domingo, 8 de maio de 2011

Ibeji






IBEJI


(ib: "nascer"; eji: "dois")






Ibeji na nação Keto, ou Vunji nas nações Angola e Congo. É o orixá Erê, ou seja, o orixá criança. É a divindade da brincadeira, da alegria; sua regência está ligada à infância. Ibeji está presente em todos os rituais do Candomblé pois, assim como Exu, se não for bem cuidado pode atrapalhar os trabalhos com suas brincadeiras infantis, desvirtuando a concentração dos membros de uma Casa de Santo. É o orixá que rege a alegria, a inocência, a ingenuidade da criança. Sua determinação é tomar conta do bebê até a adolescência, independente do orixá que a criança carrega.


Ibeji é tudo de bom, belo e puro que existe; uma criança pode nos mostrar seu sorriso, sua alegria, sua felicidade, seu engatinhar, falar, seus olhos brilhantes. Na natureza, a beleza do canto dos pássaros, nas evoluções durante o vôo das aves, na beleza e perfume das flores. A criança que temos dentro de nós, as recordações da infância.


Feche os olhos e lembre-se de uma felicidade, de uma travessura e você estará vivendo ou revivendo uma lenda desse orixá. Pois tudo aquilo de bom que nos aconteceu em nossa infância, foi regido, gerado e administrado por Ibeji. Portanto, ele já viveu todas as felicidades e travessuras que todos nós, seres humanos, vivemos.


A lenda, a história de Ibeji, acontece a cada momento feliz de uma criança. Ao menos para manter vivo este importante orixá, procure dar felicidade a uma criança. Faça você mesmo o encantamento de Ibeji. É fácil: faça gerar dentro de si a felicidade de estar vivendo. Transmita esta felicidade, contagie o seu próximo com ela. Encante Ibeji com a magia do sorriso, com o amor de uma criança. E seja Ibeji, feliz!
Ibeiji


São gêmeos, e são associados ao principio da dualidade.


Para os iorubás, os ibeiji representam a fecundidade e os mistérios dos partos duplos.No Brasil foram sicretizados com Cosme e Damião, ( confundidos com êres ) e por serem crianças, são ligados a tudo que se inicia e brota; a nascente de um rio, o nascimento dos seres humanos, o germinar das plantas, etç.Podem apresentar bruscas variações de temperamento, e certa tendência a simplificar as coisas, especialmente em termos emocionais.


"Beje Ró"




(Do livro "Mural dos Orixás" de Caribé e texto de Jorge Amado - Raízes Artes Gráficas)


Os Ibejis, os mabaças, os gêmeos, Cosme e Damião, os santos meninos. Donos de grande devoção na Bahia. Os carurus de Cosme e Damião são célebres. Qual a casa verdadeiramente baiana que não oferece seu caruru anual aos Ibejis?






São duas divindades gêmeas, sendo costumeiramente sincretizadas aos santos gêmeos católicos Cosme e Damião. Ao contrário dos erês, entidades infantis ligadas a todos os orixás e seres humanos, são divindades infantis, orixás-crianças. Por serem gêmeos, são associados ao princípio da dualidade; por serem crianças, são ligados a tudo que se inicia e brota: a nascente de um rio, o nascimento dos seres humanos, o germinar das plantas, etc. Seus filhos são pessoas com temperamento infantil, jovialmente inconsequente; nunca deixam de ter dentro de si a criança que já foram. Costumam ser brincalhonas, sorridentes, irrequietas - tudo, enfim, que se possa associar ao comportamento típico infantil. Muito dependentes nos relacionamentos amorosos e emocionais em geral, podem então revelar-se teimosamente obstinadas e possessivas. Ao mesmo tempo, sua leveza perante a vida se revela no seu eterno rosto de criança e no seu modo ágil de se movimentar, sua dificuldade em permanecer muito tempo sentado, extravasando energia. Podem apresentar bruscas variações de temperamento, e certa tendência a simplificar as coisas, especialmente em termos emocionais, reduzindo, à vezes, o comportamento complexo das pessoas que estão em torno de si a princípios simplistas como "gosta de mim - não gosta de mim". Isso pode fazer com que se magoem e se decepcionem com certa facilidade.


Ao mesmo tempo, suas tristezas e sofrimentos tendem a desaparecer com facilidade, sem deixar grandes marcas. Como as crianças em geral, gostam de estar no meio de muita gente, das atividades esportivas, sociais e das festas. A grande cerimônia dedicada a estes orixás acontece a 27 de setembro, dia de Come e Damião, quando comidas como caruru, vatapá, bolinhos, doces, balas (associadas às crianças, portanto) são oferecidas tanto aos orixás como aos frequentadores dos terreiros.


O sacrifício destinado a Ibêji é de frangos ou frangas de leite, pequenos. As comidas são as servidas na festa, descritas acima. BEJÊ-ERÓ!






SIMPATIA PARA ATRAIR FELICIDADE






Você vai precisar de dois cestos de vime. No primeiro, forrado com papel azul, coloque um manjar feito com leite, maisena, açúcar e doze gotas de essência de baunilha. Corte horizontalmente uma maçã, fure-a no centro, encha-a com açúcar cristalizado, tampe-a com a parte superior e coloque-a no centro do manjar. Espete no doce seis espigas de trigo e cubra-o com açúcar cristalizado tingido com corante azul e rosa. Por cima, espalhe pétalas de três rosas brancas. No segundo cesto, forrado com papel rosa, ponha duas pêras, duas bananas-ouro, duas frutas-do-conde, um cacho de uvas moscatel, duas goiabas, moedas de uso corrente, balas, bombons e lentilha aferventada. Coloque um copo com água mineral sem gás na frente do primeiro cesto e outro com guaraná na frente do segundo. Faça a oferenda num jardim gramado. Acenda duas velas brancas, duas azuis e duas rosas junto aos cestos e peça o que quiser.

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