe</i> é <i>Tijoló</i>.</b><br />
</font><h2><i><span style="color: black; font-family: Arial; font-size: 14pt;">A TRADIÇÃO JEJ: O VODUN JEJE SOGBÔ E A PROVA DE ZO</span></i></h2><b>A tradição dos povos fons que aqui no Brasil foram chamados de <i>Adjeje</i> ou <i>Jeje</i> pelos yorubás, requer um longo confinamento quando na época de iniciação. Essa tradição Jeje exigia de 06 (seis) meses ou até 01 (um) ano de reclusão, de modo que o novo vodun-se aprendesse as tradições dos voduns: como cultuá-los, manter os espaços sagrados, cuidar das árvores, saber dançar, cantar, preparar as comidas e um artesanato básico necessário a implementos materiais dos diferentes assentos, ferramentas e símbolos necessários ao culto.</b><br />
<b>Para os povos Jeje, os voduns são serpentes que tem origem no fogo, na água, na terra, no ar e ainda tem origem na vida e na morte. Portanto, a divindade patrona desse culto é <i>Dan</i> ou a "Serpente Sagrada".</b><br />
<b>Como disse, para o povo Jeje os Voduns são serpentes sagradas e sendo as matas, os rios, as florestas o habitat natural das cobras e dos próprios voduns. O ritual Jeje depende de muito verde, grandes árvores pois <span class="GramE">muitos voduns tem</span> seus assentos nos pés destas árvores.</b><br />
<b>Outra particulariedade deste culto é de que quando as vodun-ses estão em transe ou incorporadas com seu vodun: os olhos permanecem abertos, ou seja, os voduns Jeje abrem os olhos, diferente dos orixás dos yorubás, que mantem os olhos sempre fechados.</b><br />
<b>É comum no culto Jeje provar o poder dos Voduns quando estes estão incorporados em seus iniciados. Uma destas provas é a prova chamada <u>Prova do Zô</u> ou <u>Prova do Fogo</u> do vodun Sogbô, que governa as larvas vulcânicas e é irmão de Badé e Acorombé, que comandam os raios e trovões.</b><br />
<b>A seguir, descrevo uma <u>Prova do Zô</u> feita com uma vodun-se feita para Sogbô, um vodun que <span class="GramE">assemelha-se</span> ao Xangô do Yorubás:</b><br />
<b>Num determinado momento entra no salão uma panela de barro, fumegante, exalando cheiro forte de dendê borbulhante, contendo dentro alguns pedaços de ave sacrificada para o vodun. Sogbô adentra o salão com fúria de um raio, os olhos bem abertos (que como expliquei é costume dos voduns) e tomando a iniciativa vai até a panela, onde mergulha as mãos por algum tempo. Em seguida, exibe para todos os pedaços da ave. É um momento de profunda emoção gerando grande comoção por parte dos outros iniciados que respondem aquele ato entrando em estado de transe com seus voduns.</b><br />
</font><h2><i><span style="color: green; font-family: Arial;">NANÃ</span></i></h2><b>Nanã Buruku ou Buku é considerada a mais antiga das divindades. Muito cultuada na África em regiões como: Daça Zumê, Abomey, Dumê, Cheti, Bodé, Lubá, Banté, Djabalá, Pesi e muitas outras regiões.</b><br />
<b>Para os fons e ewes, a palavra Nanã ou Nàná é empregada para se chamar de mãe as mulheres idosas e respeitáveis, ou seja, a palavra Nanã significa: "<u>Respeitável Senhora</u>".</b><br />
<b>Nanã está associada <span class="GramE">à</span> terra, à água e à lama. Os pântanos e as águas lodosas são o seu domínio.</b><br />
<b>Como relatei no começo, é a mais antiga das divindades, pois representa a memória ancestral. Mãe de Loko ou Irokô, Omolu e Oxumare ou Becém na dinastia Fon, Nanã está ligada ao mistério da vida e da morte. É a senhora da sabedoria, mais velha que o ferro. Daí, não usar lâminas em seu culto.</b><br />
</font><h2><i><span style="color: green; font-family: Arial;">BECÉM</span></i></h2><b>O culto à serpente remonta desde o início dos séculos. Os romanos e os gregos já prestavam culto à cobra, sendo os povos que mais difundiram em séculos passados este culto.</b><br />
<b>No Egito, a serpente era venerada e encarregada de <span class="GramE">proteger locais</span> e moradias. Cleópatra era uma sacerdotisa do culto à serpente. Todos os seus pertences e adornos eram em formatos de cobras e similares. Este culto correu através do Rio Nilo as diversas regiões africanas.</b><br />
<b>No Antigo Dahomé, este culto se intensificou e lá <i>Dan</i>, como é chamada a Serpente Sagrada, transformou-se no maior símbolo de culto daquele povo, também sendo chamado pelo nome de <u>vodun-becém</u>. Já os yorubás chamaram esta mesma entidade de Oxumare ou a Cobra Arco-íris; e os negros Bantos, de Angôro.</b><br />
<b>Na verdade, aí falamos de uma só divindade com vários nomes dependendo da região em que é cultuada.</b><br />
<b>Mas, Oxumare, como é mais popularmente conhecido no Brasil, é o Orixá que determina <span class="GramE">o movimento contínuo, simbolizado pela serpente que morde a própria cauda</span> e enrola-se em volta da terra para impedí-la de se desgovernar. Se Oxumare perder-se a força, a Terra vagaria solta pelo espaço em uma rota a seguir, sendo o fim do nosso Planeta.</b><br />
<b>É o orixá da riqueza, um dos benefícios mais apreciados não só pelos yorubás como por todos os povos da terra.</b><br />
<b>Arró-bo-boí!</b><br />
</font><h2><i><span style="color: green; font-family: Arial;">OFERENDA <span class="GramE">À</span> BECÉM PARA PROSPERIDADE</span></i></h2><b>Em tempos difíceis, um dos voduns que não pode deixar de ser cultuado é Becém, pois este vodun é o Deus do movimento. Na nação de Ketu, este vodun é assimilado ao Orixá Oxumarê.</b><br />
<b>Os ingredientes necessários para a comida ou oferenda <span class="GramE">à</span> Becém, para prosperidade são:</b><br />
<div class="MsoNormal"><b><br />
*01 travessa média de barro <br />
*300g de batata doce <br />
*½ k de canjica <br />
*14 moedas correntes <br />
*14 folhas de louro <br />
*14 búzios abertos <br />
*01 colher de açúcar cristal </b></div><b><i>Como fazer</i>:</b><br />
<div class="MsoNormal"><b><br />
*Cozinhar bem a canjica e colocá-la na travessa <br />
*Cozinhar as batatas doces, retirar as cascas e amassá-las bem. Modelar duas cobras de batata doce e colocá-las em cima desta canjica <br />
*Enfiar as folhas de louro nos cantos, em volta da canjica. (Observação: para cada folha, uma moeda e um búzio aberto até completar as 14 folhas, 14 moedas e 14 búzios) <br />
*Espalhar o açúcar cristal por cima de toda esta oferenda e oferecê-la <span class="GramE">à</span> Becém, em baixo de uma árvore bonita e frondosa com 14 velas em volta, acesas. </b></div><b>Certamente, Sr Acolo Becém irá trazer muita prosperidade para vocês!</b><br />
</font><h2><i><span style="color: green; font-family: Arial;">AJOIÉ E EKEDI</span></i></h2><b>A palavra <i>“ajoié”</i> é correspondente feminino de ogan pois, a palavra <i>ekedi</i>, ou <i>ekejí</i>, vem do dialeto ewe, falado pelos negros fons ou Jeje.</b><br />
<b>Portanto, o correspondente yorubá de <i>ekedi</i> é <i>ajoié</i>, onde a palavra ajoié significa “mãe que o orixá escolheu e confirmou”.</b><br />
<b>Assim como os demais <i>oloyés</i>, uma <i>ajoié</i> tem o direito a uma cadeira no barracão. Deve ser sempre chamada de “mãe”, por todos os componentes da casa de orixá, devendo-se trocar com ela pedidos de bençãos. Os comportamentos determinados para os ogans devem ser seguidos pelas <i>ajoiés</i>.</b><br />
<b>Em dias de festa, uma <i>ajoié</i> deverá vestir-se com seus trajes rituais, seus fios de contas, um ojá na cabeça e trazendo no ombro sua inseparável toalha, sua principal ferramenta de trabalho no barracão e também símbolo do óyé, ou cargo que ocupa.</b><br />
<b>A toalha de uma <i>ajoié</i> destina-se, entre outras coisas, a enxugar o rosto dos omo-orixás manifestados. Uma <i>ajoié</i> ainda é responsável pela arrumação e organização das roupas que vestirão os omo-orixás nos dias de festas, como também, pelos ojás que enfeitarão várias partes do barracão nestes dias.</b><br />
<b>Mas, a tarefa de uma <i>ajoié</i> não se restringe apenas a cuidar dos orixás, roupas e outras coisas. Uma <i>ajoié</i> também é porta-voz do orixá em terra. É ela que em muitas das vezes transmite ao Babalorixá ou Yalorixá o recado deixado pelo próprio orixá da casa.</b><br />
<b>No Candomblé do Engenho Velho ou Casa Branca, as <i>ajoiés</i> são chamadas de <i>ekedis</i>. No Gantois, de "Iyárobá". Já na Nação de Angola, é chamada de "makota de angúzo". Mas, como relatei anteriormente, "ekedi" é nome de origem Jeje mas, que se popularizou e é conhecido em todas as casas de Candomblé do Brasil, seja qual for a Nação.</b><br />
</font><h2><i><span style="color: green; font-family: Arial;">OS ODÙS NA CULTURA JEJE JEJE</span></i></h2><b>Um Babalawo, ou Pai dos segredos (awô) é muito respeitado pela cultura yorubá.</b><br />
<b>O Babalawo, como o nome diz, é o conhecedor de todos os mistérios e segredos no culto <span class="GramE">à</span> Orunmilá, sendo portanto sacerdote de ifá. Somente o Babalawo pode manipular o Rosário de ifá que em yorubá recebe o nome de <i>opele-ifá</i> e em ewe, língua da cultura fon ou Jeje tem o nome de <i>agú-magá</i>. Ainda na cultura Jeje, ifá é chamado de <i>Vodun-fá</i> ou Deus do destino e o Babalawo é denominado de <i>Bokunó</i>. Mas, nas duas culturas, tanto o Babalawo dos yorubás quanto o Bokunó dos fons precisam de uma divindade que interprete as caídas do jogo <span class="GramE">à</span> ifá.</b><br />
<b>Quem seria essa divindade? Para os yorubás, essa divindade que auxilia o Babalawo a interpretar as caídas do jogo-a-ifá tem o nome de Exu e para os ewes ou fons da cultura Jeje essa mesma divindade é chamada de Legba, que em ewe significa: "Divino esperto".</b><br />
<b>Como podemos observar, nas duas culturas o culto <span class="GramE">à</span> ifá é uma constante na vida destes povos, pois tanto na Nigéria como no antigo Dahomé, o destino individual ou coletivo é motivo de muita atenção(Destino que em yorubá se chama <i>odù</i> e em ewe-fon, <i>aírun-ê</i>), pois os povos Jejes também cultuavam os <i>odùs</i> ou <i>aírun-ê</i>.</b><br />
<div style="margin-bottom: 12pt;"><b>Abaixo, encontram-se divulgados alguns nomes dos <i>odùs</i>, em ewe-fon: <br />
*ogudá ou obéogunda em yorubá <br />
*lossô ou yorossun em yorubá <br />
*ruolin ou warin em yorubá <br />
*sá ou ossá em yorubá </b></div></font>Filha da Oxumhttp://www.blogger.com/profile/10623314830636816016noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-257547030455483460.post-39887088717521753902011-08-10T14:07:00.001-07:002011-08-10T14:07:38.893-07:00PARTE II : NAÇÃO JEJE NAÇÃO JEJE 2<strong><span style="color: green;">Os fundadores</span> </strong><br />
<strong>Voltando a falar sobre "Kwe Ceja Undé", esta casa como é chamada em Cachoeira de São Félix de "Roça de Baixo" foi fundada por escravos como Manoel Ventura, Tixerem, Zé do Brechó e Ludovina Pessoa.</strong><br />
<b>Ludovina Pessoa era esposa de Manoel Ventura, que no caso africano é o dono da terra. Eles eram donos do sítio e foram os fundadores da Kwe Ceja Undé. Essa <i>Kwe</i> ainda seria chamada de Pozerren, que vem de <i>Kipó</i>, "pantera".</b><br />
<b>Darei um pequeno relatório dos criadores do Pozerren Tixarene que seria o primeiro Pejigan da roça; e Ludovina, pessoa que seria a primeira Gaiacú.</b><br />
<b>A roça de cima que também é em Cachoeira é oriunda do Jeje Dahomé, ou seja, uma outra forma de Jeje. Estou falando do Mahin, que era comandada por Sinhá Romana que vinha a ser "Irmã de santo" de Ludovina Pessoa (esta última mais tarde assumiria o cargo de Gaiacú na Kwe de Boa Ventura). Mas, pela ordem temos Manoel Ventura, que seria o fundador, depois viria Sinhá Pararase, Sinhá Balle e atualmente Gamo Loko-se. O Kwe Ceja Undé encontra-se em controvérsia, ou seja, <span class="GramE">Gamo Loko-se é escolhida</span> por Sinhá Pararase para ser a verdadeira herdeira do trono e Gaiacú Agué-se, que seria Elisa Gonçalves de Souza, vem a ser a dona da terra atualmente. Ela pertence <span class="GramE">a</span> família Gonçalves, os donos da terra. Assim, temos os fundadores da Kwe Ceja Undé.</b><br />
<b>Aqui, no Rio de Janeiro, saindo de Cachoeira de São Félix, Tatá Fomutinho deu obrigação com Maria Angorense, conhecida como Kisinbi Kisinbi.</b><br />
<b>Uma das curiosidades encontradas durante minha pesquisa sobre Jeje é o que chamamos de <i>Deká</i>, que na verdade vem do termo <i>idecar</i>, do termo fon <i>iidecar</i>, que quer dizer "transmissão de segredo". Esse ritual é feito quando uma Gaiacú passa os segredos da nação Jeje para futura Gaiacú pois, na nação Jeje não se tem notícias, que possa ter havido "Pai de santo". O cargo de sacerdotisa ou "Mãe de santo" era exclusivamente das mulheres. Só as mulheres poderiam ser Gaiacús.</b><br />
<div class="MsoNormal"><b><span style="font-family: Symbol;">·</span> <span style="color: green;">Ogans</span> </b></div><b>Os cargos de Ogan na nação Jeje são assim classificados: <i>Pejigan</i> que é o primeiro Ogan da casa Jeje. A palavra <i>Pejigan</i> quer dizer “Senhor que zela pelo altar sagrado”, porque <i>Peji</i> = "altar sagrado" e <i>Gan</i> = "senhor". O segundo é o <i>Runtó</i> que é o tocador do atabaque Run, porque na verdade os atabaques Run, Runpi e Lé são Jeje. No Ketu, os atabaques são chamados de Ilú. Há também outros Ogans como Gaipé, Runsó, Gaitó, Arrow, Arrontodé, etc.</b><br />
<b>Podemos ver que a nação Jeje é muito particular em suas propriedades. É uma nação que vive de forma independente em seus cultos e tradições de raízes profundas em solo <span class="GramE">africano e trazida de forma fiel pelos negros ao Brasil</span>.</b><br />
<div class="MsoNormal"><b><span style="font-family: Symbol;">·</span> <span style="color: green;">Mina Jeje</span> </b></div><b>Em 1796, foi fundado no Maranhão <span class="GramE">o culto Mina</span> Jeje pelos negros fons vindos de Abomey, a então capital de Dahomé, como relatei anteriormente, atual República Popular de Benin.</b><br />
<b>A família real Fon trouxe consigo o culto de suas divindades ancestrais, chamados <i>Voduns</i> e,principalmente, o culto <span class="GramE">à</span> Dan ou o culto da Serpente Sagrada.</b><br />
<b>Uma grande <i>Noche</i> ou Sacerdotisa, posteriormente, foi Mãe Andresa, última princesa de linhagem direta Fon que nasceu em 1850 e morreu em 1954, com 104 anos de vida.</b><br />
<b>Aqui, alguns nomes dos Deuses Voduns:</b><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt;"><b><i>*Ayzan</i> - Vodun da nata da terra <br />
<i>*Sogbô</i> - Vodun do trovão da família de Heviosso <br />
<i>*Aguê</i> - Vodun da folhagem <br />
<i>*Loko</i> - Vodun do tempo </b></div><div class="MsoNormal"><b><span style="font-family: Symbol;">·</span> <span style="color: green;">Curiosidades</span> <br />
<br />
*A primeira Casa Jeje no Rio de Janeiro foi, em 1848, de D.Rozena, cuja filha de santo foi D.Adelaide Santos<br />
*<i>Ekede</i> – termo Jeje<br />
*<i>Done</i> – cargo feminino na casa Jeje, similar à Yalorixá<br />
*<i>Doté</i> – cargo ilustre do filho de Sogbô</b></div><b>Os vodun-ses da família de Dan são chamados de Megitó, enquanto que da família de Kaviuno, do sexo masculino, são chamados de Doté; e do sexo feminino, de Doné.</b><br />
<b>Os cumprimentos ou pedidos de bençãos entre os iniciados da família de Dan seria “<i>Megitó Benoí</i>?” Resposta: “<i>Benoí</i>”; e aos iniciados da família Kaviuno, ou seja, Doté e Doné seria “<i>Doté Ao</i>?” Resposta: "<i>Aótin</i>".</b><br />
<b>O termo usado "<i>Okolofé</i>", cuja resposta é "<i>Olorun Kolofé</i>" vem da fusão das Nações de Jeje e de Ketu.</b><br />
<b>Algumas palavras do dialeto <i>ewe</i>:</b><br />
<div class="MsoNormal"><b>*<i>esin</i> = água <br />
*<i>atinçá</i> = árvore <br />
*<i>agrusa</i> = porco <br />
*<i>kpo</i> = pote <br />
*<i>zó</i> ou <i>izó</i> = fogo <br />
*<i>avun</i> = cachorro <br />
*<i>nivu</i> = bezerro <br />
*<i>bakuxé</i> = parto de barro <br />
*<i>kuentó</i> = kuentó <br />
*<i>yan</i> = fio de contas <br />
*<i>vodun-se</i> = filho do vodun ou iniciados da Nação Jeje <br />
*<i>yawo</i> = filho do vodun ou iniciados da Nação Ketu <br />
*<i>muzenza</i> = filho do vodun ou iniciados da Nação Angola <br />
*<i>tó</i> = banho <br />
*<i>zandro</i> = cerimônia Jeje <br />
*<i>sidagã</i> = auxiliar da Dagã na Cerimônia a Legba <br />
*<i>zerrin</i> = ritual fúnebre Jeje <br />
*<i>sarapocã</i> = cerimônia feita 07(sete) dias antes da festa pública de apresentação do<span class="GramE">(a</span>) iniciado(a) no Jeje <br />
*<i>sabaji</i> = quarto sagrado onde fica os assentos dos Voduns <br />
*<i>runjebe</i> = colar de contas usado após 07(sete) anos de iniciação <br />
*<i>runbono</i> = primeiro filho iniciado na Casa Jeje <br />
*<i>rundeme</i> = quarto onde fica os Voduns <br />
*<i>ronco</i> = quarto sagrado de iniciação <br />
*<i>bejereçu</i> = cerimônia de matança </b></div><b>Esta é uma homenagem a todos os povos Jejes.</b><br />
<b>Arró-bo-boí!</b><br />
</font>Filha da Oxumhttp://www.blogger.com/profile/10623314830636816016noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-257547030455483460.post-41171732739003763062011-08-10T14:06:00.000-07:002011-08-10T14:06:04.562-07:00PARTE II : NAÇÃO JEJE NAÇÃO JEJE 1<strong><span style="color: black;">PARTE II : NAÇÃO JEJE </span><i><span style="color: black; font-family: Arial;">NAÇÃO JEJE</span></i></strong><br />
<div class="MsoNormal"><strong><span style="color: black; font-family: Symbol;">·</span><span style="color: black;"> Origem da palavra JEJE </span></strong></div><b>A palavra JEJE vem do yorubá <i>adjeje</i> que significa estrangeiro, forasteiro. Portanto, não existe e nunca existiu nenhuma nação Jeje, em termos políticos. O que é chamado de nação Jeje é o candomblé formado pelos povos fons vindo da região de Dahomé e pelos povos mahins. Jeje era o nome dado de forma perjurativa pelos yorubás para as pessoas que habitavam o leste, porque os mahins eram uma tribo do lado leste e Saluvá ou Savalu eram povos do lado sul. O termo Saluvá ou Savalu, na verdade, vem de "Savê" que era o lugar onde se cultuava Nanã. Nanã, uma das origens das quais seria Bariba, uma antiga dinastia originária de um filho de Oduduá, que é o fundador de Savê (tendo neste caso a ver com os povos fons). O Abomei ficava no oeste, enquanto Axantis era a tribo do norte. Todas essas tribos eram de povos Jeje</b><br />
<div class="MsoNormal"><b><span style="font-family: Symbol;">·</span> <span style="color: black;">Origem da palavra DAHOMÉ</span> </b></div><b>A palavra <i>DAHOMÉ</i>, tem dois significados: Um está relacionado com um certo Rei Ramilé que se transformava em serpente e morreu na terra de <i>Dan</i>. Daí ficou <i>"Dan Imé"</i> ou <i>"Dahomé"</i>, ou seja, aquele que morreu na Terra da Serpente. Segundo as pesquisas, o trono desse rei era sustentado por serpentes de cobre cujas cabeças formavam os pés que iam até a terra. Esse seria um dos significados encontrados: <i>Dan</i> = “serpente sagrada” e <i>Homé</i> = “a terra de Dan”, ou seja, <i>Dahomé</i> = “a terra da serpente sagrada”. Acredita-se ainda que o culto <span class="GramE">à</span> Dan é oriundo do antigo Egito. Ali começou o verdadeiro culto à serpente, onde os Faraós usavam seus anéis e coroas com figuras de cobra. Encontramos também Cleópatra com a figura da cobra confeccionada em platina, prata, ouro e muitos outros adornos femininos. Então, posso dizer que este culto veio descendo do Egito até Dahomé.</b><br />
<div class="MsoNormal"><b><span style="font-family: Symbol;">·</span> <span style="color: green;">Dialetos falados</span> </b></div><b>Os povos Jejes se enumeravam em muitas tribos e idiomas, como: Axantis, Gans, Agonis, Popós, Crus, etc. Portanto, teríamos dezenas de idiomas para uma tribo só, ou seja, todas eram Jeje, o que foge evidentemente às leis da <span class="GramE">lingüística - muitas</span> tribos falando diversos idiomas, dialetos e cultuando os mesmos Voduns. As diferenças vinham, por exemplo, <span class="GramE">dos Minas</span> - Gans ou Agonis, Popós que falavam a língua das Tobosses, que a meu ver, existe uma grande confusão com essa língua.</b><br />
<div class="MsoNormal"><b><span style="font-family: Symbol;">·</span> <span style="color: green;">Os primeiros no Brasil</span> </b></div><b>Os primeiros negros Jeje chegados ao Brasil entraram por São Luís do Maranhão e de São Luís desceram para Salvador, Bahia e de lá para Cachoeira de São Félix. Também ali, há uma grande concentração de povos Jeje. Além de São Luís (Maranhão), Salvador e Cachoeira de São Félix (Bahia), o Amazonas e bem mais tarde o Rio de Janeiro, foram lugares aonde <span class="GramE">encontram-se</span> evidências desta cultura.</b><br />
<b><span style="font-family: Symbol;">·</span> <span style="color: green;">Classificação dos Voduns</span> </b><br />
<b>Muitos Voduns Jeje são originários de Ajudá. Porém, <span class="GramE">o culto desses voduns só cresceram</span> no antigo Dahomé. Muitos desses Voduns não se fundiram com os orixás nagos e desapareceram totalmente. O culto da serpente Dãng-bi é um exemplo, pois ele nasceu em Ajudá, foi para o Dahomé, atravessou o Atlântico e foi até as Antilhas.</b><br />
<b>Quanto <span class="GramE">a</span> classificação dos Voduns Jeje, por exemplo, no Jeje Mahin tem-se a classificação do povo da terra, ou os voduns Caviunos, que seriam os voduns Azanssu, Nanã e Becém. Temos, também, o vodun chamado Ayzain que vem da nata da terra. Este é um vodun que nasce em cima da terra. É o vodun protetor da <i>Azan</i>, onde <i>Azan</i> quer dizer "esteira", em Jeje. Achamos em outro dialeto Jeje, o dialeto Gans-Crus, também o termo Zenin ou Azeni ou Zani e ainda o Zoklé. Ainda sobre os voduns da terra encontramos Loko. Ele apesar de estar ligado também aos astros e a família de Heviosso, também está na família Caviuno, porque Loko é árvore sagrada; é <span class="GramE">a gameleira branca, que é uma árvore muito importante na nação</span> Jeje. Seus filhos são chamados de Lokoses. Ague, Azaká é também um vodun Caviuno. A família Heviosso é encabeçada por Badë, Acorumbé, também filho de Sogbô, chamado de Runhó. Mawu-Lissá seria o orixá Oxalá dos yorubás. Sogbô também tem particularidade com o Orixá em Yorubá, Xangô, e ainda com o filho mais velho do Deus do trovão que seria Averekete, que é filho de Ague e irmão de Anaite. Anaite seria uma outra família que viria da família de Aziri, pois são as Aziris ou Tobosses que viriam a ser as Yabás dos Yorubás, achamos assim Aziritobosse. Estou falando do Jeje de um modo geral, não especificamente do Mahin, mas das famílias que englobam o Mahin e também outras famílias Jeje.</b><br />
<b>Como relatei, Jeje era um apelido dado pelos yorubás. Na verdade, esta família, ou seja, nós que pertencemos a esta nação deveríamos ser classificados de povo Ewe, que seria o mais certo. Ewe-Fon seria a nossa verdadeira denominação. Nós seríamos povos Ewe ou povos Fons. Então, se <span class="GramE">fôssemos</span> pensar em alguma possibilidade de mudança, nós iríamos nos chamar, ao invés de nação Jeje, de nação Ewe-Fon. Somente assim estaríamos fazendo jus ao que é encontrado em solo africano. Jeje é então um apelido, mas assim ficamos para todas as nossas gerações classificados como povo Jeje, em respeito aos nossos antepassados.</b><br />
<b>Continuando com algumas nomenclaturas da palavra Ewe-Fon, por exemplo, a casa de candomblé da nação Jeje chama-se <i>Kwe</i> = "casa". A casa matricial em Cachoeira de São Félix chama-se Kwe Ceja Undé. Toda casa Jeje tem que ser situada afastada das ruas, dentro de florestas, onde exista espaço com árvores sagradas e rios. Depende das matas, das cachoeiras e depende de animais, porque o Jeje também tem a ver com os animais. Existem até cultos com os animais tais como, o leopardo, crocodilo, pantera, gavião e elefante que são identificados com os voduns. Então, este espaço sagrado, este grande sítio, esta grande fazenda onde fica o <i>Kwe</i> chama-se <i>Runpame</i>, que quer dizer "fazenda" na língua Ewe-Fon. Sendo assim, a casa chama-se <i>Kwe</i> e o local onde fica situado o candomblé, <i>Runpame</i>. No Maranhão predomina o culto às divindades como Azoanador e Tobosses e vários Voduns onde a "sacerdotisa" é chamada <i>Noche</i> e o cargo masculino, <i>Toivoduno</i>.</b>Filha da Oxumhttp://www.blogger.com/profile/10623314830636816016noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-257547030455483460.post-13544246724159630132011-08-10T14:05:00.001-07:002011-08-10T14:05:22.050-07:00AS VARIAÇÕES DAS TRÊS NAÇÕES JEJE, KETU E ANGOLAFilha da Oxumhttp://www.blogger.com/profile/10623314830636816016noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-257547030455483460.post-57681416820308251582011-08-10T14:04:00.002-07:002011-08-10T14:04:47.894-07:00A ORGANIZAÇÃO DO CANDOMBLÉ NO NOVO MUNDOFilha da Oxumhttp://www.blogger.com/profile/10623314830636816016noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-257547030455483460.post-8912708066585731382011-08-10T14:04:00.000-07:002011-08-10T14:04:15.388-07:00PARTE I: INTRODUÇÃO 2Filha da Oxumhttp://www.blogger.com/profile/10623314830636816016noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-257547030455483460.post-25252996087213564032011-08-10T14:03:00.000-07:002011-08-10T14:03:32.917-07:00PARTE I: INTRODUÇÃO 1<h1><b><span style="font-family: "Courier 10cpi";">PARTE I: INTRODUÇÃO</span></b></h1></font><h2><span style="font-family: "Courier 10cpi";">C A N D O M B L É</span></h2></font><h2><span style="font-family: "Courier 10cpi";">Por que o culto do orixá é chamado de CANDOMBLÉ?</span></h2><b>Em 1830, algumas mulheres negras originárias de Ketu, na Nigéria, e pertencentes <span class="GramE">a</span> irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte, reuniram-se para estabelecer uma forma de culto que preservasse as tradições africanas aqui, no Brasil.</b><br />
<b>Segundo documentos históricos da época, esta reunião aconteceu na antiga Ladeira do Bercô; hoje, Rua Visconde de Itaparica, próximo a Igreja da Barroquinha na cidade de São Salvador - Estado da Bahia.</b><br />
<b>Desta reunião, que era formada por várias mulheres, conforme relatei anteriormente, uma mulher ajudada por Baba-Asiká, um ilustre africano da época, se destacou:<br />
- Íyànàssó Kalá ou Oká, <span class="GramE">cujo o</span> òrúnkó no orixá era Íyàmagbó-Olódùmarè.</b><br />
<b>Mas, o motivo principal desta reunião era estabelecer um culto africanista no Brasil, pois viram essas mulheres, que se alguma coisa não fosse feita aos seus irmãos negros e descendentes, nada teriam para preservar o <u>"culto de orixá"</u>, já que os negros que aqui chegavam eram batizados na Igreja Católica e obrigados a praticarem assim a religião católica.</b><br />
<b>Porém, como praticar um culto de origem tribal, em uma terra distante de sua ìyá ìlú àiyé èmí, ou a mãe pátria terra da vida, como era chamada a África, pelos antigos africanos?</b><br />
<b>Primeiro, tentaram fazer uma fusão de várias mitologias, dogmas e liturgias africanas. Este culto, no Brasil, teria que ser similar ao culto praticado na África, em que o principal quesito para se ingressar em seus mistérios seria a iniciação. Enquanto na África a iniciação é feita muitas vezes em plena floresta, no Brasil foi estabelecida uma mini-África, ou seja, a casa de culto teria todos os orixás africanos juntos. Ao contrário da África, onde cada orixá está ligado a uma aldeia, ou cidade por exemplo: Xangô em Oyó, Oxum em Ijexá e Ijebu e assim por diante.</b><br />
<b>Mas, por que esse culto foi denominado de <u>CANDOMBLÉ</u>?</b><br />
<b>Este culto da forma como é aqui praticado e chamado de Candomblé, não existe na África. O que existe lá é o que chamo de culto <span class="GramE">à</span> orixá, ou seja, cada região africana cultua um orixá e só inicia elegun ou pessoa daquele orixá. Portanto, a palavra Candomblé foi uma forma de denominar as reuniões feitas pelos escravos, para cultuar seus deuses, porque também era comum chamar de Candomblé toda festa ou reunião de negros no Brasil. Por esse motivo, antigos Babalorixás e Yalorixás evitavam chamar o "culto dos orixás" de Candomblé. Eles não <span class="GramE">queriam com isso serem</span> confundidos com estas festas. Mas, com o passar do tempo <span class="GramE">a</span> palavra Candomblé foi aceita e passou a definir um conjunto de cultos vindo de diversas regiões africanas. </b><br />
<b>A palavra Candomblé possui 2 (dois) significados entre os pesquisadores: Candomblé seria uma modificação fonética de “Candonbé”, um tipo de atabaque usado pelos negros de Angola; ou ainda, viria de “Candonbidé”, que quer dizer “ato de louvar, pedir por alguém ou por alguma coisa”.</b>Filha da Oxumhttp://www.blogger.com/profile/10623314830636816016noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-257547030455483460.post-65679353259736911982011-08-10T14:02:00.001-07:002011-08-10T14:02:18.948-07:00EbóFilha da Oxumhttp://www.blogger.com/profile/10623314830636816016noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-257547030455483460.post-672681388220649032011-08-10T14:00:00.001-07:002011-08-10T14:00:28.906-07:00AS CORES<h2 style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: ”arial”;">AS CORES</span></i></h2><div style="text-align: justify;"><b>As cores são muito importantes na cultura afro-brasileira. Elas são, na verdade, o maior elo entre a matéria e o astral.</b></div><div style="text-align: justify;"><b>A harmonia das cores usadas nas roupas faz a vibração do Orixá ficar positiva ou negativa. Quando se for resolver uma situação de trabalho, amor, <span class="GramE">saúde, etc. devemos prestar</span> muita atenção nas cores usadas naquele momento para que tenhamos sucesso.</b></div><div style="text-align: justify;"><b>Eu vou relatar a seguir as cores, os Orixás e os dias em que devem ser usadas:</b></div><div class="MsoNormal"><br />
</div></font><br />
<table border="1" bordercolordark="#666666" bordercolorlight="#cccccc" cellpadding="0" class="MsoNormalTable" style="background: #ccffff; border-bottom: 1.5pt outset; border-left: 1.5pt outset; border-right: 1.5pt outset; border-top: 1.5pt outset;"><tbody>
<tr><td colspan="3" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: 1.5pt inset; padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b>CORES</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><br />
</div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b>ORIXÁ</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b>DIA</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Preto-vermelho/estampado</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Exu</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Segunda-feira</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Azul escuro / verde</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Ogun</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Terça-feira</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Azul claro</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Oxossy</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Quinta-feira</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Verde e amarelo</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Ossayn</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Quinta-feira</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Branco e preto/marrom rajado</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Omolu</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Segunda-feira</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Amarelo ouro</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Oxum</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Sábado</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Vermelho e coral</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Yansã</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Sábado e Quarta-feira</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Branco e prata</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Yemanjá</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Sábado</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Lilás</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Nanã</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Sábado</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Vermelho-branco</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Xangô</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Quarta-feira</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Preto-amarelo</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Oxumarê</b></font></div></td><td style="padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Terça-feira</b></font></div></td></tr>
<tr><td style="border-bottom: 1.5pt inset; border-left: 1pt inset; border-right: 1pt inset; border-top: 1pt inset; padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Branco</b></font></div></td><td style="border-bottom: 1.5pt inset; border-left: 1pt inset; border-right: 1pt inset; border-top: 1pt inset; padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Oxalá</b></font></div></td><td style="border-bottom: 1.5pt inset; border-left: 1pt inset; border-right: 1pt inset; border-top: 1pt inset; padding-bottom: 0.75pt; padding-left: 0.75pt; padding-right: 0.75pt; padding-top: 0.75pt;"><div class="MsoNormal"><b>Sexta-feira</b></font></div></td></tr>
</tbody></table></font>Filha da Oxumhttp://www.blogger.com/profile/10623314830636816016noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-257547030455483460.post-17768260079124531162011-06-24T18:01:00.000-07:002011-06-24T18:01:00.962-07:00<div style="text-align: center;"><strong>Salve meu pai Xangô <br />
Kâoooooo...</strong></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://downloads.open4group.com/wallpapers/oracao-de-xango-66951.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" i$="true" src="http://downloads.open4group.com/wallpapers/oracao-de-xango-66951.jpg" width="400" /></a></div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><strong>Xangô meu pai <br />
deixa está pedreira aí <br />
Xangô meu pai <br />
deixa está pedreira aí <br />
que umbanda tá lhe chamando <br />
deixa está pedreira aí <br />
que a umbanda tá lhe chamando <br />
deixa está pedreira aí </strong></div><div style="text-align: center;"><strong>Xangô meu pai <br />
deixa está pedreira aí <br />
Xangô meu pai <br />
deixa está pedreira aí <br />
que umbanda tá lhe chamando <br />
deixa está pedreira aí <br />
que a umbanda tá lhe chamando <br />
deixa está pedreira aí</strong></div><div style="text-align: center;"><br />
<strong>------------------------------------</strong></div><div style="text-align: center;"><strong>O Gino olha sua banda <br />
O Gino olha o seu conga <br />
a onde o rochinol cantava <br />
a onde Xangô morava <br />
ele é filho da cobra coral <br />
ele é filho da cobra coral <br />
ele é filho da cobra coral <br />
Kâo </strong></div><div style="text-align: center;"><strong>O Gino olha sua banda <br />
O Gino olha o seu conga <br />
a onde o rochinol cantava <br />
a onde Xangô morava <br />
ele é filho da cobra coral <br />
ele é filho da cobra coral <br />
ele é filho da cobra coral <br />
Kâo</strong></div>Filha da Oxumhttp://www.blogger.com/profile/10623314830636816016noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-257547030455483460.post-16519234303892833972011-05-13T12:35:00.000-07:002011-05-13T12:35:26.441-07:00Achei na net<b>Achei no blog "<a href="http://umbandasemmedo.blogspot.com/">UMBANDA SEM MEDO"</a> seguintes livros:</b><br />
<b><br />
</b><br />
<br />
<ul style="color: #4e4e4e; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.2; list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><li style="border-top-color: initial; border-top-style: none; border-top-width: initial; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0.25em; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0.25em; text-indent: 0px;"><a href="http://www.4shared.com/file/84646633/c64bd919/UMBANDA_SEM_MEDO_VOL_III.html" style="color: #dc3012; text-decoration: underline;"><b>UMBANDA SEM MEDO VOL III</b></a></li>
<li style="border-top-color: rgba(128, 128, 128, 0.496094); border-top-style: dashed; border-top-width: 1px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0.25em; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0.25em; text-indent: 0px;"><a href="http://www.4shared.com/file/67421330/22b42ef5/_2__UMBANDA_SEM_MEDO_VOL_II.html" style="color: #b11313; text-decoration: none;"><b>UMBANDA SEM MEDO VOL II</b></a></li>
<li style="border-top-color: rgba(128, 128, 128, 0.496094); border-top-style: dashed; border-top-width: 1px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0.25em; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0.25em; text-indent: 0px;"><a href="http://www.4shared.com/file/49748873/b542e10e/UMBANDA_SEM_MEDO_VOL_I.html" style="color: #b11313; text-decoration: none;"><b>UMBANDA SEM MEDO VOL I</b></a></li>
<li style="border-top-color: rgba(128, 128, 128, 0.496094); border-top-style: dashed; border-top-width: 1px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0.25em; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0.25em; text-indent: 0px;"><b style="color: #b11313; text-decoration: none;"><a href="http://www.4shared.com/file/9LRerpiV/TECNICA_DA_MEDIUNIDADE.html" style="color: #b11313; text-decoration: none;">TECNICA DA MEDIUNIDADE</a></b></li>
</ul><div><span class="Apple-style-span" style="color: #4e4e4e; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 14px; line-height: 16px;"><b><br />
</b></span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="color: #4e4e4e; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 14px; line-height: 16px;"><b>Vale a pena conhecer este blog.</b></span></span></div>Filha da Oxumhttp://www.blogger.com/profile/10623314830636816016noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-257547030455483460.post-59677663085152792922011-05-13T12:11:00.000-07:002011-05-13T12:11:48.197-07:00Dia de Preto Velho<div style="text-align: center;"><b>13 de Maio Dia dos: </b></div><b><br />
</b><br />
<b>PRETOS VELHOS</b><br />
<b><br />
</b><br />
<div style="text-align: center;"><b><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8A6iwyF2rO1McFjoB6Laper1wTIN72LdZ2k0vdRNmBIByhef5XUWuc0ZZYvTcum_bi8Cnw0la5zohTGXyQXs1q0ANhyYhqLVJqUI6a0iw8lQ0b7didyu3GxDd58bqzmWjtKo8MtseGfKT/s400/Preto+Velho+03.jpg" /></b></div><b><br />
</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>As correntes de Pretos Velhos são esplendorosas. Eles representam todos os espíritos de humildade, de serenidade e de paciência que devemos ter sempre em mente para que possamos evoluir espiritualmente. </b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Eles chegaram ao Brasil, como escravos, sendo traficados pelos feitores que escolhiam para venda os jovens e os mais fortes. </b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Os Pretos Velhos, formam uma Falange ou Linha de Almas, pois são originários dos escravos no cativeiro, onde viviam amontoados em senzalas, alimentando-se sempre de restos das comidas dos brancos, sendo submetidos às condições desumanas e implacáveis de trabalho forçado, sofrendo atrocidades e torturas de todas as formas, sendo que somente os mais fortes sobreviviam. </b><br />
<b>Apesar de tudo, estes povos renegados pela sorte, trouxeram dentro de suas entranhas e espírito, a ciência e a sabedoria de seus ancestrais, empregando seus dotes no uso das ervas, plantas, raízes e tudo ou mais que estava disponível no lugar, encontrado na natureza. Mesmo contando com a religião, suas cerimônias e cânticos, esses homens humanamente, não poderiam resistir à erosão que o grande mestre, o tempo, produz sobre o invólucro carnal, como todos os mortais. Mas a mente não envelhece, apenas amadurece. Para a prática dos cultos, que logicamente era escondida na senzala, pois seus donos, os senhores feudais, eram católicos extremistas (pela suas tradições trazidas da Europa - Portugal), obrigavam os escravos a aprender sua religião e adorar seus santos. Este fato agredia mais ainda sua subjugada capacidade de reação, para eles poderem praticar o culto trazido de seus ancestrais, nas senzalas onde faziam as ocultas, e para amenizar suspeitas, nomeavam seus Deuses Orixás, com nomes dos santos católicos, que mais se pareciam. </b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>O tempo passa o trabalho de sol a sol, degrada esta gente negra aniquilando-os. O final desta jornada é a morte física, carnal, onde se encerra neste planeta Terra sua missão.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Porém, eles voltaram, agora com uma missão diferente, onde eles precisavam evoluir ainda mais no outro plano, que é o espiritual, bem como, ajudar aos aqui encarnados a evoluírem. Os Pretos Velhos, têm uma característica muito própria de linguajar, quando de sua incorporação em um médium, com uma forma envergada, sob o peso dos anos de existência em vida na terra, senta-se com a dificuldade das juntas enrijecidas e os músculos fatigados num pequeno banco de madeira, que lembra o antigo toco que havia nas senzalas. </b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Os Pretos Velhos ainda fumam cachimbo de barro ou de madeira rudimentar, falando com os visitantes e filhos, usando um linguajar comum aos escravos que não falavam bem o português. </b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Com seus cachimbos, fala pausada, tranquilidade nos gestos, eles escutam e ajudam àqueles que necessitam independentes de sua cor, idade, sexo, raça e de religião. </b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>E assim são os Pretos Velhos da Umbanda. Eles representam a força, a resignação, a sabedoria, o amor e a caridade. São um ponto de referência para todos que necessitam da cura, dos ensinamentos, dos caminhos para pessoas e, também para espíritos sem luz. </b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Não se engane, por trás desta simplicidade, humildade e bondade de um Preto Velho, reside um espírito de grande sabedoria e evolução espiritual.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Salve a todos os Pretos Velhos, que Deus os ilumine e os abençoem. A todos os que trabalham nesse mundo, e no outro plano com muito Amor. </b><br />
<b><br />
</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>ORAÇÃO DOS PRETOS VELHOS </b><br />
<div style="text-align: center;"><b><img alt="Vovó Cambinda" src="http://www.cabocloboiadeiro.com.br/imagens/cambinda_small.jpg" /></b><img alt="Pai João D'angola" src="http://www.cabocloboiadeiro.com.br/imagens/pai_joao_angola_small.jpg" /><img alt="Vovó Maria Conga" src="http://www.cabocloboiadeiro.com.br/imagens/maria_conga_small.jpg" /><img alt="Pai José" src="http://www.cabocloboiadeiro.com.br/imagens/pai_jose_small.jpg" /></div><b><br />
</b><br />
<b>"Senhor, Nosso Pai, que sois o Poder, a Bondade, a Misericórdia, olhai por aqueles que acreditam em Vós e esperam por vossa bondade, poder e misericórdia. Dai Pai, aos que vacilam ao Vosso Poder, na Vossa Misericórdia e Bondade, a clareza de pensamento e abri-lhes, Senhor, os olhos para que pratique sempre o bem, a caridade para com os outros dentro da humildade de Vossa Sabedoria, reconhecendo assim a Vossa Existência, Poder e Misericórdia, bem como, o Vosso Reino. Senhor perdoa aqueles que a escuridão ainda não deixou ver os erros cometidos na sua passagem terrena. Dai Senhor, àqueles que sofrem, a luz de Seu imenso Amor e da Sua Sabedoria. Que a sua luz nos ilumine neste mundo e em outros que ainda desconhecemos, e em todos os lugares por onde passarmos nos proteja. Oh! Meu Pai Santíssimo! A nós pecadores, aceita o nosso arrependimento dos erros que temos cometido. Pai, pela sua sagrada bondade e paixão, consenti que caminhe até vós pelo caminho da perfeição. Dai Senhor, orientação perfeita no caminho da virtude, único caminho pelo qual devemos trilhar. Misericórdia aos nossos inimigos. Perdão a todos os nossos erros, e que Vossa Bondade não nos falte hoje e sempre... Amém".</b><br />
<b><br />
</b><br />
<div style="text-align: center;"><b>_____________________________</b></div><div style="text-align: center;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b></b></div><div style="text-align: left;"><b>omemora-se no dia 13 de Maio, o dia dessas queridas e amadas entidades de Umbanda. São eles, negros que ao Brasil foram trazidos e escravizados para benefício de uma minoria.</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Eram de muitas raças diferentes, povos distantes e até desconhecidos e mesmo assim passaram por tantos sofrimentos longe de casa, da família etc.</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Eles nunca abandonaram a fé em seus Deuses (Orixás), ela era inabalável e assim para que não sofressem represálias da Igreja Católica e dos Senhores de Engenho, criaram o que chamamos de Sincretismo Religioso, para "maquiar" os seus Orixás, como exemplo Ogum que virou São Jorge.</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Atualmente o Candomblé não aceita que se trabalhe com essas entidades, sendo elas entidades basicamente de Umbanda. Trabalham na linha de Omulú (Obaluayê) e de Nanã Buruquê.</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>A falange das Almas abrange os Pretos Velhos e Pretas Velhas.</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Seu Habitat: Cemitérios e Matagais</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Sua cor na umbanda: Preto e Branco</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Sua comida é : Rapadura, Feijão preto, Mingau das Almas, Fumo de rolo e Agrião</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Suas flores: Margaridas Brancas de todas as espécies e tamanhos</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Dia da Semana: Segunda-feira</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Sua Bebida: A mais comum é o café amargo (sendo frio ou quente)</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b> Sua saudação:</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b> </b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b> Adorei as Almas!</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b> </b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Ponto de são Benedito</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Oh! que santo é aquele</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Que vem acolá ?!</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>É são Benedito,</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Que vem ajudá!</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Oh! Que santo é aquele que vem acolá?!</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Que vem acolá?!</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>É são Benedito,</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Que vem trabalhá.</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Ponto da Vovó Cambinda </b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Segura o touro, Cambinda</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Amarra no mourão.</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Segura os inimigos Cambinda</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Amarra no mourão.</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Os inimigos são perigosos, Cambinda</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Amarra no mourão.</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Oi corre, corre minha gente, auê</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Que ai vem o boi tatá, auê</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Porteira velha pegou fogo, auê</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Pra não sair no mundão,</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Segura o touro Cambinda,</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Amarra no mourão.</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Olha que eles são bravos, Cambinda.</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Auê, auê...</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b> Ponto da Vovó Engrácia</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>( irradiação com Oxum) </b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>É e é...</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Ela é de umbanda também.</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Aí vem vovó Engrácia, (bis)</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Pra seus filhos fazer bem.</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Ponto de Prêto velho</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Que nossa senhora</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Te cubra com o véu,</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Que são Pedro te abra,</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>As portas do céu.</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Ponto da Vovó Catarina</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Vovó Catarina o dia vem,</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>A senhora é quem sabe e,</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Mais ninguém,</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Vovó Catarina,</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Olha seus filhos</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>No gongá,</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>A senhora é quem</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Sabe e mais ninguém. (bis)</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Ponto de Chico Prêto</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Todo mundo qué, qué, qué, qué,</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Chico Prêto quimbandeiro</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Do povo de Guiné.</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Ôia, todo mundo qué, qué, qué, qué,</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Chico Prêto feiticeiro.</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Do povo da Guiné.</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Baixa! Baixa! Oh virgem da Conceição</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Maria Imaculada para tirar a perturbação</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Se tiveres praga de alguém,</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Desde já se retirado.</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Levando para o mar ardente...</b></div><div style="text-align: left;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: left;"><b>Para as ondas do mar sagrado...</b></div><br />
<b><br />
</b><br />
<b><br />
</b>Filha da Oxumhttp://www.blogger.com/profile/10623314830636816016noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-257547030455483460.post-35081607495308189362011-05-08T18:44:00.001-07:002011-05-08T18:44:57.780-07:00O que é Obcessão?<b>O que é Obsessão? </b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>A Obsessão é o domínio que alguns Espíritos adquirem sobre outros, quer encarnados ou desencarnados, provocando-lhes desequilíbrios psíquicos, emocionais e físicos É uma espécie de constrangimento moral de um indivíduo sobre outro. Pode ser de encarnado para encarnado, encarnado para desencarnado, desencarnado para encarnado e desencarnado para desencarnado. Essa influência negativa e irracional traz para as pessoas problemas diversos, o que as tornam enfermas da alma, necessitando de cuidados, como toda doença. Normalmente se faz tratamento das obsessões em centros espíritas kardecistas sérios.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Se a Obsessão é uma doença da alma, quais são seus sintomas?</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>A obsessão apresenta sintomas tais como: angústia, depressão, perturbação do sono (insônia ou pesadelos), mau humor, desinteresse pelo estudo ou pelo trabalho, isolamento social, pensamentos suicidas, desregramento sexual etc. Não se segue daí, que se conclua que todos os portadores desses sintomas estejam obsediados. Há diversas outras causas, conhecidas da ciência médica, que podem provocar sintomatologia semelhante.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>E como se pode tratar essa doença espiritual?</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>A obsessão, sendo uma doença da alma, deverá ser curada definitivamente com a melhoria do indivíduo no campo moral e intelectual. O Espiritismo (doutrina de Allan Kardec) oferece tratamento seguro para essas doenças, pois trata o problema abordando os dois lados da vida. Se for um Espírito desencarnado, ele será chamado por meio de evocações particulares, nas reuniões sérias de intercâmbio espiritual, para uma conversa e conscientização do mal que está praticando. Do lado do encarnado, se cuidará de tratar com a evangelização (moralização) e pela fluidoterapia (aplicação de passes), levando-o ao entendimento do que precisa fazer para libertar-se do mal.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Como o Espírito recém-desencarnado recebe um novo envolvimento amoroso de sua esposa, ainda encarnada no mundo material? Ele não o aceita? Poderá interferir nessa relação? Há um tempo de espera, para que o cônjuge encarnado possa ter novo relacionamento sem magoar quem já desencarnou?</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Quando o Espírito se desprende da carne, ele entra em uma outra dimensão de vida que é a vida espiritual. Lá, terá um nova percepção das coisas, tendo um raciocínio mais livre, mais pleno, pois não está mais confinado aos limites da matéria. Compreende que viverá outros aprendizados e que os afetos deixados na vida terrena igualmente terão também experiências necessárias ao progresso individual e coletivo. Entretanto, se ele for um Espírito pouco adiantado, permanecerá preso ao seu mundo mental, vivenciando as situações que vivia quando em vida, principalmente se cultivou paixões e sentimentos de posse exacerbados.</b><br />
<b>Poderá com isso sofrer, se seus entes queridos agem com desinteresse afetivo por ele, se entram em disputa por heranças ou mesmo se seus "amores" interessam-se por outras pessoas. Poderá interferir na vida das pessoas, muitas vezes originando processos obsessivos.</b><br />
<b>Neste caso, deve-se procurar ajuda espiritual numa casa espírita kardecista, para que o problema seja devidamente equacionado. Claro, essas situações de perturbações são de exceção. Normalmente o que se observa é a compreensão por parte de quem partiu. Não há um tempo específico que seja adequado para que se tenha novo envolvimento amoroso. Vai depender da situação de cada criatura. Nas relações verdadeiras, sinceras e duradouras, geralmente quando um parte o outro permanece um bom tempo sem que encontre substituição em seu coração, quando não opta por permanecer sozinho. Entretanto, nas relações difíceis, que são maioria esmagadora no planeta, a perda não se constitui em problema. Todas essas coisas são regidas pelos sentimentos. O tempo, neste caso, é o que menos importa.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Gostaria de saber como se identifica uma obsessão de encarnado para desencarnado. E como se livrar disso ?</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Sabe-se que a obsessão é uma espécie de constrangimento de um Espírito sobre outro e que isso se dá através da lei das afinidades espirituais (vide pergunta 42). Portanto, as influências ruins podem partir dos encarnados para os desencarnados também. Geralmente isso acontece nas situações onde entre os dois indivíduos existe uma relação em desequilíbrio, tanto de "amor" quanto de "ódio". Pode parecer estranho que se afirme que relações de amor possam gerar processos obsessivos, mas o amor desmedido e possessivo entre duas pessoas (mesmo que seja entre mãe e filho), geram desequilíbrios os mais diversos. Se um deles desencarna é claro que o sentimento permanece o mesmo, a menos que um deles venha a se libertar dele através do esclarecimento. Da mesma forma nos casos de pessoas que desencarnam deixando heranças em que os herdeiros ficam insatisfeitos e não tinham boa relação de afeto com o desencarnado, gerando condições fluídicas mórbidas que envolvem os dois planos. A única forma de se livrar desses problemas é buscando o esclarecimento, procurando uma casa espírita que tenha experiência nesse tipo de atendimento. O tratamento espiritual, esclarecendo os envolvidos no processo, aliado à mudança de postura do indivíduo é a chave para os problemas espirituais de toda ordem.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>A depressão pode estar relacionada com obsessão? Como?</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Os processos obsessivos moderados e graves levam quase sempre a um estado mórbido mental, que favorece enormemente os estados depressivos, com toda a sintomatologia que esta doença produz. Entretanto, nem todos os quadros depressivos podem ser atribuídos às influências espirituais. Existem mecanismos orgânicos, decorrentes de falhas em sínteses hormonais que explicam cientificamente a depressão. Evidentemente que mesmo nesses casos, pode haver influenciação espiritual por conta da atitude mental da criatura, embora não seja esse o agente causador do processo.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Há a possibilidade de ocorrer uma auto-obsessão, ou seja, de uma pessoa encarnada ser obsediada por ela mesma?</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Sim, há essa possibilidade e não é rara. São pessoas que se encontram numa condição mental doentia, atormentando-se a si mesmo. Vivem em um mundo de desarmonia interior e buscam culpar tudo o que há em sua volta, gerando cada vez mais sofrimentos para si mesma e para quem com ela convive. As causas geralmente residem nos problemas anímicos do indivíduo, ou seja, nos seus próprios dramas pessoais. São traumas, remorsos, culpas e situações provindas do seu mundo íntimo e que prejudicam sua normalidade psicológica. Certamente, por conta de sua atitude mental, entram em sintonia com ambiente espiritual de igual teor, o que agrava o quadro, embora não seja esta a causa determinante da enfermidade. Além da evangelização espírita, costumam-se beneficiar-se enormemente com as psicoterapias, no que devem ser estimulados.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Uma convulsão poderá ser sintoma de uma obsessão?</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Geralmente as convulsões não são sintomas de obsessão (embora ela possa aparecer associada à enfermidade). As convulsões propriamente ditas são ocasionadas por falhas na estrutura orgânica do homem e necessita de tratamento médico especializado. As alterações do sensório ocasionadas por influências espirituais, não configuram convulsões com o cortejo clínico estudado pela ciência médica terrena. Portanto, há que se ter cautela ao lidar com pessoas que tem crises convulsivas e que querem tratar-se nas casas espíritas. Elas podem ser portadoras de enfermidade epiléptica e necessitam de avaliação médica. Crises de subjugação possuem algumas características das crises epilépticas, mas são bem diferentes. Na epilepsia quase sempre o paciente perde a consciência e desfalece, com movimentos motores involuntátios. Na crise de subjugação, não! Observa-se brusca mudança de comportamento e o perturbado pode cair ao chão, porém, não desfalece e comporta-se como se fosse uma outra pessoa.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Como devemos proceder junto a uma pessoa que está sob o império da fascinação?</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Casos de fascinação são muito comuns entre encarnados, e mesmo dentro das casas espíritas que endeusam seus médiuns ou dirigentes. Antes de concluirmos se uma pessoa está sendo vítima da terrível fascinação, é preciso pesar na balança do bom senso. Levemos o problema ao exame de sociedades idôneas, que não estejam sob o domínio das nossas idéias, para opinarem. Se tivermos certeza da obsessão, devemos procurar orientar aquele que padece. Havendo abertura, temos que ir esclarecendo o enfermo aos poucos, fazendo-o ver a presença da má influência. O que acontece na maioria das vezes, é a existência. O espírita é orgulhoso e, geralmente, não aceita que esteja mal assistido. Nestes casos, o melhor é deixá-lo nas mãos da influência em que se compraz. Só aprenderá com a dor. Grupo Espírita Bezerra de Menezes.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Retirado de: </b><a href="http://www.forumespirita.net/fe/comunicabilidade-dos-espiritos-(mediunidade)/o-que-e-obsessao/">http://www.forumespirita.net/fe/comunicabilidade-dos-espiritos-(mediunidade)/o-que-e-obsessao/</a>Filha da Oxumhttp://www.blogger.com/profile/10623314830636816016noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-257547030455483460.post-36047570995749388782011-05-08T18:41:00.001-07:002011-05-08T18:42:02.686-07:00O que é mediunidade?<b>O que é mediunidade?<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span> <span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span> <span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span> </b><br />
<b>Written by Edvaldo Kulcheski<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span> </b><br />
<b>Thursday, 25 October 2007</b><br />
<b><br />
</b><br />
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<b>Como ela ocorre e se desenvolve? Com que objetivo uma pessoa possui uma capacidade mediúnica? Quais os perigos de uma mediunidade desequilibrada e o que fazer para mantê-la em equilíbrio?</b><br />
<b>Mediunidade é a faculdade humana pela qual se estabelecem as relações entre homens e espíritos. É uma faculdade natural, inerente a todo ser humano, por isso, não é privilégio de ninguém. Em diferentes graus e tipos, todos a possuimos. O que ocorre é que, em certos indivíduos mais sensíveis à influência espiritual, a mediunidade se apresenta de forma mais ostensiva, enquanto que, em outros, ela se manifesta em níveis mais sutis.</b><br />
<b>A mediunidade é, pois, a faculdade natural que permite sentir e transmitir a influência dos espíritos, ensejando o intercâmbio e a comunicação entre o mundo físico e o espiritual. Trata-se de uma sintonia entre os encarnados (vivos) e os desencarnados (mortos), permitindo uma percepção de pensamentos, vontades e sentimentos. O Espiritismo vê a mediunidade como uma oportunidade de servir, de praticar a caridade, sendo uma benção de Deus que faculta manter o contato com a vida espiritual. Graças ao intercâmbio, podemos ter aqui não apenas a certeza da sobrevivência da vida após a morte, mas também o equilíbrio para resgatarmos com proficiência os “débitos”, ou seja, desajustes adquiridos em encarnações anteriores.</b><br />
<b>É graças à mediunidade que o homem tem a antevisão de seu futuro espiritual e, ao mesmo tempo, o relato daqueles que o precederam na viagem de volta à erraticidade, trazendo informes de segurança, diretrizes de equilíbrio e a oportunidade de refazer o caminho pelas lições que absorve do contato mantido com os desencarnados. Assim, possui uma finalidade de alta importância, porque é graças a ela que o homem se conscientiza de suas responsabilidades de espírito imortal.</b><br />
<b>Sendo inerente ao ser humano, a mediunidade pode aparecer em qualquer pessoa, independentemente da doutrina religiosa que abrace. A história revela grandes médiuns em todas as épocas e todos os credos. Além disso, a mediunidade não depende de lugar, idade, sexo ou condição social e moral.</b><br />
<br />
<b>A ação dos espíritos</b><br />
<b>Diz a questão 459 de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec: “Os espíritos influem sobre nossos pensamentos e ações? A este respeito, sua influência é maior do que podeis imaginar. Muitas vezes, são eles que vos dirigem”.</b><br />
<b>A idéia da ação dos espíritos não nasceu com o Espiritismo, já que sempre existiu desde as épocas mais remotas da vida humana na Terra. Todas as religiões pregam sobre a ação dos espíritos de forma direta ou indireta e nenhuma nega completamente estas intervenções. Inclusive, criaram dogmas e cerimônias relativas a elas, como promessas (pedir alguma forma de ajuda para um espírito em troca de um sacrifício) e exorcismos (cerimônia religiosa para afastar o “demônio” ou os espíritos maus).</b><br />
<b>A ação mediúnica não está limitada às sessões, vivemos mediunicamente entre dois mundos e em relação permanente com entidades espirituais. Isto se dá porque muitos espíritos povoam os mesmos espaços em que vivemos, muitas vezes nos acompanhando em nossas atividades e ocupações, indo conosco aos lugares que freqüentamos, seguindo-nos ou evitando-nos conforme os atraimos ou repelimos.</b><br />
<b>Estamos cercados por espíritos e sua influência oculta sobre os nossos pensamentos e atos se faz sentir pelo grau de afinidade que mantivermos com eles. Inúmeros espíritos benfeitores também se comunicam conosco, por via inspirativa ou intuitiva, todas as vezes em que nos dispomos a ser úteis aos nossos irmãos em nossa vida social. Quantas vezes um conselho sensato e oportuno que damos sob a intuição de um benfeitor espiritual consegue mudar o rumo de uma vida e até, em certos casos, salvar ou evitar que uma família inteira seja precipitada no abismo de uma desgraça? O amor verdadeiro e desinteressado não requer lugar nem hora especial para ser praticado, pois o nosso mundo, com o sofrimento da humanidade torturada, é igualmente um vasto campo de serviço redentor.</b><br />
<b>Entretanto, não julguemos que a mediunidade nos foi concedida para um simples passatempo ou para a satisfação de nossos caprichos. Ela é coisa séria e, possuindo-a, devemos procurar suavizar os sofrimentos alheios. Ao desenvolvermos a mediunidade, lembremo-nos de que ela nos é dada como um arrimo para conseguirmos mais facilmente a perfeição, para liquidarmos mais suavemente os pesados “débitos” que contraímos em existências passadas e para servirmos de guia aos irmãos que se encontram mais desajustados espiritualmente.</b><br />
<br />
<b>Mediunidade em desarmonia</b><br />
<b>Existem alguns sinais mais freqüentes do aparecimento da mediunidade em desarmonia, que são: cérebro perturbado, sensação de peso na cabeça e ombros, nervosismo (ficamos irritados por motivos sem importância), desassossego, insônia, arrepios (como se percebêssemos passar alguma coisa fria), sensação de cansaço geral, calor (como se encostássemos em algo quente), falta de ânimo para o trabalho e profunda tristeza. Precisamos usar nosso bom senso para percebermos com clareza se os sintomas acima citados são frutos de uma obsessão espiritual, indicando uma mediunidade desequilibrada, ou o resultado de uma auto-obsessão, um desequilíbrio nosso mesmo, gerando neuroses e outros tipos de distúrbios. Muitas vezes, a ajuda de um psicólogo, de preferência espírita ou espiritualista, é necessária.</b><br />
<b>Mas o que o médium deve fazer nestes momentos de alterações emocionais? Todo iniciante, a fim de evitar inconvenientes na prática mediúnica, primeiramente deve se dedicar ao indispensável estudo prévio da teoria e jamais se considerar dispensado de qualquer instrução, já que poderá ser vítima de mil ciladas que os espíritos mentirosos preparam para lhe explorar a presunção.</b><br />
<b>Junto com o conhecimento teórico, o médium deve procurar desdobrar a percepção psíquica sem qualquer receio ou temor. Na orientação do desenvolvimento mediúnico, é importante que ele procure as instruções espíritas, para evitar percalços e dissabores. É aconselhável o desenvolvimento mediúnico em grupos especialmente formados para isto, pois pessoas bem orientadas, que se reúnem com uma intenção comum, formam um ambiente coletivo bem favorável ao intercâmbio. É importante também que o médium jamais abuse da mediunidade, empregando-a para a satisfação da curiosidade.</b><br />
<br />
<b>Reforma Íntima – o fundamental</b><br />
<b>Educar e desenvolver a mediunidade é aprender a usá-la. Para que sejamos bem-sucedidos, devemos cultivar virtudes como a bondade, a paciência, a perseverança, a boa vontade, a humildade e a sinceridade. A mediunidade não se desenvolve de um dia para o outro, por isso, devemos ter muita paciência. Sem perseverança, nada se alcança, pois o desenvolvimento exige que sejamos sempre persistentes. Ter boa vontade é comparecer às sessões espíritas com alegria e muita satisfação. A humildade é a virtude pela qual reconhecemos que tudo vem de Deus e, se faltarmos com a sinceridade no desempenho de nossas funções mediúnicas, mais cedo ou mais tarde sofreremos decepções.</b><br />
<b>Ensinamentos é que não faltam em todas as circunstâncias de manifestações da vida. A faculdade mediúnica em harmonia pode fazer grandes coisas. A educação pode começar no simples modo de falar aos outros, transmitindo brandura, alegria, amor e caridade em todos os atos da vida.</b><br />
<b>A mediunidade se desenvolve naturalmente nas pessoas de maior sensibilidade para a captação mental e sensorial de coisas e fatos do mundo espiritual que nos cerca, o qual nos afeta com suas vibrações psíquicas e afetivas. Da mesma forma que a inteligência e as demais faculdades humanas, a mediunidade se desenvolve no processo de relação.</b><br />
<b>Quando a mediunidade aflorar sem um preparo prévio do médium, é preciso orientá-lo para que os fenômenos se disciplinem e ele empregue acertadamente sua faculdade. Não se deve colocar em trabalho mediúnico aqueles que apresentam perturbações ou que possuam desconhecimento sobre o assunto. Primeiramente, é preciso ajudar a pessoa a se equilibrar no aspecto psíquico, através de passes, vibrações e esclarecimentos doutrinários.</b><br />
<b>É fundamental que o médium busque sua reforma íntima com sinceridade. Através de uma compreensão maior acerca da vida, despertando sentimentos como compaixão, respeito, humildade etc, e da prática da caridade, seremos, com certeza, instrumentos do Amor Universal. O médium também precisa ser amigo do estudo e da boa leitura, além de moderado. Por fim, deve sempre cultivar a oração diária, pois ela é um poderoso fortificante espiritual e um benéfico exercício de higiene mental.</b><br />
<br />
<b>Artigo publicado na Revista Cristã de Espiritismo, edição especial 05.</b><br />
<b>Ao reproduzir o texto, favor citar o autor e a fonte. </b><br />
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<b>Last Updated ( Thursday, 25 October 2007 )</b><br />
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<b>Retirado de: </b><a href="http://www.rcespiritismo.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=279&Itemid=25">http://www.rcespiritismo.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=279&Itemid=25</a>Filha da Oxumhttp://www.blogger.com/profile/10623314830636816016noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-257547030455483460.post-598766170269036532011-05-08T18:37:00.000-07:002011-05-08T18:37:15.609-07:00O que e kardecismo?<b>O QUE É O KARDECISMO</b><br />
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<b>Pr. Joaquim de Andrade e Pr. Paulo Romeiro</b><br />
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<b>I. HISTÓRICO</b><br />
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<b>O espiritismo moderno surgiu em Hydesville, nos Estados Unidos, com as irmãs Margaret e Kate Fox. As duas eram ainda crianças quando, em 31 de março de 1848, aconteceram as primeira manifestações espíritas. Ruídos de pancadas foram ouvidos na casa da família Fox. Depois, móveis passaram a mover de uma parte para a outra. Kate e Margaret criaram um sistema de comunicação com o suposto espírito. As notícias do fenômeno se espalharam e sessões espíritas começaram a ser realizadas por toda a parte, tanto nos Estados Unidos quanto na Europa.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>O espiritismo tem em Alan Kardec a sua principal estrela. Seu verdadeiro nome é Hippolyte Léon Denizard Rivail. Nasceu em Lyon, na França, em 3 de outubro de 1804. Anos depois, mudou-se para Yverdun, na Suíça, onde estudou com Pestalozzi. Kardec formou-se em letras e ciências e doutorou-se em medicina. Em 25 de março de 1856, numa sessão, Kardec recebeu, através de uma médium, a informação de que dali por diante, um espírito denominado “A Verdade”, seria o seu guia espiritual. Em 18 de abril de 1857, publica O Livro dos Espíritos, uma obra contendo mais de mil (1.019) respostas às perguntas feitas aos espíritos. Outras obras foram publicadas depois: O Evangelho Segundo o Espiritismo, A Gênese, O Céu e o Inferno, O Livro dos Médiuns, O Que é o Espiritismo e Obras Póstumas. Kardec faleceu no dia 31 de março de 1869, em Paris, aos 65 anos de idade, vítima de aneurisma cerebral. Na França de hoje, não há mais de mil adeptos do espiritismo.</b><br />
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</b><br />
<b>I. O ESPIRITISMO NO BRASIL</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>No Brasil, o espiritismo tem várias facetas, tais como a Legião da Boa Vontade (LBV), a Cultura Racional (que publica o livro Universo em Desencanto), o Racionalismo Cristão, o Círculo Esotérico da Comunhão do Pensamento e o espiritualismo relacionado à umbanda, ao candomblé, à quimbanda e à macumba, cujas raízes religiosas vieram diretamente da África, misturando-se com as crenças indígenas.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Atualmente, o espiritismo kardecista conta com cerca de 6,9 milhões de adeptos e existem em torno de 5,500 centros espalhados por todo Brasil. Observe estes números: “Em apenas dez anos, o número de adeptos do espiritismo, doutrina que se define como religião, filosofia e ciência, saltou de 1,r milhão para 6,9 milhões de pessoas. Somados os que não freqüentam regularmente seus centros, mas aceitam os seus princípios, baseados na reencarnação, na possibilidade de comunicação com os mortos e na caridade, os espíritas brasileiros chegariam a 20 milhões de pessoas, que compram 2.8 milhões de livros sobre a doutrina a cada ano” (Veja, 10/04/91, p. 40). O nome mais conhecido no kardecismo brasileiro é o de Chico Xavier, natural de Uberaba, Minas Gerais. É dito que Chico Xavier já incorporou cerca de 605 autores falecidos, 328 dos quais poetas. (Ibidem, p. 42). </b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>O espiritismo cresce no Brasil pelos seguintes motivos:</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>· O misticismo do povo brasileiro.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>· A falha do catolicismo romano em atender aos anseios espirituais de seus membros.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>· A fachada cristã do espiritismo.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>· o aspecto consolador do espiritismo.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b><br />
</b><br />
<br />
<b><br />
</b><br />
<b>II. PRINCIPAIS POSIÇÕES DOUTRINÁRIAS DO ESPIRITISMO</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>3.1. Confundindo o Espírito Santo</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>O Espiritismo pretende ser a terceira revelação de Deus à humanidade. A primeira revelação teria vindo através de Moisés, a segunda através de Jesus e a terceira, através do espiritismo. Observe esta declaração de Kardec: “Reconhece-se que o Espiritismo realiza todas as promessa do Cristo a respeito do Consolador anunciado. Ora, como é o Espírito da Verdade que preside ao grande movimento da regeneração, a promessa da sua vinda se acha por essa forma cumprida, porque, de fato, é ele o verdadeiro Consolador.” (A Gênese, 34).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Resposta Bíblica</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>O Espírito Santo é o “outro” (ekeinos - pronome demonstrativo masculino no grego) Consolador (João 14.16, 26), sendo assim a terceira pessoa da Trindade. Jesus é o Advogado (1ª João 2.1). A palavra Paráclito é traduzida por Consolador, Advogado, Amparador. O Espírito Santo possui atributos pessoais: sentimento (Efésios 4.30), vontade própria (1ª Coríntios 12.11) e inteligência (João 14.26).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>3.2. Comunicação com os mortos</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>O próprio Kardec reconheceu ser impossível a identificação dos espíritos que falam pelo médium, ao declarar: “A identidade constitui uma das grandes dificuldades do espiritismo prático. É impossível, com freqüência, esclarecê-la, especialmente quando são Espíritos superiores antigos em relação a nossa época. Entre aqueles que se manifestam, muitos não tem nome conhecido para nós, e a fim de fixar nossa atenção, podem assumir o de um Espírito conhecido, que pertence a mesma categoria. Assim, se um espírito se comunica com o nome de São Pedro, por exemplo, não há nada mais que prove que seja exatamente o apóstolo desse nome. Pode ser um Espírito do mesmo nível, por ele enviado” (O Que é o Espiritismo, p. 318; O Livro dos Espíritos, p. 318).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Resposta bíblica</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>a) Deus proíbe tal forma de comunicação: Êxodo 22.18; Levítico 19.31; Deuteronômio 18.11-13; Isaías 8.19.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>b) O Episódio de Saul e a Pitonisa de Endor (1º Samuel 28.13, 14). Observe as razões que admitem fraudes nesta manifestação demoníaca:</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>· Saul perdera a graça de Deus (1º Samuel 28.6) e isso por desobediência (1º Samuel 15.23).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>· Pela vontade de Deus, Saul havia desterrado os necromantes (1º Samuel 28.3).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>· Deus não respondia mais a Saul (1º Samuel 28.6), nem por Urim (revelação sacerdotal, nem por sonhos (revelação pessoal) e nem por profetas (revelação inspiracional.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>· Não se pode conceber que Deus tivesse proibido tal forma de comunicação e ao mesmo tempo a permitisse (Malaquias 3.6 e Tiago 1.17).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>· A conseqüência do passo de Saul (1º Crônicas 10.13).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>· A falsa profecia do suposto Samuel: não morreram todos os filhos de Saul (1º Samuel 28.19). Ficaram vivos pelo menos três filhos: Isbosete (2º Samuel 2.8-10), Armoni e Mefibosete (2º Samuel 21.8). Compare isso com 1º Samuel 3.19.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>c) Os perigos da comunicação com os mortos</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>3.3. A reencarnação </b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>a) O lema de Kardec: “Nascer, morrer, renascer e progredir sempre; esta é a lei” (Epitáfio no túmulo de Allan Kardec).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>b) Definição: A crença de que a alma se transfere de uma existência física para a outra, até que, depois de muitas vezes ter vivido aqui na terra, a alma é liberada da existência terrena e absorvida pelo Absoluto. </b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>· Pluralidade de existências: Kardec declarou: “...é só depois de várias encarnações ou depurações sucessivas, num tempo mais ou menos longo, e segundo seus esforços, que eles atingem o objetivo para o qual tendem” (O Livro dos Espíritos, cap. IV, p. 196). </b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>· Expiação e progresso contínuo até a perfeição. O objetivo da reencarnação é, pois, “expiação, aprimoramento progressivo da humanidade” (Ibidem, cap. IV, p. 167).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>· Alcance do objetivo final pelo esforço próprio. O alvo de cada existência é que o espírito procure expiar as faltas cometidas anteriormente. “Toda falta cometida, todo mal realizado, é uma dívida contraída que deverá ser paga; se não o for em uma existência sê-lo-á na seguinte ou seguintes” (Kardec, O Céu e o Inferno, cap. 7,9). </b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>· Libertação final do corpo: porque cada nova existência será “feliz ou infeliz segundo o que tiverem feito neste mundo, e podem, a partir desta vida, se elevarem tão alto que não temerão mais a queda no lodaçal” (Kardec, O Livro dos Espíritos, Instituto de Difusão Espírita, Araras, 1984, 22 edição, p.20). Essa idéia foi emprestada do hinduísmo, onde o espírito deve progredir até escapar do sansara, o ciclo ou roda de reencarnações.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>c) Textos bíblicos usados pelos espíritas</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>· A possibilidade de João Batista ser Elias (Mateus 11.14). João Batista foi um profeta de ministério semelhante, não o próprio Elias. Houve apenas uma identidade de ministério. Se Elias não morreu (2º Reis 2.11), não poderia reencarnar. João negou ser Elias (João 1.21). </b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>· O verbo ser nem sempre pode ser interpretado literalmente na Bíblia: Mateus 12.46-50; 26.26.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>· O diálogo de Jesus com Nicodemos (João 3.3, 5) – nascer de novo significa ser regenerado (1ª Pedro 1.23; Tiago 1.18; João 16.7-9). </b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>· Purificação de pecados apenas através do sangue de Jesus (1ª João 1.7; Apocalipse 1.5).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>· Veja ainda 2º Samuel 12.22, 23; Salmo 78.39; Lucas 16.19-31 e Hebreus 9.27.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>· A Bíblia fala de ressurreição (a volta no mesmo corpo) e não de reencarnação.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>4. Salvação pelas obras</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>a) Declaração de Allan Kardec: “Fora da caridade não há salvação” (O Evangelho Segundo o Espiritismo, p. 631).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>b) Declaração de Léon Denis: “Não; a missão do Cristo não era resgatar com o seu sangue os crimes da humanidade. O sangue, mesmo de um Deus, não seria capaz de resgatar ninguém. Cada qual deve resgatar-se a si mesmo, resgatar-se da ignorância e do mal. Nada de exterior a nós poderia fazê-lo. É o que os espíritos, aos milhares, afirmam em todos os pontos do mundo” (Cristianismo e Espiritismo, p. 98).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Resposta bíblica</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Isaías 64.6; Efésios 2.8,9; Tiago 3.5. Somos salvos para as boas obras e não pelas boas obras (Efésios 2.8-10). Repetindo: purificação de pecados só é possível através do sangue de Jesus (1ª João 1.7; Apocalipse 1.5).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Todas as citações bíblicas são da ACF (Almeida Corrigida Fiel, da SBTB). As ACF e ARC (ARC idealmente até 1894, no máximo até a edição IBB-1948, não a SBB-1995) são as únicas Bíblias impressas que o crente deve usar, pois são boas herdeiras da Bíblia da Reforma (Almeida 1681/1753), fielmente traduzida somente da Palavra de Deus infalivelmente preservada (e finalmente impressa, na Reforma, como o Textus Receptus).</b><br />
<br />
<br />
(fonte: <a href="http://www.solascriptura-tt.org/Seitas/QueEKardecismo-JAndrade-PRomeiro.htm">http://www.solascriptura-tt.org/Seitas/QueEKardecismo-JAndrade-PRomeiro.htm</a>)Filha da Oxumhttp://www.blogger.com/profile/10623314830636816016noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-257547030455483460.post-60323126826595301972011-05-08T18:34:00.000-07:002011-05-08T18:35:23.738-07:00Afinal, o que e Espiritismo?<b>Grupo Espírita Bezerra de Menezes</b><br />
<b>Projeto: Regina Plá Gil, Agnes Fett e Marcos Ávila.</b><br />
<b>Conclusão: Vanda Simões</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>"E, se alguém julga saber alguma cousa, com efeito não aprendeu ainda como convém saber" - (I Coríntios 8.2).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>"Julgai todas as cousas, retendo o que é bom" - (I Tessalonicenses 5.21).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>CONSIDERAÇÕES INICIAIS</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Ainda é muito comum, nos dias atuais, encontrar pessoas constrangidas ou mesmo aterrorizadas quando ouvem falar de Espiritismo, pois elas imaginam a ação do Espírito do mal.</b><br />
<b>Se você pensa assim e acredita que Espiritismo não é uma doutrina cristã, nós o convidamos a abrir estas páginas.</b><br />
<b>O objetivo desta obra é dar-lhe uma breve idéia do que é a Doutrina Espírita. Queremos despertar a sua curiosidade de forma que lhe permita formar um juízo pessoal, independente de todas as crendices e tolices oriundas do pensamento dos que nada entendem do assunto.</b><br />
<b>Não temos a pretensão de ser donos da verdade, pois , acreditamos que nenhum grupo, religião ou seita detém o privilégio de monopolizá-la.</b><br />
<b>Com a finalidade de levar um esclarecimento simples e objetivo sobre o assunto, esta pequena obra foi elaborada na forma de perguntas e respostas que foram escolhidas visando dissipar dúvidas e preconceitos existentes entre os que não conhecem a Doutrina Espírita, contribuindo, assim, para o esclarecimento. Procuraremos fundamentar as idéias em citações bíblicas e de estudiosos do assunto para melhor entendimento do que pretendemos expor.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>"A ignorância dos princípios fundamentais é causa das falsas apreciações da maior parte dos que julgam o que não compreendem, ou que o fazem com base em idéias preconcebidas" - (Allan Kardec)</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>A BÍBLIA CONDENA A COMUNICAÇÃO COM OS ESPÍRITOS?</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Os textos das Sagradas Escrituras são ricos em elementos necessários para o nosso entendimento das coisas divinas. Como é do conhecimento de todos, enquanto o Velho Testamento expõe a tradição dos hebreus, seus mestres, reis e profetas, o Novo Testamento retrata a vida, obra e ensinamentos do Mestre Jesus. Ele afasta a opressão contida nas leis civis feitas pelo próprio Moisés e clarifica as leis morais, que são os Dez Mandamentos, ditados por Deus. Há, no Novo Testamento, a nítida substituição do olho por olho, dente por dente, pelas mensagens de perdão e de amor a Deus e ao próximo. Além disso, Jesus veio mostrar que a morte não existe e que a alma sobrevive ao corpo carnal.</b><br />
<b>A imortalidade da alma é fato incontestável e definitivamente demonstrado pelo Mestre quando de Sua passagem pelo planeta.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>"Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra viverá" - (João 11:25).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Infelizmente em pleno alvorecer de uma nova era, muitos homens ainda permanecem atrelados às velhas concepções, com medo da verdade, receosos de rever conceitos e reestruturar posturas.</b><br />
<b>Permanecem na superficialidade das coisas, sem compreenderem as verdades que a Bíblia verdadeiramente ensina, a racionalidade confirma e a própria ciência já começa a aceitar.</b><br />
<b>Na Bíblia, a condenação da comunicação com os Espíritos aparece no Velho Testamento, em citações tais como estas:</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>"Não vos virareis para os adivinhadores e encantadores; não os busqueis, contaminando-vos com eles: Eu sou o Senhor vosso Deus" - (Levíticos 19.31).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Contudo, no próprio Velho Testamento, a prática da comunicação com os mortos é citada como tendo a aprovação de Moisés.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>"Porém no arraial ficaram dois homens; o nome de um era Eldade, e o nome do outro Medade; E repousou sobre eles o Espírito (porquanto estavam entre os inscritos, ainda que não saíram à tenda), e profetizavam no arraial.</b><br />
<b>Então correu um moço, e o anunciou a Moisés, e disse: Eldade e Medade profetizam no arraial. E Josué, filho de Num, servidor de Moisés, um dos seus mancebos escolhidos, respondeu, e disse: Senhor meu, Moisés, proíbe-lho.</b><br />
<b>Porém Moisés lhe disse: Tens tu ciúmes de mim? Oxalá todo o Povo do Senhor fosse profeta, que o Senhor lhes desse o seu Espírito!</b><br />
<b>Depois Moisés se recolheu ao arraial, ele e os anciãos de Israel" - (Números 11.26-30).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Jesus, no Novo Testamento, não só não condena a comunicação com os mortos, como a pratica e confirma.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>"Seis dias depois, toma Jesus consigo a Pedro, e a Tiago, e a João, seu irmão, e os conduziu em particular a um alto monte,</b><br />
<b>E transfigurou-se diante deles; e o seu rosto resplandesceu como o sol, e as suas vestes se tornaram brancas como a luz.</b><br />
<b>E eis que lhes aparecerem Moisés e Elias, falando com ele" - (Mateus 17.1-3).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Um dos pontos em que se fundamentam os que condenam tais práticas é a palavra de Moisés no Velho Testamento. Necessário analisarmos a questão à luz da razão.</b><br />
<b>Se as leis civis de Moisés utilizadas para o controle do povo judeu, como a condenação da comunicação com os Espíritos, devem ser obedecidas na atualidade, então por que não devemos também apedrejar adúlteras ou cortar as mãos dos ladrões como tais leis também exigem? Evidente que seria um contra-senso para os dias atuais.</b><br />
<b>Além do mais, há que se considerar as razões pelas quais o legislador hebreu determinou tal lei. Ele necessitava de mais rigor para disciplinar um povo naturalmente rebelde e distante das coisas divinas.</b><br />
<b>Moisés precisou coibir tal coisa, porque a prática da consulta aos mortos tinha se tornado uma constante entre o povo e naturalmente o abuso deu vazão a toda sorte de problemas decorrentes dos aproveitadores da ignorância humana. E depois, convenhamos: se ele proibiu a evocação dos mortos, certamente era porque eles poderiam vir até nós.</b><br />
<b>Por outro lado, há no Velho como no Novo Testamento, inúmeras citações de claras situações onde se praticava com muita naturalidade a evocação dos Espíritos. E isto é completamente desconsiderado pelos que condenam a Doutrina Espírita. Se as Escrituras funcionam como autoridade nesse campo, porque não o é em outros?</b><br />
<b>O que não pode ser aceito pelo homem da atualidade é que seja feito um julgamento (e condenação) de uma religião ou crença, baseado na parcialidade da Lei com propósitos de conveniência. A verdade não tem diferentes faces e o verdadeiro cristão deve seguir o modelo de Jesus e se espelhar nos seus ensinamentos, vivenciando o amor e respeito aos seus semelhantes.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>A REENCARNAÇÃO ESTÁ NA BÍBLIA?</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Diversas passagens de maneira clara ou indireta, contidas nos ensinamentos de Jesus e dos profetas, mostram que a reencarnação está na Bíblia:</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>"Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.</b><br />
<b>Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Por ventura pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer?</b><br />
<b>Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.</b><br />
<b>O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.</b><br />
<b>Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo.</b><br />
<b>O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.</b><br />
<b>Nicodemos respondeu, e disse-lhe: Como pode ser isso?</b><br />
<b>Jesus respondeu, e disse-lhe: Tu és mestre de Israel, e não sabes isto?</b><br />
<b>Na verdade, na verdade te digo que nós dizemos o que sabemos e testificamos o que vimos: e não aceitais o nosso testemunho.</b><br />
<b>Se vos falei de coisas terrestres, e não crestes, como crereis, se vos falar das celestiais?" - (João 3.3-12).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>"Eis que eu vos envio o profeta Elias, antes que venha o dia grande e terrível do Senhor;</b><br />
<b>E converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha, e fira a terra com maldição" - (Malaquias 4.5-6).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>"E, descendo eles do monte, Jesus lhes ordenou, dizendo: A ninguém conteis a visão, até que o Filho do homem seja ressuscitado dos mortos.</b><br />
<b>E os discípulos o interrogaram, dizendo: porque dizem então os escribas que é mister que Elias venha primeiro?</b><br />
<b>E Jesus, respondendo, disse-lhes: Em verdade Elias virá primeiro e restaurará todas as coisas;</b><br />
<b>Mas digo-vos que Elias já veio, e não o conheceram, mas fizeram-lhe tudo o que quiseram. Assim farão eles também padecer o filho do homem.</b><br />
<b>Então entenderam os discípulos que lhes falara de João Batista" - (Mateus 17.9-13).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>"Porque, eu te peço, pergunta agora às gerações passadas, e prepara-te para a inquirição de seus pais. Porque nós somos de ontem, e nada sabemos, porquanto nossos dias sobre a terra são como a sombra" - (Jó 8.8-9).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>"Mas alguém dirá: Como ressuscitarão os mortos? E com que corpo virão? Insensato! O que tu semeias não é vivificado, se primeiro não morrer" - (I Corintios 15.35-36).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>A reencarnação não foi inventada pelo Espiritismo. Ela consta nos princípios de diversas religiões orientais desde a mais remota antiguidade. E como mostra as citações acima, ela está explícita ou implicitamente contida na Bíblia, sendo necessárias as mais fantasiosas explicações para colocar ali outro sentido que não as múltiplas experiências na carne.</b><br />
<b>Racionalmente não há como negar a reencarnação. Se tivéssemos apenas uma oportunidade de vida terrena, a justiça de Deus seria incompreensível. O Pai, em sua imensa sabedoria, criou seus filhos em igualdade de condições e deu a eles igualmente as mesmas oportunidades de crescimento. Não fosse assim teríamos que admitir um Deus parcial, intolerante, injusto e severo, que permitiria todas as misérias e desigualdades sempre existentes no mundo, aquinhoando uns e castigando outros a seu bel prazer.</b><br />
<b>A pluralidade das existências é, pois, necessária ao aprimoramento das qualidades do ser imortal e para bem entender a justiça de Deus. Só pelas múltiplas oportunidades de vida poderemos compreender o amor do Criador por suas criaturas. Ele permite o aprendizado na carne para a conquista da verdadeira morada , a vida espiritual, através do esforço de cada um em vencer suas más tendências para atingir a plenitude, a perfeição.</b><br />
<b>Somos todos seres atrelados às leis divinas que regem o universo, quer acreditemos ou não. Uma delas é a lei de evolução dos seres. Seria insensatez supor que em apenas uma existência terrena, atingiremos a tão sonhada perfeição de que nos fala o Mestre em Mateus, capítulo V, versículos 44-48:</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>"Sede vós logo perfeitos, assim como vosso Pai Celestial é perfeito".</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>"Somente a reencarnação pode dizer ao homem de onde ele vem, para onde vai, por que se encontra na Terra e justificar todas as anomalias e todas as injustiças aparentes da vida" - (Allan Kardec).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>"Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens" - (I Corintios 15.19).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>O QUE É ESPIRITISMO E QUAIS SÃO SEUS PRINCÍPIOS BÁSICOS?</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>O termo "Espiritismo" é sinônimo de Doutrina Espírita, porém, frequentemente, é utilizado erroneamente para designar qualquer prática do mediunismo (comunicação com os Espíritos), ou confundido com cultos afro-brasileiros (Umbanda, Candomblé, entre outros).</b><br />
<b>O Espiritismo é uma doutrina que trata da natureza, da origem e do destino dos Espíritos e de suas relações com a vida material. Foi revelada por Espíritos Superiores e codificada (organizada) em 1857 por um professor francês conhecido como Allan Kardec.</b><br />
<b>Surgiu, pois, na França, há mais de um século. Traz em si três faces: filosofia, ciência e religião (moral).</b><br />
<b>Os adeptos da Doutrina Espírita são os espíritas e suas práticas se baseiam no estudo das obras básicas da Codificação e na assistência material e espiritual aos necessitados.</b><br />
<b>O Espiritismo possui cinco princípios básicos, de onde procedem todas as suas práticas:</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>1 - A existência do Espírito e sua sobrevivência após a morte.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>"Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro, e a Tiago, e a João, seu irmão, e os conduziu em particular ao alto monte,</b><br />
<b>E transfigurou-se diante deles; e o seu rosto resplandeceu como o sol, e os seus vestidos se tornaram brancos como a luz.</b><br />
<b>E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele" - (Mateus 17.1-3).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Veja também: I Pedro 3.19-20 - I Pedro 4.6 - Marcos 12.26-27 e Romanos 11.15.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>2 - A reencarnação.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>"Porque todos os profetas e a lei profetizaram até João.</b><br />
<b>E, se quereis dar crédito, é este o Elias que havia de vir.</b><br />
<b>Quem tem ouvidos para ouvir, ouça" - (Mateus 11.13-15).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Veja também Mateus 17.9-13 e João 3.3-13</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>3 - A lei de causa e efeito.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>"Então Jesus disse-lhe: Enfia no seu lugar a tua espada; porque todos que lançarem mão da espada à espada morrerão" - (Mateus 26.52).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>"Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o homem semear, isso também ceifará" - (Gálatas 6.7).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Veja também: Mateus 18.7</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>4 - A comunicação entre o mundo material e espiritual.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>"E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos mancebos terão visão, e os vossos velhos sonharão sonhos;</b><br />
<b>E também do meu Espírito derramarei sobre os meus servos e minhas servas naqueles dias, e profetizarão;" - (Atos 2.17-18).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>"E disse-me o Espírito que fosse com eles, nada duvidando; e também estes seis irmãos foram comigo, e entramos em casa daquele varão;" - (Atos 11.12).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Veja também: Mateus 17.1-3 - I Samuel 28.11-20 e Números 11.26-30</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>5 - A evolução progressiva dos Espíritos.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>"Um semeador saiu a semear a sua semente, e, quando semeava, caiu alguma junto do caminho, e foi pisada, e as aves do céu a comeram;</b><br />
<b>E outra caiu sobre pedra, e, nascida, secou-se, pois que não tinha umidade;</b><br />
<b>E outra caiu entre espinhos, e crescendo com ela os espinhos, a sufocaram;</b><br />
<b>E outra caiu em boa terra, e, nascida, produziu fruto, cento por um. Dizendo ele estas coisas, clamava: Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.</b><br />
<b>E os seus discípulos o interrogavam, dizendo: Que parábola é esta?</b><br />
<b>E ele disse: A vós vos é dado conhecer os mistérios de Deus, mas aos outros por parábolas, para que, vendo, não vejam, e, ouvindo, não entendam.</b><br />
<b>Esta é pois a parábola. A semente é a palavra de Deus;</b><br />
<b>E os que estão junto do caminho, estes são os que ouvem; depois vem o diabo e tira-lhes do coração a palavra, para que se não salve, crendo;</b><br />
<b>E os que estão sobre pedra, estes são os que, ouvindo a palavra, a recebem com alegria, mas, como não têm raiz, apenas crêem por algum tempo, e no tempo da tentação se desviam;</b><br />
<b>E a que caiu entre os espinhos, esses são os que ouviram, e, indo por diante, são sufocados com os cuidados, e riquezas e deleites da vida, e não dão fruto com perfeição;</b><br />
<b>E a que caiu em boa terra, esses são os que, ouvindo a palavra, a conservam num coração honesto e bom, e dão fruto com perseverança" - (Lucas 8.5-15).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Veja também: Gênesis 28.12</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Tais princípios estão contidos na Bíblia e nas cinco obras básicas da Codificação, que os analisa de maneira racional e interessante. São elas:</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>- O LIVRO DOS ESPÍRITOS (1857). Obra de caráter filosófico. É considerado a espinha dorsal do Espiritismo, já que todas as outras obras partem de seus princípios.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>- O LIVRO DOS MÉDIUNS (1861). Demonstra as conseqüências morais e filosóficas decorrentes das relações entre o mundo material e espiritual.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>- O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO (1864). Parte religiosa e moral da Doutrina Espírita. Ensina a moral cristã através de comentários sobre as principais passagens da vida de Jesus Cristo.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>- O CÉU E O INFERNO (1865). Allan Kardec apresenta a verdadeira face do desejado Céu, do temido Inferno, como também do chamado Purgatório. Põe fim às penas eternas, demonstrando que tudo no universo evolui.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>- A GÊNESE (1868). Mostra como foi criado o mundo, como apareceram as criaturas e como é o Universo. É a parte científica da Doutrina. Explica a Criação, colocando a Ciência e a Religião face a face.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>ESPIRITISMO E ESPIRITUALISMO SÃO A MESMA COISA?</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Espiritualismo é o oposto do materialismo. Este, como se sabe, é o grande móvel da derrocada do homem, com sua doutrina imediatista, egoísta e exclusivista. Todas as religiões que acreditam existir no homem uma individualidade (alma ou Espírito) que sobrevive à morte do corpo carnal são espiritualistas. Entretanto, nem todo espiritualista é espírita.</b><br />
<b>O Espiritismo, como já citamos, também acredita na sobrevivência do Espírito e sua comunicação com o mundo material, contudo, tem sua base científica, filosófica e religiosa (moral) pautada na Codificação de Allan Kardec e no Evangelho de Jesus Cristo. Portanto tem um corpo doutrinário-filosófico organizado, utilizado por seus adeptos em suas vidas cotidianas e nas sociedades espíritas.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>COMO O ESPIRITISMO EXPLICA O CÉU, O INFERNO E PURGATÓRIO?</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Segundo o Espiritismo, as virtudes são eternas e os defeitos temporários. O objetivo da criatura é trabalhar incessantemente pela abolição das imperfeições e aquisição dos valores morais que eleva progressivamente o Espírito ao bem, ou à conquista do chamado "céu". Por acreditar que o mundo espiritual é a verdadeira morada, só aqueles que se elevam ao bem habitam as regiões celestiais ditas paraíso onde, diferente de outras religiões, o Espiritismo acredita habitarem Espíritos que trabalham na edificação do mundo novo. Na verdade, o céu não se trata de um lugar demarcado, mas de um estado de perfeição espiritual conquistado individualmente pelo Espírito, através de seu constante esforço. O que vale dizer que uns apressam e outros retardam seu próprio progresso.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>"Porque o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então dará a cada um segundo as suas obras" - (Mateus 16.27).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>"A felicidade suprema é prêmio exclusivo dos Espíritos perfeitos ou puros. Eles a atingem só depois de haver progredido em inteligência e moralidade" - (Allan Kardec).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Deus em sua perfeição suprema, sendo a concepção da bondade e da caridade, só pode ter criado os Espíritos para um dia usufruírem da sua glória, e não para condená-los a sofrimentos eternos. É lógico concluir que as penas eternas são incompatíveis com a justiça do Pai.</b><br />
<b>A criação do inferno cristão se origina das concepções pagãs das penas e gozos eternos, com uma grande dose de exagêro. Deus condenaria sem piedade seus filhos maus a expiarem para sempre em regiões de dores e sofrimentos terríveis. Entretanto, em sua doutrina, Jesus nos trouxe um ensinamento contrário a esse pensamento :</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>"...Ou qual de vós, porventura, é o homem que, se seu filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, porventura, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma serpente? Pois se vós outros, sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos Céus, dará boas dádivas aos que lhas pedirem" (Mateus - 7.11).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Portanto Deus, em sua infinita bondade e justiça, jamais condenaria seus filhos às penas eternas. Ao contrário, dá tantas oportunidades quantas precisamos para nosso crescimento espiritual.</b><br />
<b>O inferno, ou trevas segundo a Doutrina Espírita, é um estado de consciência compartilhado por aqueles cujos defeitos e sentimentos ruins predominam em suas personalidades, que se inclinam ao mau e nele se comprazem. São apenas irmãos imperfeitos e ignorantes, que têm o inferno dentro de suas próprias consciências e que, através de novas oportunidades dadas pelo Pai Celestial, através de sucessivas experiências encarnatórias também alcançarão a perfeição.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>"E Ele lhes propôs esta parábola, dizendo: Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove, e não vai após a perdida até que venha a achá-la?</b><br />
<b>E, achando-a, a põe sobre seus ombros, gostoso;</b><br />
<b>E, chegando a casa convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida.</b><br />
<b>Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento" - (Lucas 15.3-7).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>"Assim também não é vontade de vosso Pai, que está nos céus, que um destes pequeninos se perca" - (Mateus 18.14).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>O chamado purgatório, por sua vez, é uma condição de sofrimento temporário para as almas que necessitam da conscientização de seus erros e ali permanecem até o arrependimento destes. Esta idéia é defendida por várias religiões, inclusive o Espiritismo, com alusão ao fato de que a permanência neste estado espiritual é mais ou menos longa, de acordo com a necessidade individual de cada Espírito sofredor. Conhecido como umbral na Doutrina Espírita, o purgatório é também um estado de espírito e não um local definido ou circunscrito onde habitam eternamente os Espíritos sofredores.</b><br />
<b>Analisando a questão por outro aspecto e levando-se em consideração que somos seres imortais trabalhando constantemente pela depuração do Espírito, pode-se compreender que cada reencarnação em mundos de provas e expiações, como a Terra por exemplo, funciona como uma "purgação" para o Espírito que almeja sempre sua felicidade em condições melhores.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>"O purgatório não é, portanto, uma idéia vaga e incerta: é uma realidade material que vemos, tocamos e sofremos. Ele se encontra nos mundos de expiação e a Terra é um deles. Os homens expiam nela o seu passado e o seu presente em benefício do seu futuro" (Allan Kardec).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>"Mas, amados, não ignoreis uma coisa: que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia.</b><br />
<b>O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a tem por tardia; mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam, se não que todos venham a arrepender-se" - (II Pedro 3.8-9).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>O ESPIRITISMO COLOCA O HOMEM SOB A INFLUÊNCIA DOS DEMÔNIOS?</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Só o preconceito pode justificar essa afirmativa. Afinal, como uma doutrina embasada no Evangelho de Jesus pode ligar alguém a demônios?</b><br />
<b>O Espiritismo não veio criar uma nova moral, mas sim facilitar aos homens a compreensão e a prática da moral do Cristo, ao dar uma fé sólida, racional e esclarecida aos que buscam a verdade. Prega que o homem de bem, o verdadeiro cristão, é aquele que pratica a lei de justiça, amor e caridade em sua plenitude. Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que faz em dominar suas más inclinações.</b><br />
<b>O Espiritismo nos ensina que Deus, na sua bondade e sabedoria infinitas, não criou seres voltados ao mal por toda a eternidade. Há Espíritos ignorantes e imperfeitos que nos inflamam más paixões e nos induzem ao mal, assim como os bons podem nos influenciar para o bem.</b><br />
<b>O diabo é a representação alegórica do mal, que resume em si todas as mazelas dos Espíritos imperfeitos. São os chamados demônios, que nada mais são que Espíritos ignorantes e imperfeitos, ainda distantes do bem, que diante de corações impuros e preconceituosos, se comprazem com eles e lhes induzem ao erro, promovendo-lhes más idéias e julgamentos. Esses Espíritos não são patrimônio do Espiritismo e, como os bons, também podem estar em todo lugar, podendo ser atraídos por todos os que se afinizam com seus propósitos.</b><br />
<b>Lembramos que o próprio Jesus foi citado por seus inimigos de ser possuído por demônios, por falar de uma doutrina contrária aos valores vigentes. Contudo suas obras evidenciaram sua grandeza. É dele mesmo a afirmação de que cada árvore é conhecida pelo seu fruto e o fruto da Doutrina Espírita é evidenciado pelas suas boas obras. A maior e mais importante obra do Espiritismo é transformação da criatura através do estímulo ao autoconhecimento, retirando o homem do estado de ignorância em que se encontra, instruindo-o ao nível da luz.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>"Mas alguns deles diziam: Ele expulsa os demônios por Belzebu, príncipe dos demônios.</b><br />
<b>E outros, tentando-o, pediam-lhes um sinal do céu.</b><br />
<b>Mas, conhecendo Ele os seus pensamentos, disse-lhes: Todo o reino, dividido contra si mesmo, será assolado; e a casa, dividida contra si mesma, cairá.</b><br />
<b>E se também Satanás está dividido contra si mesmo, como subsistirá o seu reino? Pois dizeis que eu expulso os demônios por Belzebu.</b><br />
<b>E, se eu expulso os demônios por Belzebu, por quem os expulsam vossos filhos? Eles pois serão os vossos juizes.</b><br />
<b>Mas, se eu expulso os demônios pelo dedo de Deus, certamente a vós é chegado o reino de Deus" - (Lucas 11.15-20).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Veja também: Mateus 9.34 - Mateus 11.18 - Mateus 12.33 - Marcos 3.22.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>POR QUÊ CONFUNDEM ESPIRITISMO COM UMBANDA?</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>A Umbanda é um culto religioso respeitado pelos espíritas como todos os outros o são, até mesmo porque está amparado no princípio geral da liberdade de crença contido na Constituição do Brasil. Contudo, ela não é Espiritismo. Seu acervo de símbolos, objetos, instrumentos, práticas, etc, não se ajustam de maneira alguma à Doutrina Espírita. Aqueles que confundem Umbanda com Espiritismo se apegam às seguintes afirmações: a Umbanda é espiritualista, rende culto a Deus, fundamenta-se em fenômenos produzidos por Espíritos desencarnados, aceita a reencarnação e faz caridade. Todavia, a Umbanda tem culto material, rituais, vestimentas específicas, imagens, altares, pontos riscados e denominações totalmente especiais para médiuns (cavalos) e Espíritos (exús, pretos-velhos, caboclos, ibegis), que não existem no Espiritismo. Além dessas abismais diferenças, a Umbanda não se rege pela Codificação de Allan Kardec. Portanto, está claro que embora espiritualista e ter características mediúnicas, a Umbanda não constitui variante nem modalidade do Espiritismo. Essa confusão se dá pelo desconhecimento do que seja a Doutrina Espírita e consequente interpretação errônea dos fenômenos da mediunidade.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>O ESPIRITISMO FAZ MACUMBA, DESPACHO OU QUALQUER OUTRO RITUAL?</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>O Espiritismo não tem culto material e nem tem rituais, não prescreve qualquer vestimenta, nem função sacerdotal, não usa imagens, nem faz sacrifícios de animais ou seres humanos, não tem símbolos ou sinais cabalísticos, não faz cerimônias matrimoniais, ou de batismo, nem exorcismo. Resumindo, a Doutrina Espírita tendo como principal objetivo o cultivo dos valores do Espírito é totalmente isenta de atos exteriores. Sua nomenclatura se baseia nas obras da Codificação e suas práticas mediúnicas são executadas dentro de um ambiente evangélico de harmonia e oração, sem qualquer culto exterior ou movimentos e palavreado estereotipados. Suas reuniões mediúnicas são fechadas ao público e conduzidas com rigor, onde não existem velas, cantos, danças, cigarro bebida ou cobrança de taxas.</b><br />
<b>Compreende-se, portanto, que qualquer culto que contenha tais práticas, não pode e não deve receber a designação de espírita.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>"Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade" - (João 4.24).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>"Amados não deis crédito a qualquer Espírito. Antes, provai os Espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo afora" - (I João 4.1).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>"E não consentia que alguém levasse algum vaso pelo templo.</b><br />
<b>E os ensinava, dizendo: Não está escrito - A minha casa será chamada por todas as nações casa de oração? Mas vós a tendes feito covil de ladrões.</b><br />
<b>E os Escribas e príncipes dos sacerdotes, tendo ouvido isto, buscavam ocasião para o matar; pois eles o temiam, porque toda multidão estava admirada acerca da sua doutrina" - (Marcos 11.16-18).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>"Porque eu quero misericórdia, e não o sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais do que o holocausto" - (Oséias 6.6).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>O ESPIRITISMO FAZ USO DE BOLA DE CRISTAL, PRATICA QUIROMANCIA, ASTROLOGIA, HIPNOTISMO, MAGIA OU PARAPSICOLOGIA?</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Dentre uma série de práticas rotuladas erroneamente como espíritas, estão estas e também outras como a terapia regressivas a vidas passadas (TRVP), a transcomunicação instrumental (TCI), a cristalterapia , a cromoterapia, ufologia etc. A maioria delas não possue fundamentação doutrinária lógica, e não encontram respaldo nas obras de Allan Kardec, portanto, não são práticas espíritas.</b><br />
<b>Qualquer Centro Espírita que se utilize de tais práticas está se desviando dos seus verdadeiros e nobres objetivos.</b><br />
<b>As notícias frequentemente veiculadas pela mídia em geral, de que os espíritas previram o futuro, fizeram oferendas a Iemanjá, estão ligados a culto demoníaco, dentre outras, comprovam o desconhecimento que existe sobre a Doutrina Espírita, apesar da sua atual expansão e crescente número de adeptos. O Espiritismo não é responsável pelos que abusam do seu nome e o exploram.</b><br />
<b>Assim como a ciência médica não o é pelos charlatões que vendem suas drogas ou como a religião também não o é pelos sacerdotes que abusam do seu ministério.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>"Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores.</b><br />
<b>Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?" - (Mateus7.15-16).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>"Se alguém ensina alguma doutrina, e se não conforma com as sãs palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo, e com a doutrina que é segundo a piedade, É soberbo, e nada sabe mas delira acerca de questões e contendas de palavras, das quais nascem invejas, porfias, blasfêmias, ruins suspeitas" - (I Timóteo 6.3-4).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>"Não vos deixeis levar em redor por doutrinas várias e estranhas, por que bom é que o coração se fortifique com graça, e não com manjares, que de nada aproveitaram aos que a eles se entregaram" - (Hebreus 13.9).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>POR QUÊ ALGUMAS RELIGIÕES COMBATEM TANTO O ESPIRITISMO?</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Não há razões sensatas para o combate a uma doutrina que segue o Evangelho de Jesus Cristo, baseada no bem e no amor a Deus e ao próximo, discordante apenas das convicções filosóficas de algumas outras. A intolerância religiosa é marca dos falsos profetas, ignorantes na carne e no espírito, fruto das idéias preconcebidas e da presunção de serem donos da verdade. O combate ao Espiritismo se deve ao desconhecimento das suas idéias e à confusão que é semeada no meio, por aqueles que não se dispõem a examiná-las com racionalidade. Contudo, a Doutrina do Cristo frutificou apesar da falsa interpretação e oposição daqueles que não a compreendiam.</b><br />
<b>Se as pessoas que detratam o Espiritismo seguissem o ensinamento do Apóstolo Paulo, quando nos exorta a examinar tudo e reter o que é bom, certamente teriam outro posicionamento diante de determinadas idéias que repudiam sem conhecimento de causa. Se Jesus e seus discípulos recuassem diante dos inimigos de sua doutrina, o mundo hoje estaria órfão desse código de conduta que norteia a humanidade.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>"Há verdadeiramente duas coisas diferentes: saber e crer que se sabe. A ciência consiste em saber; em crer que se sabe reside a ignorância" - (Hipócrates).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>"E agora digo-vos: Dai de mão a estes homens, e deixai-os, porque, se este conselho ou esta obra é de homens, se desfará.</b><br />
<b>Mas, se é de Deus, não podereis desfazê-la; para que não aconteça serdes também achados combatendo contra Deus" - (Atos 5.38-39).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>"Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos Céus;</b><br />
<b>Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e mentindo, disserem, todo o mal contra vós, por minha causa.</b><br />
<b>Exultai e alegrai-vos, porque é grande o nosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós" - (Mateus 5.10-12).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>EXISTE ESPIRITISMO DE MESA BRANCA?</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>A Doutrina Espírita não comporta nenhuma ramificação. Como já explicado, por suas convicções dispensa qualquer ritual ou aparato. A designação popular de mesa branca pode ter advindo do fato de que as reuniões mediúnicas espíritas ocorrem, para simples acomodação, com os participantes dispostos ao redor de uma mesa, algumas vezes, com uma toalha branca recoberta sobre ela, o que é absolutamente dispensável. Como tais reuniões tem caráter íntimo e privado, disciplinado e beneficente, o termo mesa branca surgiu para diferenciar o Espiritismo de outros cultos, sendo este termo utilizado popularmente também como sinônimo de Kardecista. Trata-se de um equívoco generalizado, uma vez que só há um Espiritismo (termo criado pelo próprio Allan Kardec) e este não adota práticas exteriores para ser diferenciado. Assim , nem mesa branca, alto ou baixo Espiritismo, Espiritismo elevado etc, são sinônimos de Doutrina Espírita.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>OS ESPÍRITOS PODEM INTERFERIR EM NOSSAS VIDAS?</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Allan Kardec perguntou aos Espíritos Superiores (pergunta 459 do L.E.) sobre esta questão e a resposta é clara e precisa: "Nesse sentido a sua influência é maior do que supondes, porque muito frequentemente são eles que vos dirigem".</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Os Espíritos atuam frequentemente sobre o nosso pensamento, dando-nos sugestões mais ou menos sensatas, boas ou más segundo sua natureza. Quando desencarnados, os Espíritos continuam com seus vícios ou virtudes e são bons ou maus, sérios ou brincalhões, trabalhadores ou preguiçosos, cultos ou medíocres, verdadeiros ou mentirosos, e estão por toda parte. Sendo assim, facilmente nos influenciam o pensamento e ações, e dependendo de nossa condição moral, recebemos boas ou más influências, pela sintonia que se estabelece entre os dois planos da vida. Aqueles providos de virtudes facilmente poderão ser auxiliados pelos bons Espíritos, ao contrário dos indivíduos voltados às paixões vulgares.</b><br />
<b>Nos textos bíblicos encontramos uma série de citações que nos falam dessa realidade. Eis alguns:</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>"E, pensando Pedro naquela visão, disse-lhe o Espírito: Eis que três varões te buscam. Levanta-te pois, e desce, e vai com eles, não duvidando, porque eu os enviei" - (I Atos 10.19-20).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>"Quando o Espírito imundo tem saído do homem, anda por lugares secos, buscando repouso; e, não o achando, diz: Tornarei para minha casa donde saí.</b><br />
<b>E, chegando, acha-a varrida e adornada.</b><br />
<b>Então vai, e leva consigo outros sete Espíritos piores do que ele, e, entrando, habitam ali; e o último estado desse homem é pior do que o primeiro" - (Lucas 11.24-26).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>COMO NOS LIVRAMOS DAS INFLUÊNCIAS NEGATIVAS?</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Toda moral de Jesus se resume na caridade e na humildade, sentimentos contrários ao egoísmo e ao orgulho, fontes das más inclinações. Em todos os ensinamentos do Mestre, as virtudes são apontadas como o caminho para a paz espiritual e a felicidade eterna. Sabendo-se que os Espíritos aliam-se a nós pela afinidade de pensamentos e sentimentos, o cultivo dos bons pensamentos, o esforço para melhoria íntima e a prática da caridade aliados à oração, dificultam muito ou até mesmo impossibilitam o acesso dos maus Espíritos ao nosso pensamento.</b><br />
<b>A doutrina de Jesus tem como objetivo levar o ser ao entendimento de sua condição de Espírito imortal, fadado à perfeição. Através do autoconhecimento, trabalhando incessantemente para exterminar vícios e adquirir virtudes, poderemos nos livrar com mais facilidade das más companhias espirituais.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>"Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o Espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca" - (Marcos 14.38).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>"Por isso vos digo que tudo que pedirdes, orando, crede que o recebereis, e te-lo-eis;</b><br />
<b>E, quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que vosso Pai, que está nos Céus vos perdoe as vossas ofensas;</b><br />
<b>Mas, se vós não perdoardes, também vosso Pai que está nos Céus, vos não perdoará vossas ofensas" - (Marcos 11.24-26).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>O QUE É MEDIUNIDADE?</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>É uma faculdade natural de toda criatura viva. Podemos dizer que é um canal psíquico que todos possuem e que liga o Espírito encarnado ao mundo invisível. É, portanto, através da mediunidade que os encarnados recebem a influência dos desencarnados, funcionando como uma ponte entre os dois planos.</b><br />
<b>Embora seja faculdade comum a todos as criaturas, em alguns indivíduos ela se encontra mais exacerbada, sendo capaz de produzir fenômenos ostensivos como a profetização, a psicografia e os efeitos físicos.</b><br />
<b>Sendo uma faculdade orgânica, não depende da qualidade moral de quem a possui. Isso faz com que haja uma grande diversidade no uso que se faz dela, existindo tanto aqueles que a utilizam para o bem, como para fins ilícitos, inclusive os comerciais.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>"Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes" - (I Corintios 12.1).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>"Todas as nossas faculdades são favores que devemos agradecer a Deus, pois há criaturas que não as possuem. Podias perguntar porque Deus concede boa visão a malfeitores, destreza aos larápios, eloquência aos que só a utilizam para o mal. Acontece o mesmo com a mediunidade. Criaturas indignas a possuem porque dela necessitam mais do que as outras, para se melhorarem" - (Livro dos Médiuns - Questão 226).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>O QUE É MÉDIUM?</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Se todos são dotados desse canal psíquico por onde recebem influência espiritual, logo todas as pessoas são médiuns. Há aqueles, contudo, com uma capacidade ostensiva de receber e transmitir comunicações de Espíritos, atuando como intermediários ou como agentes das manifestações dos Espíritos. Estes são dotados de mediunato, uma faculdade especial, suscetível de desenvolvimento, e que, quando bem direcionada, pode ser utilizada como um importante meio que os Espíritos superiores utilizam para edificar o ser ao nível do entendimento.</b><br />
<b>Segundo sua aptidão, o médium pode exercer sua tarefa em uma das muitas variedades de mediunidade, como por exemplo escreventes ou psicógrafos, falantes, de efeito físico, videntes, curadores, entre outros.</b><br />
<b>A pessoa dotada deste dom divino, tem a obrigação de se instruir sobre ele a fim de colocá-lo a serviço da obra do Senhor. A mediunidade só tem sentido quando praticada com essa finalidade.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>"Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.</b><br />
<b>Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência;</b><br />
<b>E a outro, pelo mesmo Espírito a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar;</b><br />
<b>E a outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os Espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas" - (I Corintios 12.7-10).</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>A MEDIUNIDADE FOI INVENTADA PELO ESPIRITISMO?</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>A mediunidade, tampouco os médiuns, são privilégios do Espiritismo ou foram inventados por ele. A mediunidade sempre existiu, uma vez que sempre existiram os planos material e espiritual. A própria Bíblia refere-se às suas manifestações em diversas de suas passagens, assim como é identificada nas práticas de muitas religiões da atualidade, embora com outros nomes.</b><br />
<b>O Espiritismo simplesmente trouxe os ensinamentos capazes de nos orientar a tirar melhor proveito da mediunidade, no sentido de fazer dela um instrumento moralizador e de libertação dos Espíritos. É uma fonte material que prova a sobrevivência da alma após a morte, ampliando nossos conhecimentos acerca dos ilimitados horizontes espirituais. Sua prática não tem como meta apenas a produção de fenômenos destinados a despertar os incrédulos ou curar suas enfermidades espirituais ou carnais; serve para alertar o ser humano de sua necessidade de despertar para o sentido verdadeiro da vida. Quando bem utilizada é uma importante alavanca para a evolução espiritual.</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>"Então disse Saul aos seus criados: Buscai-me uma mulher que tenha o Espírito de adivinha, para que vá a ela e a consulte. E os seus criados lhe disseram: Eis que em Endor há uma mulher que tem o Espírito de adivinhar.</b><br />
<b>E Saul se disfarçou e vestiu outros vestidos, e foi ele, e com ele dois homens, e de noite vieram à mulher; e disse: Peço-te que me adivinhes pelo Espírito de adivinha, e me faças subir a quem eu te disser.</b><br />
<b>Então a mulher lhe disse: Eis aqui tu sabes o que Saul fez, como tem destruído da terra os adivinhos e os encantadores; porque, pois, me armas um laço a minha vida, para me fazer matar?</b><br />
<b>Então Saul lhe jurou pelo Senhor, dizendo: Vive o Senhor, que nenhum mal te sobreviverá por isso. A mulher então lhe disse: A quem te farei subir? E disse ele: Faz-me subir a Samuel.</b><br />
<b>Vendo, pois, a mulher a Samuel, gritou em alta voz; e a mulher falou a Saul, dizendo: Por que me tens enganado? Pois tu mesmo és Saul.</b><br />
<b>E o rei lhe disse: Não temas; porém que é o que vês? Então a mulher disse Saul: Vejo deuses que sobem da terra.</b><br />
<b>E lhe disse: Como é a sua figura? E disse ela: Vem subindo um homem ancião, e está envolto numa capa. Entendendo Saul que era Samuel, inclinou-se com o rosto em terra, e se prostrou" - (I Samuel 28.7-14).</b><br />
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<b>O QUE É REUNIÃO MEDIÚNICA OU SESSÃO ESPÍRITA?</b><br />
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<b>O Espiritismo nos ensina que as comunicações inteligentes ocorrem por uma ação do Espírito sobre o médium, devido a uma afinidade ou sintonia entre o pensamento de ambos. Tais comunicações podem ser realizadas espontaneamente ou por meio das evocações dos Espíritos e, como já citado, tem caráter privado e moralizador. Através da comunicabilidade estabelecem-se as condições para se consolar os Espíritos sofredores, desvendar os laços entre aqueles que se odeiam e se acham perturbados e ainda receber orientações dos bons Espíritos. Estas práticas são realizadas nas chamadas reuniões mediúnicas, ou sessões espíritas, conduzidas de acordo com a disciplina da Codificação Kardequiana e com o Evangelho de Jesus, com o máximo de simplicidade, seriedade e preferencialmente, nos Centros Espíritas. Dela participam médiuns e orientadores, estes últimos denominados dirigentes da reunião, que são incumbidos da interpretação das comunicações e orientação dos médiuns e Espíritos.</b><br />
<b>Uma reunião mediúnica séria e confiável é aquela onde prevalecem os bons sentimentos, a harmonia e homogeneidade de pensamentos entre a equipe de trabalho. É prudente ter cautela com aquelas que não obedecem certos critérios de disciplina, que não valorizam o estudo, tampouco se preocupam com a moralização dos médiuns.</b><br />
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<b>"Se o médium é de baixa moral, os Espíritos inferiores se agrupam em torno dele e estão sempre prontos a tomar o lugar dos bons Espíritos a que ele apelou. As qualidades que atraem de preferência os Espíritos bons são: a bondade, a benevolência, a simplicidade de coração, o amor ao próximo, o desprendimento das coisas materiais" - ( Allan Kardec).</b><br />
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<b>"Que fareis, pois irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.</b><br />
<b>E, se alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois, ou quando muito três, e por sua vez, e haja intérprete.</b><br />
<b>Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja, fale consigo mesmo e com Deus.</b><br />
<b>E falem dois ou três profetas, e os outros julguem.</b><br />
<b>Mas se a outro, que estiver assentado, for revelada alguma coisa, cala-se o primeiro.</b><br />
<b>Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros; para que todos aprendam, e todos sejam consolados" - (I Corintios 14.26-31).</b><br />
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<b>TODOS OS QUE LIDAM COM ESPÍRITOS SÃO ESPÍRITAS?</b><br />
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<b>Sabendo-se que os Espíritos estão por toda parte e que a mediunidade é uma faculdade inerente a qualquer pessoa, é evidente que nem todos os que lidam com Espíritos são espíritas. As pessoas que assim pensam têm total desconhecimento do que é o Espiritismo.</b><br />
<b>Esse falso julgamento faz com que as pessoas tenham uma idéia errônea do que seja a Doutrina Espírita e dela se afastem sem buscar conhecê-la.</b><br />
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<b>PARA SER ESPÍRITA TEM QUE RECEBER ESPÍRITOS?</b><br />
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<b>Espírita é aquele que crê, estuda e segue a Doutrina Espírita. É reconhecido pelo esforço que faz em aprimorar-se dentro dos princípios cristãos, não tendo necessariamente que trabalhar com a mediunidade.</b><br />
<b>A faculdade mediúnica como missão, ou mediunato, como todas as demais faculdades, não deve ser imposta. Uma vez detectada e em acordo com o desejo do médium, deve ser desenvolvida em sessões espíritas apropriadas, com dedicação sincera e humildade, para ser verdadeiramente produtiva. O espírita pode servir em muitas outras frentes de trabalho que nada tem a ver com a mediunidade, buscando, contudo, em todas as oportunidades fazer o melhor possível.</b><br />
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<b>OS ESPÍRITOS PODEM REALIZAR CIRURGIAS OU TRATAMENTOS DE CURA ATRAVÉS DE MÉDIUNS?</b><br />
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<b>O funcionamento do organismo humano está subordinado a uma direção espiritual, uma vez que a saúde ou a enfermidade reflete o panorama interior do Espírito. Disso se conclui que a alma retém todos os recursos curadores definitivos.</b><br />
<b>Todos somos dotados de uma energia, um magnetismo ou fluido natural, específico, denominado fluido vital. É o princípio da vida material e pode ser de melhor ou pior qualidade dependendo da ação de nosso pensamento sobre ele. Tal fluido tem a capacidade de atuar na intimidade celular, alterando as estruturas moleculares. Fazendo parte da estrutura orgânica do ser, pode ser doado ou recebido por intermédio da nossa vontade. Algumas pessoas não têm a capacidade de secar uma planta ou adoecer uma criança através de um simples olhar mal intencionado? Outros não nos dão a sensação de bem estar apenas nos tocando ou olhando? São fenômenos naturais da emanação do fluido vital e fonte de muito conhecimento ainda obscuro no campo da ciência oficial.</b><br />
<b>Tal fluido, vindo do médium, pode ter sua capacidade voltada para a cura, quando auxiliado por um bom Espírito. Ambos podem dar-lhe um determinado fim que o faz adquirir propriedades novas, facultando-lhe a possibilidade de substituir moléculas doentes por sadias, proporcionando assim a cura das enfermidades físicas. Desta forma é que ocorrem as cirurgias ou tratamentos espirituais, que se utilizam destes fluidos com capacidade curadora através das qualidades morais que lhe são impostas.</b><br />
<b>Tais procedimentos podem ser realizados pela simples imposição das mãos, ou simplesmente do pensamento dirigido ao enfermo.</b><br />
<b>As práticas de cura mediúnica em que são utilizados instrumentos de corte e ou receitas não são recomendados, inclusive pela ilegitimidade legal das mesmas em nossa sociedade. Estas, muitas vezes legítimas, têm apenas a finalidade de promover ou despertar a atenção dos incrédulos acerca dos fenômenos espirituais.</b><br />
<b>Assim, uma grande força fluídica, aliada à soma das qualidades morais de quem a utiliza, pode operar verdadeiros prodígios sobre as enfermidades, ressaltando que a ocorrência destes está ligada ao merecimento e a fé dos enfermos.</b><br />
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<b>"E ele lhe disse: Tem bom ânimo, filha, a tua fé te salvou; vai em paz" - (Lucas 8.48).</b><br />
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<b>"E Deus, pelas mãos de Paulo, fazia milagres extraordinários, a ponto de levarem aos enfermos lenços e aventais do seu uso pessoal, diante dos quais as enfermidades fugiam das suas vítimas, e os Espíritos malignos se retiravam" - (Atos, 19 - 11, 12).</b><br />
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<b>O QUE É O PASSE?</b><br />
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<b>O passe é uma transmissão de fluidos benéficos, com caráter assistencial e regenerador, que é aplicado pela simples imposição de mãos, dispensando qualquer contato físico entre o passista e o receptor. O passe permite a regeneração dos enfraquecidos, física ou espiritualmente. O passista detém uma grande responsabilidade, pois cabe a ele impor as mãos sobre as pessoas carentes e abençoá-las em nome do Criador. Ele não é nenhuma pessoa especial, necessita apenas ter o desejo sincero de servir e viver uma vida sadia, sem vícios e cultivando bons pensamentos.</b><br />
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<b>"E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta e anda" - (Atos 3.6).</b><br />
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<b>"E rogava-lhe muito dizendo: Minha filha está moribunda; rogo-te que venhas e lhe imponhas as mãos para que sare e viva. E foi com ele, e seguia-o uma grande multidão que o apertava" - (Marcos 5.23-24).</b><br />
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<b>"Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios: De graça recebestes, de graça dai" - (Mateus 10.8).</b><br />
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<b>"Pegarão nas serpentes, e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão" -(Marcos 16.18).</b><br />
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<b>"E os apresentaram ante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos" - (Atos 6.6).</b><br />
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<b>O QUE É CENTRO ESPÍRITA E QUAIS SÃO SUAS ATIVIDADES?</b><br />
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<b>Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles" - (Mateus 18.20).</b><br />
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<b>O Centro Espírita é uma casa religiosa onde se ensina, pratica, estuda e divulga a Doutrina Espírita. Em suas atividades estão incluídas palestras públicas, nas quais são comentados ensinamentos da Codificação Kardequiana e do Evangelho de Jesus, além de assistência espiritual e material aos necessitados.</b><br />
<b>O socorro espiritual é obtido através do atendimento individual àqueles que se encontram em aflição e desequilíbrio, com orientações e passes como fonte de regeneração e amparo. Também inclui sessões espíritas reservadas onde se lida com a mediunidade na área da desobsessão (perturbações espirituais), sem a participação dos necessitados, onde são esclarecidos e afastados Espíritos sofredores ou de corações endurecidos que porventura sejam a causa de seus problemas.</b><br />
<b>O Centro Espírita tem como objetivo primeiro, orientar as pessoas no sentido de melhorar sua qualidade de vida através da ação reeducadora da moral do Cristo. Endereçando o homem a esse entendimento, ele de forma mais ou menos rápida, poderá livrar-se das más influências e atrair as boas, que o ajudarão a seguir adiante de forma equilibrada e sadia.</b><br />
<b>Ao procurar um Centro Espírita, todos poderão receber orientação individual através de entrevistas particulares, participar de palestras públicas e receber passes. O contato com o estudo da Doutrina e com os Espíritos depende de normas rígidas e particulares de cada Centro, mas o bom senso nos diz que a disciplina e o estudo são metas que devem ser observadas com rigor para o sucesso das atividades.</b><br />
<b>O socorro material, por sua vez, considerado como uma atividade paralela, mas de grande importância, é dado através da assistência a necessitados em forma de alimentos, vestuário, abrigo, remédios, etc. Os recursos são obtidos através de uma variedade de promoções realizadas em cada Centro Espírita, como almoços, jantares, bazares beneficentes, campanhas de arrecadação de alimentos etc, evitando-se rifas, bingos e outras atividades pouco éticas.</b><br />
<b>O comportamento dos servidores e frequentadores dos Centros Espíritas se pauta na harmonia, cordialidade, desejo de servir ao próximo em nome de Jesus e dos bons Espíritos, de maneira que qualquer casa que cobrar taxa pelas orientações ou assistência não são espíritas, mesmo que mantenham uma placa na porta com essa designação.</b><br />
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<b>COMO RECONHECER UM BOM CENTRO ESPÍRITA?</b><br />
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<b>Nunca é demais repetir que um bom Centro Espírita é aquele que segue os preceitos da Doutrina Espírita, com orientação pautada nas obras da Codificação Kardequiana. Todo aquele que adota práticas contrárias às contidas em tais obras, que pratica atos exteriores e desprovidos de racionalidade, deve ser evitado.</b><br />
<b>O Centro Espírita, como porta-voz do Espiritismo, no seu aspecto tríplice: religioso, científico e filosófico, desenvolve suas atividades baseado no "dai de graça o que de graça recebestes", proporcionando um entendimento mais completo das leis de Deus e suas aplicações. Logo, o Centro Espírita é um local de paz, harmonia, consolo, onde ao adentrar suas portas, o homem que sofre com tantas tragédias e desequilíbrios que o atingem e à toda humanidade, inicia a formação do alicerce para uma mudança interior que o amparará racionalmente por toda a sua vida.</b><br />
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<b>O QUE A DOUTRINA RECOMENDA PARA AS PESSOAS COM FÍSICOS E ESPIRITUAIS?</b><br />
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<b>Recomenda que devemos nos interessar sempre por ideais nobres, ocupar nosso tempo com estudo e trabalho, praticar a caridade especialmente para com terceiros e manter a vigilância sobre nossos atos e pensamentos. A maneira segura de afastar as influências más é atrair as boas, uma vez que onde há luz não permanecem as sombras.</b><br />
<b>O próprio Codificador nos esclarece que fechar portas e janelas ou fazer uso de defumadores e velas não afasta Espíritos perturbadores. Contudo, pensamentos elevados não são alvo destes irmãos ignorantes e desocupados, que não se aproximam por faltar-lhes afinidade.</b><br />
<b>Uma postura elevada alivia os sofrimentos morais e físicos que, associada ao passe, um recurso energético de renovação, pode operar verdadeiros prodígios. As enfermidades físicas , muitas vezes, têm também causa espiritual e podem ser atenuadas ou até sanadas pela prática citada acima, porém tem seu componente orgânico que não dispensa, em hipótese alguma, um tratamento médico especializado.</b><br />
<b>Portanto, a Doutrina Espírita prima por simplicidade, conforme exorta Jesus a seus seguidores. Ao invés de fórmulas mirabolantes, amuletos, talismãs ou outra coisa qualquer, prescreve única e exclusivamente a reforma íntima como remédio. Tendo Evangelho de Jesus como código de conduta, o homem descobrirá o segredo da felicidade, vivenciando o amor a Deus e ao próximo. Levar o homem a essa descoberta é o maior bem e o maior objetivo da Doutrina Espírita.</b><br />
<b>A tratamento das enfermidades físicas e psicológicas pelos métodos espíritas não dispensam, em nenhuma circunstância, a consulta ou o tratamento médico.</b><br />
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<b>QUEM FOI ALLAN KARDEC?</b><br />
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<b>Allan Kardec foi o pseudônimo do homem que codificou a Doutrina Espírita. Seu nome verdadeiro era Hippolyte Léon Denizard Rivail. Usava tal pseudônimo para evitar que seu nome, já bastante conhecido nos meios literários, ficasse em evidência. Nasceu em Lion, na França, em 03 de outubro de 1804 e desencarnou subitamente em consequência de um aneurisma, em 1869 aos 65 anos de idade. Era casado, falava quatro idiomas, estudava astronomia e fenômenos ligados ao magnetismo. Estudou na escola de Pestalozzi, o pai da pedagogia moderna. Escreveu diversos livros didáticos e lecionava para alunos sem recursos financeiros.</b><br />
<b>Em certa ocasião foi convidado por um amigo de nome Fortier, para assistir a uma brincadeira de salão em evidência na época: as mesas girantes que se comunicavam através de batidas com seus pés.</b><br />
<b>Pensando tratar-se de algum fenômeno ligado ao magnetismo aceitou o convite. Após algumas sessões foi se intrigando, uma vez que, descartadas as causas conhecidas ou truques, convencia-se de que, por detrás das mensagens, havia alguma causa inteligente responsável pelos movimentos.</b><br />
<b>A causa inteligente que se manifestava dizia que os fenômenos eram provocados por Espíritos de homens que já haviam vivido no mundo. Passou a estudar o fenômeno e numa das reuniões, agora promovidas pelo próprio Kardec, um Espírito que usou o nome de Verdade, dizia que caberia ao professor desenvolver, dar corpo, codificar uma nova doutrina filosófica e religiosa.</b><br />
<b>Allan Kardec desempenhou com sucesso as obrigações de que fora incumbido, explicando todos os fenômenos de maneira racional, revivendo e reforçando os ensinamentos de Jesus e da Espiritualidade Superior.</b><br />
<b>Utilizou-se de vários médiuns diferentes, que foram cuidadosamente escolhidos, uma vez que o próprio Kardec não era médium. Fazia perguntas aos Espíritos, revisando e comparando repetidamente as respostas.</b><br />
<b>Todos os ensinamentos da Doutrina Espírita, foram reunidos em cinco obras básicas: O Livro dos Espíritos (1857), O Livro dos Médiuns (1861), O Evangelho Segundo o Espiritismo (1864), O Céu e o Inferno (1865) e A Gênese (1868).</b><br />
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<b>QUEM É CHICO XAVIER?</b><br />
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<b>Trata-se de um expoente dentro do Movimento Espírita no Brasil. Nascido em 1910 e doente dos pulmões desde os doze anos de idade, dedica-se, há mais de sessenta anos, ao Espiritismo. É médium psicógrafo, recebe as mensagens de desencarnados transcrevendo-as para o papel. Já escreveu mais de 290 livros com mais de 10 milhões de exemplares vendidos, sendo os direitos autorais totalmente doados à causa Espírita.</b><br />
<b>Órfão desde os cinco anos, este Espírito missionário sofreu todos os tipos de privações, foi perseguido, caluniado, ironizado, traído, mas sempre perseverou na sua tarefa, com paciência e serenidade, que são suas marcas.</b><br />
<b>Sua obra já foi comprovada cientificamente, tanto pelo teor fidedigno das informações fornecidas por pessoas já desencarnadas que se comunicaram por seu intermédio, quanto à autenticidade das assinaturas de alguns autores das mensagens.</b><br />
<b>Sendo o escritor que mais vende no Brasil até hoje em atividade, apesar de estar muito enfermo, é um dos grandes responsáveis pela propagação do Espiritismo e tem levado o conforto e o esclarecimento a muitos que se encontram em sofrimento.</b><br />
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<b>PORQUE A MAIORIA DAS PESSOAS SÓ SE TORNAM ESPÍRITAS DEPOIS DE GRANDES SOFRIMENTOS?</b><br />
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<b>Os sofrimentos fragilizam as pessoas que, diante deles, buscam o consolo e o esclarecimento para seus males. Esgotados os recursos terrenos e a fé em doutrinas materialistas ilusórias e irracionais, chegam a total descrença, revoltando-se com Deus por seus próprios males.</b><br />
<b>O Espiritismo vem trazer as provas àqueles que negam ou duvidam que a alma existe, é eterna e que sobrevive ao corpo. Explica que sobre ela recaem as consequências de seus atos, que a reencarnação é a prova da justiça divina ante às aflições, entre tantos outros fundamentos esclarecedores. Assim abranda as amarguras e os desgostos da vida, acalma os desesperados e as agitações da alma, dissipa as incertezas e os temores do futuro. Por isso consola e torna felizes aqueles que nele ingressam. Aí está o grande segredo da fácil aceitação ante os sofrimentos.</b><br />
<b>Fornecendo uma explicação racional para as causas de tudo, o homem que sofre descobre que depende de si não sofrer mais, e que de acordo com sua semeadura terá boa ou má colheita. Trabalha, portanto, para sua felicidade, entendendo quem é, de onde vei e para onde vai.</b><br />
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<b>POR QUE ESTÁ AUMENTANDO O NÚMERO DE ADEPTOS DO ESPIRITISMO?</b><br />
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<b>O crescimento exagerado do materialismo, um sistema que ao mesmo tempo que impulsiona o desenvolvimento científico e tecnológico da humanidade, gera a competitividade selvagem e a opressão, fez com que os valores morais que equilibram o bem estar social fossem perdendo suas forças. Os povos, devido às variadas revoluções internas e externas em todos os sentidos, sofrem com a degradação da essência da vida coletiva: as leis do Evangelho. Na tentativa de conquistar adeptos entre os frágeis e carentes, as religiões e cultos se multiplicam, caminhando para um colapso dos pensamentos e crenças. As novidades acerca do que é a vida e os seus mistérios se avolumam, muitas desprovidas de qualquer base científica, lógica ou racional exacerbando a crise que precede a um esperado terceiro milênio de regeneração.</b><br />
<b>Entre as religiões, o caráter racional e consolador do Espiritismo faz com que ele se sobressaia e exerça forte influência sobre aqueles que o procuram, pois fornece-lhes o equilíbrio tão almejado, a fé provida de lógica e a esperança compreendida. Esta é a causa da sua propagação.</b><br />
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<b>MAS AFINAL, O QUE É ESPIRITISMO?</b><br />
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<b>O Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática, consiste nas relações que se pode estabelecer com os Espíritos; como filosofia, compreende todas as conseqüências morais que decorrem dessas relações.</b><br />
<b>Segundo Allan Kardec, o Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, da origem e da destinação dos Espíritos, e das suas relações com o mundo corporal. No Brasil, organizou-se como um movimento religioso, com aproximadamente 7 mil centros espíritas.</b><br />
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<b>CONSIDERAÇÕES FINAIS</b><br />
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<b>Ao fim desta pequena obra, esclarecemos que o seu principal objetivo foi posicionar a Doutrina Espírita no lugar que lhe é de direito, face a tantas controvérsias, confusões e preconceitos que envolve seu nome, por desconhecimento de seus fundamentos.</b><br />
<b>Não tivemos a intenção de contrariar qualquer outra crença, mesmo porque, como espíritas, acreditamos que todas têm sua utilidade e buscam a Deus. O Mestre Jesus nunca nos ensinou que devêssemos ser desta ou daquela religião, mas que conduzíssemos nossas vidas de acordo com os ensinamentos do Pai, filosofias à parte.</b><br />
<b>Eis que estamos diante do fato inegável de que o Espiritismo joga por terra o materialismo e as idéias preconceituosas que fazem dele os que se julgam donos da verdade. Ele é o Consolador Prometido por Jesus, que afugenta as dúvidas e soluciona racionalmente os dramas da existência. É uma Doutrina absolutamente séria e despojada de culto exterior. Talvez por estas e outras tantas razões vem sofrendo os ataques da intolerância que assombra todas as revoluções de idéias.</b><br />
<b>Temos consciência de que entre os que não são espíritas poucos chegarão às últimas linhas deste escrito, como são poucos os que se dispõem a analisar seriamente as idéias novas, desprovidos de preconceitos. Contudo, se entre estes poucos encontram-se alguns que queiram clarear seus Espíritos, fugindo da falsa ortodoxia dominante nos nossos tempos, estes irmãos nos serão muito caros.</b><br />
<b>Seguidores ou não do Espiritismo, ao menos comporão o rol daqueles que detém a grande responsabilidade e o prazer de respeitar seu próximo e ser chamado de verdadeiro cristão. Infelizmente, ainda restarão dúvidas a serem dissipadas. Nem mesmo tentamos esclarecer todas elas, mas deixamos, no final, uma relação de obras às quais poderão ser consultadas e examinadas cuidadosamente pelo leitor interessado em conhecê-las mais profundamente. Nos perdoem a repetitividade de algumas idéias, o que julgamos em certas ocasiões ser necessário, e que os Espíritos Superiores possam abençoar a todo homem de bem, independente de sua religião ou raça.</b><br />
<b>Sem mais, ficamos com as palavras do espírito Erasto: (Paris, 1863), quando indagado sobre como reconhecer os verdadeiros espíritas:</b><br />
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<b>"Vós os reconhecereis pelos princípios, de verdadeira caridade que eles professarão; vós os reconhecereis pelo número de aflições às quais eles terão levado consolações; vós os reconhecereis pelo seu amor ao próximo, pela sua abnegação, pelo seu desinteresse pessoal; vós os reconhecereis enfim pelo triunfo dos seus princípios, porque Deus quer o triunfo da sua lei; aqueles que seguirem sua lei são seus eleitos e Ele lhes dará a vitória, mas esmagará aqueles que falseiam o espírito dessa lei e fazem dela um meio para satisfazer sua vaidade e sua ambição".</b><br />
<b><br />
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<b>RELAÇÃO DAS OBRAS A SEREM ESTUDADAS PELO INTERESSADOS:</b><br />
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<b>O Livro dos Espíritos</b><br />
<b>O Livro dos Médiuns</b><br />
<b>O Evangelho Segundo o Espiritismo</b><br />
<b>Céu e Inferno</b><br />
<b>A Gênese</b><br />
<b>Todas as obras citadas são de autoria de Allan Kardec, o Codificador do Espiritismo.</b><br />
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</b><br />
<b>FONTE: </b><a href="http://www.espirito.org.br/portal/doutrina/afinal-o-que-eh-espiritismo.html">http://www.espirito.org.br/portal/doutrina/afinal-o-que-eh-espiritismo.html</a>Filha da Oxumhttp://www.blogger.com/profile/10623314830636816016noreply@blogger.com0