domingo, 8 de maio de 2011

Omulu






Omulu é o Orixá que rege a morte, ou no instante da passagem do plano material para o plano espiritual (desencarne). 




É com tristeza que temos visto o temor dos irmãos umbandistas quando é mencionado o nome do nosso amado Pai Omulu. E no entanto descobrimos que este medo é um dos frutos amargos que nos foram legados pelos ancestrais semeadores dos orixás em solo brasileiro, pois difundiram só os dois extremos do mais caridoso dos orixás, já que Omulu é o guardião divino dos espíritos caídos.




O orixá Omulu guarda para Olorum todos os espíritos que fraquejaram durante sua jornada carnal e entregaram-se à vivenciação de seus vícios emocionais.




Mas ele não pune ou castiga ninguém, pois estas ações são atributos da Lei Divina, que também não pune ou castiga. Ela apenas conduz cada um ao seu devido lugar após o desencarne.


E se alguém semeou ventos, que colha sua tempestade pessoal, mas amparado pela própria Lei, que o recolhe a um dos sete domínios negativos, todos regidos pelos orixás cósmicos, que são magneticamente negativos.


E Tatá Omulu é um desses guardiões divinos que consagrou a si e à sua existência, enquanto divindade, ao amparo dos espíritos caídos perante as leis que dão sustentação a todas as manifestações da vida.




Esta qualidade divina do nosso amado pai foi interpretada de forma incorreta ou incompleta, e o que definiram no decorrer dos séculos foi que Tatá Omulu é um dos orixás mais "perigosos" de se lidar, ou um dos mais intolerantes, e isto quando não o descrevem como implacável nas suas punições.




Ele, na linha da Geração, que é a sétima linha de Umbanda, forma um par energético, magnético e vibratório com nossa amada mãe Yemanjá, onde ela gera a vida e ele paralisa os seres que atentam contra os princípios que dão sustentação às manifestações da vida.




Em Tatá Omulu descobri o amor de Olorum, pois é por puro amor que uma divindade consagra-se por inteiro ao amparo dos espíritos caídos. E foi por amor a nós que ele assumiu a incumbência de nos paralisar em seus domínios, sempre que começássemos a atentar contra os princípios da vida.




Enquanto a nossa mãe Yemanjá estimula em nós a geração, o nosso pai Omulu nos paralisa sempre que desvirtuamos os atos geradores. Mas esta "geração" não se restringe só à hereditariedade, já que temos muitas faculdades além desta, de fundo sexual.


Afinal, geramos idéias, projetos, empresas, conhecimentos, inventos, doutrinas, religiosidades, anseios, desejos, angústias, depressões, fobias, leis, preceitos, princípios, templos, etc.




Temos a capacidade de gerar muitas coisas, e se elas estiverem em acordo com os princípios sustentados pela irradiação divina, que na Umbanda recebe o nome de "linha da Geração" ou "sétima linha de Umbanda", então estamos sob a irradiação da divina mãe Yemanjá, que nos estimula.




Mas, se em nossas "gerações", atentarmos contra os princípios da vida codificados como os únicos responsáveis pela sua multiplicação, então já estaremos sob a irradiação do divino pai Omulu, que nos paralisará e começará a atuar em nossas vidas, pois deseja preservar-nos e nos defender de nós mesmos, já que sempre que uma ação nossa for prejudicar alguém, antes ela já nos atingiu, feriu e nos escureceu, colocando-nos em um de seus sombrios domínios.




Ele é o excelso curador divino pois acolhe em seus domínios todos os espíritos que se feriram quando, por egoísmo, pensaram que estavam atingindo seus semelhantes.


E, por amor, ele nos dá seu amparo divino até que, sob sua irradiação, nós mesmos tenhamos nos curado para retomarmos ao caminho reto trilhado por todos os espíritos amantes da vida e multiplicadores de suas benesses.


Todos somos dotados dessa faculdade, já que todos somos multiplicadores da vida, seja em nós mesmos, através de nossa sexualidade seja nas idéias, através de nosso raciocínio, assim como geramos muitas coisas que tornam a vida uma verdadeira dádiva divina.




Tatá Omulu, em seu pólo positivo, é o curador divino e tanto cura alma ferida quanto nosso corpo doente. Se orarmos a ele quando estivermos enfermos ele atuará em nosso corpo energético, nosso magnetismo, campo vibratório e sobre nosso corpo carnal, e tanto poderá curar-nos quanto nos conduzir a um médico que detectará de imediato a doença e receitaria medicação correta.




O orixá Omulu atua em todos os seres humanos, independente de qual,. seja a sua religião. Mas esta atuação geral e planetária processa-se através de, uma faixa vibratória especifica e exclusiva, pois é através dela que fluem as irradiações divinas de um dos mistérios de Deus, que nominamos de "Mistério da Morte".


Tatá Omulu, enquanto força cósmica e mistério divino, é a energia que se condensa em torno do fio de prata que une o espírito e seu corpo físico, e o dissolve no momento do desencarne ou passagem de um plano para o outro.


Neste caso ele não se apresenta como o espectro da morte coberto com manto e capuz negro, empunhando o alfanje da morte que corta o fio da vida.


Esta descrição é apenas uma forma simbólica ou estilizada de se descrever a força divina que ceifa a vida na carne.




Na verdade, a energia que rompe o fio da vida na carne é de cor escura, e tanto pode parti-lo num piscar de olhos quando a morte é natural e fulminante, como pode ir se condensando em torno dele, envolvendo-o todo até alcançar o espírito, que já entrou em desarmonia vibratória porque a passagem deve ser lenta, induzindo o ser a aceitar seu desencarne de forma passiva. 


O orixá Omulu atua em todas as religiões e em algumas é nominado de "Anjo da Morte" e em outras de divindade ou "Senhor dos Mortos". 


No antigo Egito ele foi muito cultuado e difundido e foi dali que partiram sacerdotes que o divulgaram em muitas culturas de então. Mas com o advento do Cristianismo seu culto foi desestimulado já que a religião cristã recorre aos termos "anjo" e "arcanjo" para designar as divindades.


Logo, nada mais lógico do que recorrer ao arquétipo tão temido do "Anjo da Morte", todo coberto de preto e portando o alfanje da morte, para preencher a lacuna surgida com o ostracismo do orixá ou divindade responsável por este momento tão delicado na vida dos seres. 


O culto a Tatá Omulu surgiu entre os negros levados como escravos ao antigo Egito, que o identificaram como um orixá e o adaptaram às suas culturas e religiões.


Com o tempo, ele foi, a partir desse sincretismo, assumindo sua forma definitiva, até que alcançou o grau de divindade ligada à morte, à medicina e às doenças. Já em outras regiões da África, este mistério foi assumindo outras feições e outros orixás semelhantes surgiram, foram cultuados e se humanizaram.


*Humanizar-se*significa que o orixá ou a divindade assumiu feições humanas, compreensíveis por nós e de mais fácil assimilação e interpretação. 
Tatá Omulu não vibra menos amor por nós do que qualquer um dos outros orixás e está assentado na Coroa Divina, pois é um dos Tronos de Olorum, o Divino Criador.




Atotô, meu pai! 


TRECHOS EXTRAÍDOS DO LIVRO "O CÓDIGO DE UMBANDA"


PAI OBALUAIYÊ




Obaluaiyê é o Orixá que atua na Evolução e seu campo preferencial é aquele que sinaliza as passagens de um nível vibratório ou estágio da evolução para outro. 




O Orixá Obaluaiyê é o regente do pólo magnético masculino da linha da Evolução, que surge a partir da projeção do Trono Essencial do Saber ou Trono da Evolução.




O Trono da Evolução é um dos sete Tronos Essenciais que formam a Coroa Divina regente do planeta, e em sua projeção faz surgir, na Umbanda, a linha da Evolução, em cujo pólo magnético positivo, masculino e irradiante, está assentado o Orixá Natural Obaluaiyê, e em cujo pólo magnético negativo, feminino e absorvente está assentada a Orixá Nanã Buruquê. Ambos são Orixás de magnetismo misto e cuidam das passagens dos estágios evolutivos.




Ambos são Orixás terra-água (magneticamente, certo?). Obaluaiyê é ativo no magnetismo telúrico e passivo no magnetismo aquático. Nanã é ativa no magnetismo aquático e passiva no magnetismo telúrico. Mas ambos atuam em total sintonia vibratória, energética e magnética. E onde um atua passivamente, o outro atua ativamente.




Nanã decanta os espíritos que irão reencarnar e Obaluaiyê estabelece o cordão energético que une o espírito ao corpo (feto), que será recebido no útero materno assim que alcançar o desenvolvimento celular básico (orgãos físicos).






É o mistério "Obaluaiyê" que reduz o corpo plasmático do espírito até que fique do tamanho do corpo carnal alojado no útero materno. Nesta redução (que é um mistério de Deus regido por Obaluaiyê), o espírito assume todas as características e feições do seu novo corpo carnal, já formado.




Muitos associam o divino Obaluaiyê apenas com o Orixá curador, que ele realmente é, pois cura mesmo! Mas Obaluaiyê é muito mais do que já o descreveram. Ele é o "Senhor das Passagens" de um plano para outro, de uma dimensão para outra, e mesmo do espírito para a carne e vice-versa.




Já seus pólos magneticos negativos, que são os que aplicam seus aspectos negativos, estes não descreveremos porque a Umbanda não lida com os aspectos negativos dele.




Esperamos que os umbandistas deixem de temê-lo e passem a amá-lo e adorá-lo pelo que ele realmente é: um Trono Divino que cuida da evolução dos seres, das criaturas e das espécies, e que esqueçam as abstrações dos que se apegaram a alguns de seus aspectos negativos e os usam para assustar seus semelhantes.




Estes manipuladores dos aspectos negativos do Orixá Obaluaiyê certamente conhecerão os Orixás Cósmicos que lidam com o negativo dele. Ao contrário dos tolerantes Exus da Umbanda, estes Obaluaiyês Cósmicos são intolerantes com quem invoca os aspectos negativos do Orixá Maior Obaluaiyê para atingir seus semelhantes.


E o que tem de supostos "pais de Santo" apodrecendo nos seus pólos magnéticos negativos só porque deram mau uso aos aspectos negativos de Obaluaiyê... Bem, deixemos que eles mesmos cuidem de suas lepras emocionais. Certo? 


OFERENDA: 
Velas brancas; vinho rosé licoroso, água potável; côco fatiado coberto com mel e pipocas; rosas, margaridas e crisântemos, tudo depositado no cruzeiro do cemitério, à beira-mar ou à beira de um lago. 


TRECHOS EXTRAÍDOS DO LIVRO "O CÓDIGO DE UMBANDA"


http://www.colegiomagno.com.br/omulu.htm







Há uma versão ligeiramente diferente dos mitos de origem do orixá da doença: lendas atribuem a Nanã a maternidade de um par de gêmeos, que seriam respectivamente Omulu e Obaluaiê. 


De qualquer forma, em todas essas variações persiste a idéia básica do caráter de Omulu-Obaluaiê: a rejeição pela própria mãe e a necessidade de independência, de crescer com as próprias forças (mesmo que aceite a versão da ajuda providencial de Yemanjá). Em variadas narrativas, ao crescer, Omulu-Obaluaiê rejeitou a companhia e a ajuda de Yemanjá. 


O orixá constitui, portanto, uma semelhança nova a Ossâim, no arquétipo do isolado, do indesejado, do que viveu, apesar de tudo parecer indicar que o caminho natural dele seria a morte, já que era costume no reino de BENIN ( DAOMÉ) que as crianças nascidas defeituosas fossem jogadas na lagoa, pois se acreditava que elas não passavam de reencarnações dos espíritos da águas e por isso não deveriam viver entre os seres humanos comuns, habitantes da terra, do terreno sólido. 


Também em relação a esta lenda se explicam as proibições alimentares de Omulu-Obaluaiê: o CARANGUEJO e a BANANA-PRATA. Quando jogado na água, ele foi atacado por um caranguejo que foi comendo sua pele.


Incapaz de se defender, por ser criança, Omulu-Obaluaiê era presa do crustáceo até que surgiu Yemanjá.


Essa afastou o bicho, recolheu o garotinho e o salvou, tratando-o com o óleo da folha da bananeira. Omulu-Obaluaiê sobreviveu, mas ficou definitivamente marcado, levando consigo cicatrizes desse processo traumático. 


Exatamente essas cicatrizes seriam as responsáveis por um dos signos mais sombrios associados ao orixá, e pelo fato de seus filhos sempre dançarem com amplas vestes feitas de palha-da-costa que cobrem praticamente todo seu corpo, especialmente o rosto, que não deve nunca ser visto por ninguém.


Muita vezes o movimento de seus filhos na dança parece o de uma pessoa que atravessa sofrimentos terríveis, com tremores, febres, convulsões e outros sintomas de fraqueza e doença.


Essa imagem de pouca saúde talvez seja responsável pela grande lista de proibições alimentares ligadas ao orixá: carne de carneiro, peixe de água doce em geral, diversas frutas, além dos já mencionados: caranguejo e banana-prata. 


A solidão, o jeito soturno é reforçado nas lendas, deixando claro que Omulu-Obaluaiê é a figura do rejeitado pelo destino, que começou a sofrer desde o momento do nascimento.


Marcado, rejeitado, ofendido, Omulu-Obaluaiê usa seu terrível poder para assustar os seres humanos, já que não se considera uma figura passível de amor, o que é um mito relativamente comum a diferentes mito da cultura ocidental.


Não se tenha pena dele, porém. Seu poder é devastador e esta à espreita, sempre pronto para castigar os que não o respeitam, não permitindo como orixá que o tratem como o trataram como pessoa. 


Obaluaiê ou Omulu (os nomes se referem a fases míticas, onde o mesmo deus seria mais jovem ou mais velho), é o energia que rege as pestes como a varíola, sarampo, catapora e outras doenças de pele.


Ele representa o ponto de contato do homem (físico) com o mundo (a terra). A interface pele/ar. A aparência das coisas estranhas e a relação com elas. Ele também rege as doenças transmissíveis em geral. No aspecto positivo, ele rege a cura, através da morte e do renascimento.




Diz o mito que Obaluaiê é filho de Nana (a lama primordial de que foram feitas as cabeças - oris- humanas) e Oxalá, tendo nnascido cheio de feridas e marcas pelo corpo como sinal do erro cometido por ambos, já que Nana seduziu Oxalá mesmo sabendo que lhe era interditado por ser ele o marido de Iemanjá.


Ao ver o filho feio e mal formado, coberto de varíola, Nanã o abandonou à beira do mar, para que a maré cheia o levasse. Iemanjá o encontrou quase morto e muito mordido pelos peixes, e tendo ficado com muita pena, cuidou dele até que ficasse curado. No entanto Obaluaiê ficou marcado por cicatrizes em todo o corpo, e eram tão feias que o obrigavam a cobrir-se inteiramente com palhas.


Não se via de Obaluaiê senão suas pernas e braços, onde não fora tão atingido. Aprendeu com Iemanjá e Oxalá como curar estas graves doenças. Assim cresceu Obaluaiê, sempre coberto por palhas, escondendo-se das pessoas, taciturno e compenetrado, sempre sério e até mal-humorado.


Um dia, caminhando pelo mundo, sentiu fome e pediu às pessoas de uma aldeia por onde passava que lhe dessem comida e água. Mas as pessoas, assustadas com o homem coberto desde a cabeça com palhas, expulsaram-no da aldeia e não lhe deram nada.


Obaluaiê, triste e angustiado saiu do povoado e continuou pelos arredores, observando as pessoas. Durante este tempo os dias esquentaram, o sol queimou as plantações, as mulheres ficaram estéreis, as crianças cheias de varíola, os homens doentes. Acreditando que o desconhecido coberto de palha amaldiçoara o lugar, imploraram seu perdão e pediram que ele novamente pisasse na terra seca.


Ainda com fome e sede, Obaluaiê atendeu ao pedido dos moradores do lugar e novamente entrou na aldeia, fazendo com que todo o mal acabasse. Então homens o alimentaram e lhe deram de beber, rendendo-lhe muitas homenagens. Foi quando Obaluaiê disse que jamais negassem alimento e água a quem quer fosse, tivesse a aparência que tivesse. E seguiu seu caminho.


Chegando à sua terra, encontrou uma imensa festa dos orixás. Como não se sentia bem entrando numa festa coberto de palhas, ficou observando pelas frestas da casa. Neste momento Iansã, a deusa dos ventos, o viu nesta situação e, com seus ventos levantou as palhas, deixando que todos vissem um belo homem, já sem nenhuma marca, forte, cheio de energia e virilidade E dançou com ele pela noite adentro. A partir deste dia, Obaluaiê e Iansã-Balé se uniram contra o poder da morte, das doenças e dos espíritos dos mortos, evitando desgraças aconteçam aos homens.


Os iorubás acreditam que este mito nos mostra que o mal existe, que ele pode ser curado, mas principalmente que é preciso ter consciência do momento em que ele terminou, sabendo recomeçar após um violento sofrimento.


Obaluaiê rege também a força da terra (herdado de sua filiação a Nanã). A umidade dela (por suas adoção por Iemanjá) e as doenças das plantações.


http://br.geocities.com/ogumxoroque/orixa_omulu.html.


OMULÚ – O ALQUIMISTA DE DEUS




Aos 25 dias do mês de junho do corrente ano, a mídia anunciou ao mundo a revolucionária descoberta da ciência – O PROJETO GENOMA conseguiu mapear o código genético do ser humano, o que, segundo os cientistas responsáveis, trará grandes benefícios para a cura de doenças que afligem a humanidade.




Contudo, já vem de muito antes, mais precisamente da Idade Média, a busca do Homem, com pretensão de se tornar Deus, de experimentos através da Alquimia, na intenção de descobrir o Elixir da Vida Eterna. Todavia, diante deste grande avanço científico devemos parar e refletir: o Homem decifrou o código genético físico, mas, e o Espírito?


Deste só Deus, seu criador, tem o código, fazendo os seres humanos de nosso planeta encarnarem e desercarnarem num corpo de moléculas agregadas e perecível (corpo físico), quantas vezes forem necessárias à sua evolução.




E são estes dois extremos, Encarne (vida física) e Desencarne (morte física) que Deus colocou sob a supervisão de OMULÚ, O Orixá da Transformação.




Esta Grande Potência Astral Inteligente, quando relacionado à vida e à cura, recebe o nome de Obaluayê. Tem sob seu comando incontáveis legiões de espíritos que atuam nesta Irradiação ou Linha, trabalhadores do Grande Laboratório do Espaço e verdadeiros cientistas, médicos, enfermeiros etc., que preparam os espíritos para uma nova encarnação, além de promoverem a cura das nossas doenças.




Atuam também no plano físico, junto aos profissionais de saúde, trazendo o bálsamo necessário para o alívio das dores daqueles que sofrem.




O Senhor da Vida é também Guardião das Almas que ainda não se libertaram da matéria. Assim, na hora do desencarne, são eles, os falangeiros de Omulú, que vêm nos ajudar a desatar nossos fios de agregação astral-físico (cordão de prata), que ligam o perispírito ao corpo material.


Os comandados de Omulú, dentre outras funções, são diretamente responsáveis pelos sítios pré e pós morte física (Hospitais, Cemitérios, Necrotérios etc.), envolvendo estes lugares com poderoso campo de força fluidíco-magnético, a fim de não deixarem que os vampiros astrais (kiumbas desqualificados) sorvam energias do duplo etérico, do tônus vital e do éter sanguíneo dos corpos físicos em vias de falecerem ou falecidos.


Ao contrário do que alguns poucos desinformados afirmam, a Irradiação de Omulú faz-se representar aqui no plano terrestre, especificamente nos terreiros, nas formas fluídico-perispirituais que conhecemos.


São Caboclos, Pretos-Velhos, Crianças e Exus que atuam nesta Linha, identificando-se com nomes tais como Preto-Velho Pai Benedito da Calunga Pequena; Caboclo do Cruzeiro das Almas; Tranca-Rua do Cruzeiro das Almas; e Mariazinha da Pedra Furada.


Terminamos o enfoque, transcrevendo um Ponto Cantado (Curimba) que é entoado com muito amor e fé:


“Meu doce velhinho, bondoso Orixá
Meu cacurucaia, bondoso atotô,
Traz um alívio ao filho que sofre
Traz uma cura ao filho sofredor
Oh! Zambi ilumina este teu Orixá
Oh! Zambi abençoa este teu curador
Seu bálsamo cura toda enfermidade
Ele traz a água da Tua bondade”





OBALUÁYÉ "Rei dono da Terra" , OMULU "Filho do Senhor", SAPATA "Dono da Terra" são os nomes dados a SÀMPÒNNÁ (um título ligado a grande calor - o sol - também é conhecido como Babá Igbona = pai da quentura) deus da varíola e das doenças contagiosas, é ligado simbolicamente ao mundo dos mortos.


Outra corrente os define como: Obaluaye: Obá - ilu; aiye; Rei, dono, senhor; da vida; na terra; Omolu; Omo-ilu; Rei, dono, senhor; da vida. Canjanjá na Angola.


Sua DANÇA o Opanijé (cuja tradução é: ele mata qualquer um e come), como um ser doente onde mostra suas feridas, o céu e a terra, sua lenda, em outras danças, dança curvado para frente, como que atormentado por dores, e imitam seu sofrimento, coceiras e tremores de febre.




Seu "ARMA"(emblema) é o Xaxará (Sàsàrà), espécie de cetro de mão, feito de nervuras da palha do dendezeiro, enfeitado com búzios e contas, em que ele capta das casas e das pessoas as energias negativas, bem como "varre" as doenças, impurezas e males sobrenaturais.


Esta representação nos mostra sua ligação a terra, ao tronco e ramo das árvores, transporta assim o Asé (axé) preto, vermelho e branco. Está relacionado com o axé preto (terra), contido no segredo do "ventre fecundado" e com os espíritos contidos na terra.


Sua CONTAS como Omolu são vermelho, preto e branco, como Obaluayie o preto e branco, como Xapana, o preto e vermelho.


Também usa o lagidiba, seu colar ritual feito de pequenos discos preto de chifre de búfalo cortado em rodelinhas, é usado para proteger de doenças e tem uma conotação de grau hierárquico. Faz muito uso dos cauris (búzios) em seu brajá (colar de búzios) e nos paramentos. Em uma região é ligado a riqueza e patrono dos cauris e conjunto de 16 búzios + 1 da leitura esotérica "érindílogun".


Owó nlá bànbà - Dinheiro(cauris)grande, imenso 
ójísè owó nlá bànlà - Mensageiro da riqueza 
owó nlá bànbà - dinheiro grande, imenso





Na Nigéria os owo érindínlogun adoram Obaluaiyé e usam, no punho esquerdo, uma tira de Igbosu (pano africano) onde são costurados cauris esó.


Sua SAUDAÇÃO é "Atoto" quer dizer; Silêncio, escutai; hora da devoção.


Sua VESTIMENTA é feita de ìko , é uma fibra de ráfia extraida do Igí-Ògòrò, a "palha da costa" , elemento de grande significado ritualístico, principalmente em ritos ligados a morte e o sobrenatural, sua presença indica que algo deve ficar oculto.


É composta de duas partes o "Filá" e o "Azé", a primeira parte, a de cima que cobre a cabeça é uma espécie de capuz trançado de palha da costa, acrescido de palhas em toda sua volta, que passam da cintura, o Azé , seu asó-ìko (roupa de palha) é uma saia de palha da costa que vai até os pés em alguns casos, em outros, acima dos joelhos, por baixo desta saia vai um Xokotô, espécie de calça, também chamado "cauçulú", em que oculta o mistério da morte e do renascimento. Nesta vestimenta acompanha algumas cabaças penduradas, onde supostamente carrega seus remédios.


Ao vestir-se com ìko e cauris, revela sua importância e ligação com a morte.




Sua FESTA ANUAL é o Olubajé, (Olu-aquele que, ba-aceita, jé-comer ; ou ainda aquele-que-come), são feitas oferendas e são servidas suas comidas votivas, seus "filhos" devidamente "incorporados" e paramentados oferecem as mesmas aos convidados/assistentes desta festa, em folhas de bananeira ou mamona.


Suas QUIZILAS (proibições) mudam de casa para casa, e de nação para nação; carneiro, peixe de rio de couro, caranguejo, carne de porco, pipoca, jaca...


Tido como filho de Nanã, no Brasil, sua origem, forma, nome e culto na África é bastante variado, de acordo com a região, essa variação de nomes é de conformidade com a região, Obaluaê/Xapanã em Tapá (nupê) chegando ao território mahi ao norte do Daomé; Sapata é sua versão fon, trazido pelos nagôs.


Em alguns lugares se misturam em outros são deuses distintos, confundido até com Nana Buruku; Omolu em keto e Abeokutá.


Seu parentesco com Oxumare e Iroko é observado em Keto (vindo de Aisê segundo uns e Adja Popo segundo outros), onde pode se ver uma lança (oko Omolu) cravada na terra, esculpida em madeira onde figuram esses três personagens superpostas, também em Fita próximo de Pahougnan, território Mahi, onde o rei Oba Sereju, recebera o fetiche Moru, tres fetiches ao mesmo tempo Moru (Omolu), Dan (Oxumare) e seu filho Loko (Iroko).


***OBSERVAÇÃO***
O nome de Obaluaê às vezes é usado especificamente para o Omolu jovem, que é mais agressivo; Omolu é o nome mais usado para o Omolu velho, mais introvertido.


Qualidades





Jagun Agbagba 
(ligação com Oyá)


Omolu


Obaluayie


Soponna/Sapata/Sakpatá


Afoman/Akavan/Kavungo 
(ligação com Exú)
afomo; contagiante,infeccioso


Savalu/Sapekó 
(ligação com Nana)


Dasa


Arinwarun 
(wariwaru) 
título de xapanan


Azonsu/Ajansu/Ajunsu 
(ligação com Oxalá, Oxumare)


Azoani 
(ligação com Yemanjá e Oyá)


Posun/Posuru


Agoro


Tetu/Etetu


Topodun


Paru


Arawe/Arapaná
(ligação com oyá)


Ajoji/Ajagun
(ligação com Ogun, Oxagian)


Avimaje/Ajiuziun
(ligação com Nana, Ossain)


Ahoye


Aruaje


Ahosuji/Segí 
(Ligação com Yemanjá, Oxumare/Besén


http://www4.sul.com.br/orixa/obaluayie.htm


LENDAS





(1)
Por causa do feitiço usado por Nanã para engravidar, Omolu nasceu todo deformado. Desgostosa com o aspecto do filho, Nanã abandonou-o na beira da praia,para que o mar o levasse. Um grande caranguejo encontrou o bebê e atacou-o com as pinças, tirando pedaços da sua carne. Quando Omolu estava todo ferido e quase morrendo, Iemanjá saiu do mar e o encontrou. Penalizada, acomodou-o numa gruta e passou a cuidar dele, fazendo curativos com folhas de bananeira e alimentando-o com pipoca sem sal nem gordura até que o bebê se recuperou. Então Iemanjá criou-o como se fosse seu filho.


(2)
Omolu tinha o rosto muito deformado e a pele cheia de cicatrizes. Por isso, vivia sempre isolado, se escondendo de todos. Certo dia, houve uma festa de que todos os Orixás participavam, mas Ogum percebeu que o irmão não tinha vindo dançar. Quando lhe disseram que ele tinha vergonha de seu aspecto, Ogum foi ao mato, colheu palha e fez uma capa com que Omolu se cobriu da cabeça aos pés, tendo então coragem de se aproximar dos outros. Mas ainda não dançava, pois todos tinham nojo de tocá-lo. Apenas Iansã teve coragem; quando dançaram, a ventania levantou a palha e todos viram um rapaz bonito e sadio;e Oxum ficou morrendo de inveja da irmã.


(3)
Quando Obaluaê ficou rapaz, resolveu correr mundo para ganhar a vida. Partiu vestido com simplicidade e começou a procurar trabalho, mas nada conseguiu. Logo começou a passar fome, mas nem uma esmola lhe deram. Saindo da cidade, embrenhou-se na mata,onde se alimentava de ervas e caça, tendo por companhia um cão e as serpentes da terra. Ficou muito doente.Por fim, quando achava que ia morrer, Olorun curou as feridas que cobriam seu corpo. Agradecido, ele se dedicou à tarefa de viajar pelas aldeias para curar os enfermos e vencer as epidemias que castigaram todos que lhe negaram auxílio e abrigo.


http://www.pallaseditora.com.br/orixas/omolu.htm


ANIMAIS
cachorro





CARACTERÍSTICAS
reservado, solitário, simples, trabalhador, serviçal, depressivo, doentio.





CORES
Branco, Preto e Vermelho





DIA DA SEMANA
Segunda-feira





DOMÍNIO
A terra, as Epidemias, a Morte





ELEMENTO
Terra





METAL
Chumbo, Barro





PLANTAS
Cuféia (sete sangrias), Erva-de-passarinho, Canela de velho, Quitoco. Zínia, Cravo de defunto





SÍMBOLOS
Cajado (xaxará), Búzios





SINCRETISMO
São Lázaro (17.12) e São Roque (16.8)





O QUE FAZ
Castiga com Doenças, mas também Cura os Males.





QUEM É
Médico dos Pobres e o Senhor dos Cemitérios.





SAUDAÇÃO
Atotô!





ONDE RECEBE OFERENDAS 
No cemitério (geralmente no Cruzeiro).





PRESENTES PREDILETOS
Velas, Charutos, suas Comidas e Bebidas preferidas.





ALIMENTOS
Pipoca, Bife acebolado, Bolinhos de milho, Acaçá, Olubajé. Banana da terra.





BEBIDA
Água, Vinho Tinto


ERVAS





Agoniada: Faz parte de todas as obrigações do deus das endemia e epidemias. Utilizada no ebori, nas lavagens de contas e na iniciação. Esta erva purifica os filhos-de-santo, deixando-os livres de fluidos negativos. Na medicina popular, a mesma é usada para corrigir o fluxo menstrual e combate asma.


Alamanda: Não é utilizada em obrigações, sendo empregada somente em banhos de descarrego. Na medicina caseira ela é usada para tratar doenças da pele: sarna (coceiras), eczema e furúnculos. Para usar é necessário que se cozinhe as folhas, e coloque chá de folhas sobre a doença.


Alfavaca-roxa: Empregada em todas as obrigações de cabeça e nos abô dos filhos deste orixá. Muito usada em banhos de limpeza ou descarrego. A medicina caseira usa seu chá em cozimento, para emagrecer.


Alfazema : Empregada em todas as obrigações de cabeça. É aplicada nas defumações de limpeza, usada também na magia amorosa em forma de perfume. A medicina popular dita grandes elogios a esta erva, pois ela é excelente excitante e antiespasmódica. É usada, também, como reguladora da menstruação. Somente é aplicada como chá.


Babosa: Muito usada em rituais de Umbanda, mais especificamente em defumações pessoais. Para que se faça a defumação, é necessário queimar suas folhas depois de secas. Isso leva um certo tempo, devido a gosma abundante que há na babosa. A defumação é feita após o banho de descarrego. Para a medicina caseira sua gosma é de grande eficácia nos abscessos ou tumores, além de muitas outras aplicações.


Araticum-de-areia – Malolô: Liturgicamente, os bantos a usam nos banhos de descarrego, em mistura de outra erva. A medicina caseira indica a polpa dos frutos para resolver tumores e o cozimento das folhas no tratamento do reumatismo.


Arrebenta cavalo: No uso ritualístico esta erva é empregada em banhos fortes do pescoço para baixo, em hora aberta. É também usado em magias para atrair simpatia. Não é usada na medicina caseira.


Assa-peixe: Usada em banhos de limpeza e nos ebori. Na medicina popular ela é aplicada nas afecções do aparelho respiratório em forma de xarope.


Musgo: Aplicada em todas as obrigações de cabeça referentes a qualquer orixá. A medicina caseira aconselha a aplicação do suco no combate às hemorróidas (uso tópico).


Beldroega: Usada nas purificações das pedras de orixá e, principalmente as de Exu. O povo usa suas folhas socadas para apressar a cicatrização das feridas, colocando-as por cima.


Canena Coirana: Vegetal de excelente aplicação litúrgica, pois entra em todas as obrigações. O povo a tem como excelente estimulante do fígado.


Capixingui: Empregada em todas as obrigações de cabeça, nos abô, nos banhos de purificação e limpeza e, também nos sacudimentos. O povo afirma que o capixingui tem bons efeitos no reumatismo e no artritismoe nos sacudimentos. O povo afirma que o capixingui tem bons efeitos no reumatismo e no artritismo nos sacudimentos. O povo afirma que o capixingui tem bons efeitos no reumatismo e no artritismo nos sacudimentos. O povo afirma que o capixingui tem bons efeitos no reumatismo e no artritismo (reumatismo articular) utilizado em banhos, mais ou menos quentes, colocando-se nas juntas doloridas.


Cipó-chumbo: Sem uso na liturgia, porém muito prestigiada na medicina popular, como xarope debela tosses e bronquites; seu chá é muito eficaz no combate a diarréias sanguinolentas e à icterícia; seco e reduzido a pó, cicatriza feridas rebeldes.


Carobinha do Campo: Em alguns terreiros essa planta faz parte do ariaxé. A medicina caseira indica o chá de suas folhas para combate coceiras no corpo e, principalmente coceira nas partes genitais.


Cordão de Frade: É aplicada somente em banhos de limpeza e descarrego dos filhos deste orixá. O povo a indica para a cura da asma, histerismo e pacificador dos nervos. Também combate a insônia.


Cebola do mato: Sem uso ritualístico. A medicina caseira afirma que o cozimento de suas folhas apressa a cicatrização de feridas rebeldes.


Celidônia maior: Não possui uso ritualístico. É indicada pela medicina caseira como excelente medicamento nas doenças dos olhos, usando a água do cozimento da planta para banhá-los. Seu chá também é de grande eficácia para banhar o rosto e dar fim às manchas e panos branco.


Coentro: Muito aplicada como adubo ou condimento nas comidas do orixá, principalmente na carne e no peixe. Não é empregada nas obrigações ritualísticas. A medicina caseira indica esta erva como reguladora das funções digestivas e eliminadora de gases intestinais.


Cotieira: Não sabemos ao certo se esta erva tem aplicação ritualística. Na medicina caseira ela é estritamente de uso veterinário. Muito aplicada em cães para purgar e purificar feridas


Erva-Moura: Esta erva faz parte dos banhos de limpeza e purificação dos filhos do orixá. Seu uso popular é como calmante, em doses de uma xícara das de café, duas a três vezes ao dia. Essa dose não deve ser aumentada, de modo algum, pois em grande quantidade prejudica. As folhas tiradas do pé, depois de socadas, curam úlceras e feridas.


Estoraque Brasileiro: Sua resina é colhida e reduzida a pó. Este pó, misturado com benjoim, é usado em defumações pessoais. Essa defumação destina-se a arrancar males. O povo aconselha o pó desta no tratamento das feridas rebeldes ou ulcerações, colocando o mesmo sobre as lesões


Figo Benjamim: Erva muito usada na purificação de pedras ou ferramentas e na preparação do fetiche de Exu. Empregada, também, em banhos fortes para pôr fim a padecimentos de pessoa que esteja sofrendo obsidiação ou obsessão. O povo aplica o cozimento das folhas para tratar feridas rebeldes, e banhos para curar o reumatismo.


Hortelã brava: Empregada em obrigações de ori, nos abô e nos banhos de purificação dos filhos deste orixá. O uso caseiro é utilizada para combater o veneno de cobras, lacraias e escorpiões. É eficaz contra gases intestinais, dores de cabeça e como diurético. É perfeita curadora de coceiras rebeldes e tiro acertado nos catarros pulmonares, asma e tosse nervosa, rebelde.


Guararema: Em terreiros de Umbanda e Candomblé ela é aplicada em banhos fortes e nos descarrego. Os galhos da erva são usados em sacudimentos domiciliares. Os banhos fortes a que nos referimos são aplicados em encruzilhadas – na encruzilhada em que se tomar o banho arria-se um mi-ami-ami, oferecido a Exu. E deve ser feito em uma encruzilhada tranqüila. É um banho de efeitos surpreendentes. Na medicina caseira esta erva é utilizada para exterminar abscessos, tumores, socando-se bem as folhas e colocando-as sobre a tumorização. O cozimento das folhas é eficaz no tratamento do reumatismo. Em banhos quentes e demorados, de igual sorte também cura hemorróidas.


Jenipapo: As folhas servem para banhos de descarrego e limpeza. A medicina caseira aplica o cozimento das cascas no tratamento das úlceras, o caldo dos frutos é combatente de hidropsia.


Jurubeba: Somente usada em obrigações com objetivo de descarrego e limpeza. Suas folhas e frutos permitem o bom funcionamento do fígado e baço, garante a sabedoria popular. Debela e previne hepatite com ou sem edemas.


Mangue Cebola: É usado apenas em sacudimentos domiciliares, utilizando o fruto, a cebola. Procede-se assim: corta-se a cebola em pedaços miúdos e, cantando-se para Exu, espalha-se pela casa, nos recantos, e sob os móveis. O povo usa a cebola, fruto do mangue, esmagada sobre feridas rebeldes.
Mangue vermelho: Usa-se apenas as folhas, em banhos de descarrego. O povo a indica como excelente adstringente que possui alto teor de tanino. Muito eficaz no tratamento das úlceras e feridas rebeldes, aplicando o cozimento das folhas em compressas ou banhando a parte lesada.


Manjericão-roxo: Empregado nas obrigações de ori dos filhos pertencentes ao orixá das endemias. Colhido e seco, sua folha previne contra raios e coriscos em dias de tempestades, usando o defumador. Também é usada como purificador de ambiente. Não possui uso na medicina popular.


Panacéia: Entra nas obrigações de ori e banhos de descarrego ou limpeza. O povo a aponta como poderoso diurético e de grande eficácia no combate à sífilis, usando-se o chá. É indicada também no tratamento das doenças de pele, darros, eczemas e ainda debela o reumatismo, quando usada em banhos.


Picão da praia: Apenas na Bahia ouvimos falar que esta planta pertence a Obaluaiê. Não conhecemos seu uso ritualístico. A medicina popular dá-lhe muito prestígio como diurético e eficaz nos males da bexiga. Usada como chá.


Piteira imperial: Seu uso se limita às defumações pessoais, que são feitas após o banho. A medicina popular utiliza as folhas verdes, em cozimento, para lavar feridas rebeldes, aproximando a cura ou cicatrização.


Quitoco: Usada em banhos de descarrego ou limpeza. Para a medicina popular esta erva resolve males do estômago, tumores e abscessos. Internamente é usado o chá, nos tumores aplica-se as folhas socadas. Muito utilizada nas doenças de senhoras.


Sabugueiro: Não possui uso ritualístico. É decisiva no tratamento das doenças eruptivas: sarampo, catapora e escarlatina. O cozimento das flores é excelente para a brotação do sarampo.


Sumaré: Não tem aplicação ritualística ou obrigações litúrgicas. Porém possui grande prestígio popular, devido ao seu valor curativo, promovendo com espantosa rapidez a abertura de tumores de qualquer natureza, pondo fim às inflamações. É empregado contra furúnculos, panarícios e erisipelas, regenerando o tecido atacado por inflamações de qualquer origem.


Trombeteira branca: Não possui nenhuma aplicação nas obrigações de cabeça. Apenas é usada nos banhos de limpeza dos filhos do orixá da varíola. Seu uso na medicina popular é pouco freqüente. Aplica-se apenas nos casos de asma e bronquite.


Urtiga-mamão: Aplicada em banhos fortes, somente em casos de invasão de eguns. O banho emprega-se do pescoço para baixo. Esse banho destrói larvas astrais e afasta influências perniciosas. O povo indica esta erva na cura de erisipela, usando um algodão embebido do leite da planta. O chá de suas folhas debela males dos rins.


Velame do campo: Vegetal utilizado em todas as obrigações principais: ebori, simples ou completo. Indispensável na feitura de santo e nos abô dos filhos do orixá. Na medicina caseira o velame é utilizado como anti-sifilítico e anti-reumático.


Velame verdadeiro: Possui plena aplicação em quaisquer obrigações de cabeça e nos abô. Usada também nos sacudimentos. A medicina do povo afirma ser superior a todos os depurativos existentes, além de energético curador das doenças da pele.


OBRIGAÇÃO * 2 pratos branco (brancos pequenso) em cada prato 1 bife de carré(sem osso),regado com dendê e mel(1 vidro médio de cada serve para as duas), 2 sacos de pipocas(flor de omulú),que serão espalhadas sob as Obrigações,após terem sido usadas num banho de descarrego no médium, que serão colocadas cada uma num pano branco(1/2 m de morim cada),2 velas brancas de 3 dias, 2 copoc bramcos onde serão oferecidos 2 garrafas de vinho tinto doce(1 para cada um). Manter o resguardo de 3 dias.


Prece de Abaluaiê


Mestre das almas! Meu corpo está enfermo... minha alma está abalada. Minha alma está imersa na amargura de um sofrimento que me destrói lentamente. Senhor Omulú! Eu ecoco - Obaluaiê Oh! Deus das doenças, orixá que surge diante dos meus olhos na figura sofredora de Lázaro - aquele que teve a graça de um milagre no geste do Divinho Filho de Jesus. Oh! Mestre dos mestres Obaluaiê teu filho está enfermo... teu filho se curva diante da tua aura luminosa. Na magia do milagre, que virá de tuas mãos santificadas pelo sofrimento... Socorre-me... Obaluaiê... Dai-me a esperança da tua ajuda. Para que me encorage diante do martírio imenso que me alucina. Faças com que eu não sofra tanto - Meu Pai Senhor Omulu! Tu és dono dos cemitérios, tu que és sentinela do sono eterno, daqueles que foram seduzidos ao teu reino. Tu que és guardião das almas, que ainda não se libertou da matéria, ouve a minha súplica, atende ao apelo angustioso do teu filho que se debate no maior dos sofrimentos. Salve-me - Irmão Lázaro. Aqui estou diante da tua imagem sofredora, erguendo a derradeira prece dos vencidos, conformado com o destino que o Pai Supremo determinou para que eu suplicasse minha alma no maior dos sofrimentos. Salve minha alma desse tormento que me alucina. Tome meu corpo em teus braços. Eleva-me para teu reino. Se achares, porém, que ainda não terminou minha missão nesse planeta, encoraja-me com exemplo da tua humildade e da tua resignação. Alivia meus sofrimentos, para que levante deste leito e volte a caminhar. Eu te suplico, mestre! Eu me ajoelhp diante do poder imenso de que és portador, invoco a vibração do Obaluaiê. A tô tô, Meu Pai, Obaluaiê, Meu Senhor, ajude-me...





LETRAS DOS PONTOS DE OMULU E OBALUAÊ


Dia 13 de Maio




No dia 13 de maio
meu são Benedito
Cativeiro se acabou
meu São Benedito
Oi saravá seu Atotô
meu são Benedito
Oi viva Deus nosso Senhor


O Velho Omulu


Meu pai Oxalá é o Rei
Venha nos valer
Meu pai Oxalá é o Rei
Venha nos valer
É o velho Omulu
Atotô Obaluaê
É o velho Omulu
Atotô Obaluaê
Atotô Obaluaê Atoto babá
Atotô Obaluaê ele é um Orixa
Atotô Obaluaê Atoto babá
Atotô Obaluaê ele é um Orixa


Ele é um velho
Que mora muito longe
Muito longe
Na sua casa de palha (bis>
Ele chora mironga
Ele chora mironga
Ele chora mironga
No mironguê (bis)


Deus Lhe Abençoe


Quem vê o velho
no caminho toma a benção
Quem vê o velho
no caminho toma a benção
Deus lhe abençoe
Deus lhe abençoe
Deus lhe abençoe
atoto Obaluaê
Deus lhe abençoe
Deus lhe abençoe
Deus lhe abençoe
atoto Obaluaê


Ele era, mas não era
Mas não era pintassilgo
Ele mora na pedra furada
Mas não era pintassilgo


Abaluaê com Nanã


Eu vim ao mundo
para sofrer
O meu destino
é sobreviver
Oi abre as portas
para receber
Nanã Borouquê
e Abaluaê


Se Ele corre os quatro cantos,
Quatro cantos sem parar,
Se Ele corre os quatro cantos
É pra seus filhos ajudar! (3 vezes)


Omolu aê atotõ, Ele é Orixá!
Omolu aê atotô, Ele é Orixá! (bis)


Ae, aê seu cafunã!
Aê, aê seu cafunâ!
Omolu que vem na gira,
Aé. aé seu cafunã!


Quem é dono do baú,
É o mestre Omolu!
Quem é dono do baú,
É o mestre Omolu!


Lá no cemitério,
Numa catacumba,
Eu vi um anjo,
Que caminhava de corcunda!

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